Desastres

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No dia seguinte encontrou os gêmeos com um humor que não era um dos melhores, e olhavam feio para Hermione sentada à alguns bancos deles, do outro lado da mesa.

-Ela dedurou vocês, não foi? – Carol perguntou enquanto se sentava à mesa, se servindo de uma torrada.

-Ameaçou escrever para mamãe! – Jorge falou nervoso – Disse que se não parássemos de recrutar alunos iria mandar uma carta direto para nossa mãe!

-Fez o maior escândalo! – disse Fred alto, e depois fechou a cara na direção de Hermione – Aquela sujetinha...

-Até parecem que não conhecem Hermione, sabem como ela é certinha – Caroline defendeu a amiga – E só piorou com ela ser monitora, mas logo passa, e enquanto não passar é só não fazer na frente dela para evitar problemas.

-Não tem nada que você possa fazer? Sei lá, tirar ela do cargo, ameaçar – disse Fred – Você a monitora chefe!

-Sou monitora chefe da Corvinal – ela respondeu dando uma mordida na torrada – E outra, Hermione é minha amiga, nunca vou ameaçá-la.

Durante o tempo livre que tinha antes da aula, Carol aproveitou para responder a Sra. Weasley e sua tia, elas provavelmente estariam esperando alguma resposta.

"Querida tia Agatha,

Eu estou bem, obrigada por perguntar. E sim, estou tomando minha poção durante à noite e me alimentando direito.

Sobre a escola tudo continua a mesma coisa, tirando a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, ela é o próprio demônio em um casaquinho rosa, o nome dela é Dolores Umbridge e veio em nome do Ministério, você deve conhecê-la. O número de deveres já está alto e só tive um dia de aula, realmente não achei que poderia ser pior que o ano de NOMs, acho que é por conta da situação que estamos vivendo.

Roger está bem, animado com o quadribol. Bridgette está lidando melhor com o segundo ano, enquanto Natasha está surtando com o ano dos NOMs, acho que deveria falar com ela.

Saudades,

Carol"

Foi até o corujal entregar as suas cartas para Storm depois de escrever de volta para a Sra. Weasley, e sorriu ao pensar que poderia ter perdido sua mãe biológica muito cedo, mas ganhara duas mães maravilhosas. Enquanto descia, encontrou com Cho, que sorriu sem graça.

-Oi, Carol – ela falou, tinha um envelope cor de creme nas mãos – Como vai?

-Estou indo – Carol respondeu, encostando-se na parede – E você?

-Bem, sabe como é, um dia de cada vez... – Cho falou desconfortável.

-Sei, as férias também não foram fáceis para mim – Caroline disse e a menina olhou para ela – Olha, sei que não somos amigas ou coisa do tipo, mas acho que agora nós duas estamos passando por uma dor parecida, então, se sentir que precisa conversar com alguém, alguém que entenda, pode falar comigo.

-Obrigada, Carol... – Cho respondeu e soltou um suspiro – É só que, não consigo acreditar que ele se foi, e não saber o que realmente aconteceu é a pior coisa – ela se encostou na parede em que Carol estava, ao seu lado – Ficar ouvindo todas essas coisas, que ele morreu em um acidente, depois vem Harry dizendo que foi assinado por Você-Sabe-Quem, e não sei em quem acreditar.

-É muito dolorido ouvir o nome dele e saber que não está mais aqui, não é? – Carol falou baixinho sem olhar para Cho, cruzou os braços e soltou um suspiro – Nunca vamos saber o que realmente aconteceu naquela noite, porque não estávamos lá, só sei que conhecíamos Cedrico bem demais para sabe que ele não era burro de morrer acidentalmente, ele sabia se defender muito bem. – Ela colocou a mão no ombro da outra menina que levantou seus olhos molhados com lágrimas para Carol – É um dia após o outro, como você disse.

In Incrementum - A Garota Corvinal, livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora