FIND THE PRESIDENT

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POV CHRISTIAN

O chat entre mim e Arizona acusou uma chamada perdida de Paris.

Paris? Arizona está em Paris? Imaginei que a fuga seria para algum interior.

Ela era um tanto quanto burra de ir para uma das cidades mais famosas do mindo, pois a empresa havia filiais em várias capitais.

Patética até para cometer um deslize de me ligar do local que se encontra. Ela é definitivamente amadora.

Fiz alguns contatos em Paris, precisava averiguar se ela realmente estava lá e fazer algo para trazer ela novamente.

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POV ARIZONA

Iríamos de trem para o nosso destino final. Aquela região era muito famosa por todo luxo e cassinos, que comportavam a alta sociedade.

Tudo que abrigava um luxo extremo me chamava atenção. Meu coração pertencia à Callie, que estava movendo montanhas por mim, mas vez ou outra eu pensava em toda fortuna que havia perdido ao me apaixonar por ela.

"Você é uma ingrata, nada está bom para você." - Me repreendi em pensamento.

Ao ver Callie separando os documentos para irmos pegar o trem, extremamente concentrada, meus pensamentos sumiram e só pude focar em quão feliz eu estava perto dela.

- Eu amo que seu nome é Calliope. - Falei tirando ela de sua concentração.

- Eu odeio. - Ela falou com uma certa birra na voz.

- É lindo, Calliope. - Repeti forçando uma voz sensual.

Rimos juntas.

Meus pais me repreendiam com o olhar de longe.

- Acho que eles vão me odiar para sempre. - Falei quebrando o clima.

- Tudo é questão de tempo, minha linda. Você ainda vai se redimir e orgulhar eles. - Ela falou de um jeito doce.

Nos organizamos e pedimos o táxi. Passaríamos no café que eu havia ido no dia anterior para buscar as impressões que eu tinha esquecido antes de irmos para Monte Carlo.

O taxista parou em frente ao café e eu o avisei que rapidamente retornaria para seguirmos até a estação.

Entrei e localizei a senhora que havia me servido no dia anterior servindo uma mesa.

Aguardei pacientemente para que ela pudesse me atender.

- Bom dia! - Falei simpática. - Ontem eu estive aqui e pedi para você imprimir algumas coisas, mas acabei esquecendo de pegar.

- Bom dia. - Ela falou procurando as folhas para me entregar. - Você é aquela mulher que está passando nos jornais? - Ela questionou.

- No jornal? - Perguntei surpresa.

Ela me entregou os papéis.

- Sim. Está passando em todo lugar que a empresária mais famosa e sortuda do momento está sendo procurada para seu novo reinado. - Ela dizia analisando meus detalhes. - Ofereceram até uma recompensa para quem a achasse.

A minha situação ficava cada vez mais louca e inesperada.

Pedi para que a senhora me explicasse melhor sobre a tal empresária procurada.

- Parece que um milionário americano morreu e ele tinha uma empresa chique de jóias e deserdou o filho e deu a empresa para a esposa do filho, uma confusão. Saiu no jornal que ninguém entra na empresa antes dessa mulher ser achada e ela parece com você. - Ela dizia tranquilamente.

Eu quase engasguei naquele momento.

- E-eu preciso ir. Obrigada. - Disse pegando as folhas e dando uma quantia em dinheiro para ela.

Entrei novamente no táxi quase tendo um ataque cardíaco.

Percebendo minha agonia, Callie me questionou.

- Eu sou simplesmente a pessoa mais procurada do momento. - Falei o mais baixo possível. - Parece que Christian mobilizou a imprensa, pagando uma recompensa absurda para quem me achar em qualquer lugar do mundo.

Ela ficou chocada.

- Acho que a gente precisa passar por algum tipo de transformação. - Falei apreensiva.

- Não temos tanto tempo, o trem já vai sair e pelo visto precisamos sair logo daqui. Precisamos chegar logo em Monte Carlo e compraremos perucas na primeira loja que encontrarmos. - Callie falou olhando para o relógio.

O trem partiria em 20 minutos, realmente não daria tempo.

Meus pais conversavam com o taxista e eu e Callie conversávamos sobre a dificuldade da situação. O cerco estava fechando para nós e precisaríamos ser mais espertas do que Christian, o que era complicado, pois ele tinha contato no mundo todo.

- Imagina se eu estivesse lá quando ele soube que perdeu a presidência. Ele ia me matar. Richard fez o que ele achou melhor para foder o filho e proteger o patrimônio, mas ele praticamente assinou minha sentença de morte fazendo isso. - Eu praticamente sussurrava conversando com a Callie.

Poucos minutos antes do trem sair, chegamos na estação.

O taxista nos ajudou com as malas.

- Uma boa viagem para vocês, aproveitem a região e não esqueçam de visitar os locais que eu recomendei. - Ele dizia animado aos meus pais.

Meus pais agradeceram e elogiaram a gentileza do motorista.

Eu só queria sair daquela cidade logo. 

Entramos no trem e eu estava de óculos escuros, tentando dar uma camuflada em meu rosto.

A primeira coisa que eu faria quando chegássemos em Monte Carlo seria procurar a polícia e contar o que estava acontecendo comigo.

RIDING (CALZONA)Onde histórias criam vida. Descubra agora