In Incrementum - A Garota Corvinal, livro 3

Alta Inquisidora

Durante o jantar, Chloe a entrega uma carta que a coruja dos tios havia deixado na cama da menina, e Carol a abre mais tarde, quando já está deitada em sua cama preparando-se para dormir.

"Carol,

Ficamos feliz que esteja bem, tomando suas poção certinho e se alimentando corretamente, nos deixa mais calmos. Sobre Natasha, já mandamos uma carta para ela dizendo que para qualquer coisa procurar você ou Roger, sabe como ela é, quer levar tudo nas costas sozinha.

Agora o assunto mais sério dessa carta: Dolores Umbridge. Nós conhecemos ela do Ministério, vive na cola de Fudge, sua tia chegou a trabalhar um período com ela na corte, uma pessoa desprezível, qualquer um com dois neurônios e que conviva com ela há muito tempo sabe sobre a sua aversão à semi-humanos, ela apresentou um projeto de lei contra lobisomens há uns dois anos atrás, e recentemente fez campanha para que sereianos fossem arrebanhados e etiquetados.

Não sabemos como Fudge a deixa no cargo em que está sendo esse tipo de pessoa, talvez porque o próprio Fudge tenha ideias semelhantes, não sabemos também como ela lida com pessoas mestiças, mas se tem uma aversão assim por semi-humanos, não deve pensar o melhor de quem tem sangue misto. Portanto, pedimos para que tome cuidado com essa mulher, evite provoca-la, vá para as suas aulas normalmente, viva sua vida e fique o mais longe possível de Dolores Umbridge.

Com saudades,

Tio Henry e tia Agatha"

Carol sentiu o seu jantar voltar para garganta quando leu aquela carta. Como uma pessoa daquelas estava em um cargo tão alto no Ministério e ninguém se manifestava? Se lembrou de Lupin, sempre com as roupas surradas e cara de doente, como não conseguia ficar em emprego nenhum, sentia que tinha alguma coisa a ver com aquele projeto de lei. Guardou a carta dentro de um livro que estava no fundo de seu malão, e caiu no sono assim que tomou sua poção.

O domingo chegou em um dia ensolarado, e o grupo aproveitou para passarem a tarde no jardim, e Carol junto com os primos ficou fazendo seus deveres enquanto Fred, Jorge e Lino conversavam com um grupo de calouros sobre os produtos que iriam testar, e o restante das meninas brincavam na beira da água.

-Você nunca vai punir os dois, não é? – Roger perguntou indicando para os gêmeos.

-Só se machucarem alguém, mas ainda acho que estão abusando da sorte – Carol respondeu – Se bem que eles testam sempre em si mesmos os produtos, e isso me preocupa mais.

-Tem se comunicado com mamãe e papai? – Natasha perguntou e abaixou a voz – Sobre a Ordem?

Caroline arregalou os olhos surpresa e exclamou:

-Como diabos você sabe sobre isso?

-Ela escutou nossos pais falando sobre uma noite, e exigiu saber do que se tratava -Roger respondeu pela irmã – Sabe como Nat é, nada que uma ameaça não resolva.

-Eu não os ameacei, seu idiota, só disse que já tinha escutado e que seria mais fácil me contarem do que eu tentar descobrir sozinha – Natasha disse revirando os olhos – Mas então, tem falado com eles?

-Não – Carol respondeu – Quer dizer, eles me escreveram ontem, mas nada sobre isso. – Ela se lembrou da carta que estava escondida no fundo do seu baú dentro de um livro, e esperava que nunca saísse de lá.

-Eles estão bem ansiosos – Roger comentou depois que ficou alguns segundos observando as meninas brincando na beira do lago – Mesmo que tentem fingir que estão tranquilos, é fácil perceber como estão ansiosos.

-Ansiosos com o que? – Caroline perguntou franzindo o cenho pensativa.

Natasha enrolou seu pergaminho e respondeu: