O Pasquim

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Eles se despediram quando chegaram ao castelo e Carol subiu para a sala comunal da Corvinal, que não tinha nenhum sinal de Cho, e ela ficou aliviada, sentia pena da menina, mas também não estava no clima para ter uma conversa com ela sobre o seu relacionamento com Harry.

Chegando ao seu quarto encontrou com Alisson sentada na sua cama, com um livro em mãos. Carol deu um sorriso tímido e foi para o seu baú, queria tomar um banho quente e tirar aquelas roupas molhadas o quanto antes para que não pegasse um resfriado.

-Como foi o dia dos namorados? - Alisson perguntou abaixando o livro e se sentando.

-Foi tudo bem, você não foi ao passeio? - Caroline respondeu colocando o seu suéter para secar no aquecedor.

-Fui, mas como não tenho nenhum namorado ou algo do tipo voltei mais cedo – ela respondeu e deu um sorriso nervoso, fechou o livro e se levantou – Carol, eu queria falar com você...

Caroline se virou para olhar para a colega. Ela estava vestido um moletom verde água por cima de uma blusa preta, e tinha os cabelos ruivos cacheados presos em um rabo de cavalo alto, era muito mais fácil para Alisson usar roupas de trouxas por ela ser nascida trouxa.

-Eu queria pedir desculpa – ela falou e engoliu em seco antes de continuar a falar – Desculpa pelo o que eu falei no primeiro dia de aula, sabe, sobre Cedrico... Só queria te dizer que você estava certa, e que agora acredito em Harry.

-Posso perguntar o que te fez mudar de ideia? - Carol perguntou cautelosa.

-Quando Sirius Black fugiu tinha um dementador a cada 10 metros, agora com dez Comensais da Morte à solta não vejo o Ministério fazendo nada, além de toda a questão da Umbridge também - Alisson respondeu e revirou os olhos ao falar o nome da professora – Eu só fiquei com tanto medo de admitir que ele tinha voltado, sabe, por ser trouxa...

-Ei – Carol disse pegando na mão de Alisson, tendo um choque térmico por estar bem gelada e a colega mais quente – Eu entendo Ali, não precisa se explicar. E eu também te devo desculpas pela forma que falei com você...

-Não, você não precisa, não consigo imaginar como tenha sido perder Cedrico – a colega a interrompeu e soltou um suspiro – Amigas de novo?

-Nunca tinha deixado de ser sua amiga – Carol respondeu e a abraçou - E sobre Umbridge, acho que precisa saber de uma coisa.

No domingo, Agnes e Alicia contaram para Carol que Angelina estava tendo crises constantes de nervoso por conta dos treinos.

-O treino de sábado foi um completo desastre – Alicia disse na hora do almoço - Rony tem muito potencial, só que quando fica nervoso todo esse potencial desaparece. André e Juca estão melhorando, nunca vão chegar aos pés de Fred e Jorge, mas eram as nossas únicas opções.

-E Gina? - Carol perguntou.

-Gina é boa – Alicia respondeu - Não sei porque não se candidatou antes para o time, é uma ótima apanhadora, nada como o Harry, mas boa. Só que tenho medo que até o jogo contra a Lufa-Lufa Angelina tenha um colapso nervoso, é sério, ela está ficando maluca.

Na terça feira, os gêmeos lamentaram para ela quanto o time da Grifinória estava ruim e que provavelmente iriam ser humilhados pelos outros times.

-Eles estão péssimos, andamos assistindo aos treinos deles sabe, vão ser massacrados no jogo – Fred disse, estavam sentados na escadaria na frente do castelo – A equipe ficou um lixo sem a gente.

-Mas ouvi dizer que Gina está indo muito bem, pelo menos foi o que Alicia e Agnes me disseram – Caroline falou para tentar consolar os dois que estavam com uma cara péssima.

In Incrementum - A Garota Corvinal, livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora