Futuro

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Carol acordou tarde no dia seguinte, felizmente todas as suas coisas já estavam prontas. A festa tinha durado até depois da meia noite, até que McGonagall apareceu às quatro da manhã e mandou todos de volta para as suas salas comunais; Fred e Jorge se despediram de todos antes do grupo dispersar, explicando que iriam dormir em Hogsmeade porque tecnicamente não eram mais alunos de Hogwarts.

-Vou te buscar amanhã na estação – Jorge falou quando se despediu de Caroline – Já conversei com os seus tios.

-Ok... – Carol concordou desconfiada.

Passou o restante do dia passeando pelo castelo, se lembrando de todas as coisas que tinha passado ali. Se lembrou do dia que quase colocou fogo no Prof. Quirrell ao tentar fazer fogo mágico pela primeira vez, de quando fez Viola rir tanto no segundo ano que fez Snape tirar pontos das suas casas, de quando encontrou o nome dos pais na sala de troféus e de como se orgulhou ao saber que a mãe também fez parte do Clube de Feitiços.

Lembrou do seu primeiro beijo com Olívio Wood atrás das estufas de Herbologia, e como tinha se sentido a menina mais bonita do mundo; lembrou quando Cedrico veio pedir ajuda com História da Magia, fazendo os dois se aproximarem e compartilharem bons momentos na biblioteca, de quando Fred e Jorge a assustaram com uma enguia, a fazendo correr pelo jardim desesperada enquanto os dois palhaços riam alto. Havia muitas pegadinhas dos gêmeos para recordar, mas lembrou de quando Agnes no segundo ano disse que um dos amigos dela da Grifinória tinha uma enorme queda por Caroline, e se questionou se esse amigo era Jorge.

Aquele castelo guardava tantas memórias. Boas e ruins. Mesmo que no último ano algo horrível tivesse acontecido ali, aquele lugar foi cenário de muitas coisas especiais e boas. Caroline se tornou uma bruxa ali, uma bruxa extraordinária, inteligente e forte, e tudo graças à Hogwarts. Tinha encontrado seus melhores amigos, se aproximado dos irmãos, se apaixonado inúmeras vezes e encontrado o amor da sua vida ali.

O jantar de despedida era em tese o mesmo, mas ao mesmo tempo não era, porque sabia que era a última vez que iria se sentar sobre aquele teto mágico iluminado por velas flutuantes. Olhou com carinho para cada professor sentado na mesa dos professores, demorando um pouco mais em Dumbledore, ele era um velho maluco? Sim, mas ninguém poderia dizer que não tinha sido um diretor atencioso com o bem estar dos seus alunos.

Na manhã que iriam ir embora, antes de entrarem nas usuais carruagens, os amigos se viraram para trás por uma última vez.

-É, estamos voltando para casa – Roger falou, o braço em volta do ombro de Chloe.

-Não – Caroline virou-se para ele e depois voltou a olhar para o castelo – Estamos voltando para a nossa primeira casa, e dizendo adeus para a nossa segunda.

-Que triste – Agnes comentou do seu lado – Nunca vamos dizer adeus à Hogwarts, ela sempre estará aí quando precisarmos dela. É só um até logo.

A última viagem no Expresso Hogwarts foi divertida, os amigos relembraram tudo o que tinham vivido na escola, desde a primeira viagem de trem, quando ouviram uma confusão no corredor e saíram apressados para ver o que tinha acontecido.

-O que está acontecendo? – Caroline perguntou, e a resposta estava em forma de três corpos desacordados no chão: Malfoy, Crabbe e Goyle. – Meu Deus, o que aconteceu?

Olhou para Ernesto Macmillan, Ana Abbot, Susana Bones, Justino Finch-Fletchey, Antônio Goldstein e Terêncio Boot, que tinham expressões satisfeitas no rosto.

-Malfoy e os amigos tentaram atacar Harry – Susana explicou. Agnes soltou uma risada, os três pareciam lesmas gigantescas apertadas em uniformes de Hogwarts.

In Incrementum - A Garota Corvinal, livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora