RIDING (CALZONA)

FAMILY ISSUES

POV ARIZONA

Eu e Christian ficamos dentro do carro conversando enquanto esperávamos o reboque.

- Precisamos casar o quanto antes, meu pai está em fase terminal. Por fora ele parece bem, mas os médicos deram poucos meses de vida para ele. - Ele falava como se não sentisse nada pelo pai e só se preocupasse com dinheiro.

- Isso não te dói? - Perguntei.

- Dói, mas ele já fez a fortuna dele e agora é a minha vez.

Christian ela claramente muito ambicioso.

Fiquei em silêncio com a resposta dele e ele continuou a falar.

- Precisamos nos casar rápido, ele precisa ver e achar que você vai me dar mais responsabilidade.

- Eu não sou sua mãe, ok? - Respondi irritada. - Já pude perceber que você é um idiota mimado e que só pensa em gastar dinheiro. Eu fui impulsiva e pensei em entrar nessa simplesmente por trabalhar há tantos anos na empresa e não querer ver ela descendo pelo ralo. Além de pensar no meu próprio conforto, claro...

- Você é brava. - Ele riu. - Gosto disso e tenho certeza que você é exatamente o que a Blue Jewelry precisa. Quando podemos assinar o contrato?

- Calma... Eu não posso simplesmente aparecer casada, Christian. Não poderia ser algo mais natural? Não quero que minha família saiba que estou casando por dinheiro ou algo assim, vão pensar horrores sobre mim.

- Você tem razão. Nosso contrato precisa ser secreto. Com certeza a justiça entenderia como uma fraude ou algo assim e eu perderia o direito de toda forma. Precisamos parecer apaixonados. - Ele olhava para mim com um olhar ambicioso.

- Como podemos parecer apaixonados? Eu te conheço há poucas horas. E seu pai sabe o seu plano, você falou para ele no momento que me conheceu. - Revirei os olhos.

- Você tem razão. Você pode ir visitar meu pai e acabarmos nos encontrando lá em casa e começarmos a conversar, como se fosse algo natural. Podemos também marcar um jantar com sua família.

Ele tentava arrumar uma solução e eu achava bizarro eu estar me submetendo à aquela situação, mas ao mesmo tempo me via deslumbrante em roupas de grife.

- Meus pais vão me visitar amanhã, você pode ir lá se quiser.

Ele concordou.

Meu carro havia sido rebocado, então ele me levou para casa e também prometeu me buscar na manhã seguinte para que eu pudesse ir trabalhar sem me preocupar com táxi.

Ele até é fofo quando quer.

- Christian, como vai ser o contrato? - Eu estava um pouco aflita.

- Sigiloso, você não pode desistir depois do noivado, pois a multa consiste em valores equivalentes ao meu prejuízo se eu perder a administração da empresa e você não pode ficar com mais ninguém, se perceberem que nosso casamento é de fachada e eu perder tudo por sua causa, você também vai ter que pagar essa multa.

- E se eu não tiver dinheiro para pagar? - Zombei.

- Pode ter certeza que você vai dar um jeito. Eu sou bom até eu não puder ser mais. Sou capaz de loucuras para não perder dinheiro. - Sentia quase fogo em seus olhos.

- Você vai me matar? - Questionei um pouco preocupada.

- Eu não faço isso. Mas conheço pessoas que por uma pequena quantia fazem. Mas não se preocupe com isso, tenho certeza que nos daremos bem. Eu farei tudo por você, basta você colaborar.