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— Rugge pare! — Grito desesperada. — Você vai mata-lo!

Ele para de bater em Pedro e me encara. Nunca vi seu olhar tão frio como está me encarando nesse momento.

Depois que ele viu Pedro em nossa cama voou em cima dele, e começou agredi-lo. Ben está agora cheio de sangue jogado no chão do quarto.

— O que está acontecendo aqui? — Pergunta Agus entrando no quarto com Pietro e Nany do lado.

— Rugge não aconteceu nada do que você está pensando. — Digo tentando pegar em seu braço.

Ele dá uma risada nada agradável enquanto me olha.

— Não é o que estou pensando? — Pergunta ríspido. — Chego em casa e pego outro deitado em nossa cama, e não é o que estou pensando? — Ele grita furioso enquanto me olha com nojo.

Me encolho toda e seguro a toalha firme contra meu corpo.

— Por favor. — Peço desesperada. — Você tem que acreditar em mim. — Tento toca-lo mas ele empurra bruscamente minha mão de seu braço.

Sua mão está vermelha com o sangue de Pedro.

— Ruggero você sabe que Karol não seria capaz disso. — Nany me defende. — Ela te ama meu filho, você deveria acreditar nela. Karol não é Penélope.

Ele gargalha sombriamente e me olha com desdém.

— Acabei de pegar outro homem em nossa cama enquanto eu estava fora, e ela não é capaz de me trair? — Pergunta a Nany.

Meus olhos se enchem de lágrimas. Ele não confia em mim para perceber que foi armação de Valentina.

—  Tenho certeza que isso é coisa de Valentina. — Digo. — Ela me ameaçou dizendo que iria acabar comigo.

— Para de querer colocar a culpa em Valentina! — Grita furioso. — Assume que você me trai enquanto estou fora. Devem rir da minha cara de idiota.

Não consigo mas segurar as lágrimas e as deixo rolar em meu rosto.

— Agora já chega Ruggero. — Fala Agus. — Karol te ama e não seria tão baixa a ponto de te trair.

— Está dormindo com minha esposa também? — Ruggero retruca sorrindo friamente.

— Você me respeite Ruggero e a Karol também. — Diz ríspido. — Olha a que ponto você chegou. Eu só não vou quebrar a sua cara nesse exato momento por respeito a Nany e a Karol.

— Todos para fora. — Ordena Ruggero. — Quero conversar em particular com ela.

Suas palavras são rudes e frias.

— Olhe bem o que você vai fazer meu filho. — O aconselha Nany. — Ela poderá nunca te perdoar por sua desconfiança.

Pietro ajuda Agus a pegar Pedro desmaiado e sai do quarto o carregando.

Ruggero me encara mas não diz nada por um longo tempo.

— Diz que acredita em mim. — Peço quebrando o silêncio.

— E por que eu deveria? — Retruca. — É só mais uma vadia igual a Penélope.

Minha mão arde com o tapa que desfiro em seu rosto.

— Eu não sou Penélope. — Murmuro ríspida. — E muito menos uma vadia. Você deveria acreditar em mim.

Ele joga a cabeça para trás gargalhando alto. Não é uma risada agradável de se ouvir.

— Eu deveria saber que tipo de mulher que você é. — Me olha de cima embaixo. — Uma oportunista que desejava subir na vida, e acabou encontrando um otário rico para te sustentar.

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora