A nobre casa dos Black

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O sono de Caroline tinha sido agitado, mais uma vez a aparição de Voldemort fez parte de seus pesadelos, assim como o corpo morto de Cedrico. Todas as vezes que acordava assustada, Jorge a acalmava, puxando-a de volta para a cama e voltavam a dormir abraçados. Isso aconteceu pelo menos três vezes, até que ela caísse em um sono profundo sem pesadelos.

A próxima coisa de que teve consciência foi de estar deitada quentinha, enrolada nas cobertas, e escutar a voz de Gina a acordando, tocando gentilmente em seu ombro. Carol se sentou na cama e abriu os olhos, percebeu que o namorado já tinha voltado para o seu quarto, e fez bem porque a próxima pessoa a entrar no quarto foi a Sra. Weasley, chamando as meninas para tomar café, e que depois teriam que ir para a sala de visitas terminar de dedetizar o local, que ainda estava com algumas fadas mordentes.

As meninas trocaram de roupa rapidamente e se desceram para tomar café. Explicaram para Carol que era o terceiro dia que iriam trabalhar na sala de visitas, que antes estava muito pior, "mamãe disse que nunca viu uma infestação tão séria" Gina disse enquanto tomava seu mingau. Além das fadas mordentes, Sirius pediu para que eles o ajudassem a limpar a casa dos artefatos das trevas que pareciam estar em toda a casa.

Depois que terminaram com todas as fadas mordentes, Caroline observou o namorado pegar uma porção e as enrolar com um pano, e ergueu uma sobrancelha questionando em silêncio.

-O veneno vai ser útil para o kit mata aulas – ele respondeu baixo porque a Sra. Weasley estava perto – Vamos vender para Mundungo uma parte, claro.

-Mundungo? – Carol perguntou franzindo a testa, não fazia ideia de quem era.

-Um contrabandista – Fred surgiu do seu outro lado, explicando – Mamãe não gosta nada dele, explodiu esses dias porque ele trouxe um carregamento de caldeirões possivelmente roubados.

-E vocês vão se meter com esse tipo de gente porque...? – ela falou de maneira sarcástica.

-Porque ele consegue coisas que seriam muito boas para os nossos produtos – Fred a respondeu de novo.

-Só não se metam em encrenca, falo sério – Carol avisou tirando o pano amarelo que estava cobrindo metade de seu rosto.

-Relaxe Carol, nós sabemos nos livrar dos problemas muito bem – Jorge bagunçou os cabelos curtos de Caroline, e riu para a namorada.

Passaram boa parte da manhã fazendo esse trabalho, e depois do almoço terminaram de jogar fora todos os artefatos que sobraram da família Black, e Sirius parecia não sentir remorso quando jogava no saco de lixo qualquer coisa que tivesse o símbolo da sua família. Caroline também conheceu Monstro, porque todo momento ele tentava se infiltrar sem ser percebido e pegar algo dos sacos de lixo, e foi tão silencioso ao entrar na sala que Carol tomou um susto quando o viu ao seu lado.

Exceto pelo trapo imundo amarrado como uma tanga nos quadris, ele estava completamente nu. Parecia muito velho. Sua pele dava a impressão de ser maior do que o corpo e, embora fosse careca, como todos os elfos domésticos, uma boa quantidade de pelos brancos saía de suas orelhas enormes como as de um morcego. Seus olhos injetados eram de um cinzento aquoso e seu nariz, bulboso, grande e meio trombudo. E parecia estar resmungando alguma coisa.

-Carol, esse é o Monstro – Hermione disse ao seu lado com um tom gentil – Monstro, essa é Caroline, ela vai ficar conosco aqui também.

-A Sangue ruim está falando com Monstro de novo como se fosse minha amiga, se a senhora do Monstro soubesse o que se tornou a sua nobre casa... – o elfo disse alto, mas era nítido que achava que estava falando baixo.

In Incrementum - A Garota Corvinal, livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora