Departamento de Mistérios

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-Quem estiver mais próximo do telefone, disque seis dois quatro dois! - disse Harry.

Rony discou, seu braço estranhamente dobrado para alcançar o disco; quando este voltou ao ponto inicial, a voz tranquila de mulher ecoou na cabine.

"Bem-vindos ao Ministério da Magia. Por favor informem seus nomes e o objetivo da visita"

-Harry Potter, Rony Weasley, Hermione Granger – disse Harry imediatamente - , Gina Weasley, Neville Longbottom, Luna Lovegood e Caroline Davies... estamos aqui para salvar a vida de alguém, a não ser que o seu Ministério possa fazer isso primeiro!

"Obrigada", disse a voz tranquila. "Visitantes, por favor, apanhem os crachás e os prendam no peito das vestes."

Sete crachás saíram da fenda de devolução de moedas. Hermione recolheu-os e os entregou em silêncio a Harry, por cima da cabeça de Gina; o de Carol estava escrito: Caroline Davies, Missão de Salvamento.

"Visitantes ao Ministério, os senhores devem se submeter a uma revista e apresentar suas varinhas para registro na mesa de segurança, localizada ao fundo do Átrio."

-Ótimo! - exclamou Harry em voz alta – Agora podemos descer?

O piso da cabine estremeceu e a calçada se elevou passando por suas vidraças, a escuridão se fechou sobre as cabeças dos garotos e, com um ruído surdo de trituração, eles desceram às profundezas do Ministério da Magia.

Uma réstia de suave luz dourada iluminou seus pés e ampliou-se para os seus corpos. Fazia anos que não ia ao Ministério, mas continuava o mesmo: o grande Átrio que estava estranhamente vazio, as lareiras que de dia iluminavam o lugar estavam apagadas, e os símbolos dourados que se moviam sinuosamente no teto azul, e mesmo que não conseguisse ver sabia que mais para frente havia uma enorme fonte d'água.

"O Ministério da Magia deseja aos senhores uma noite agradável", disse a voz de mulher.

A porta da cabine telefônica se escancarou; Harry saiu tropeçando, seguido por Neville e Luna. O único som no Átrio era a torrente contínua de água na fonte dourada, que jorrava das varinhas da bruxa e do bruxo, da ponta da flecha do centauro, do gorro do duende e das orelhas dos elfos domésticos para o tanque ao redor.

-Vamos – disse Harry baixinho, e os sete saíram correndo pelo saguão, Harry à frente, passaram pela fonte e se dirigiram à mesa onde o bruxo-vigia se sentara, e que agora estava deserta.

Caroline apertou com mais força a varinha em sua mão, tinha certeza de que deveria ter segurança ali, e que a sua ausência certamente significava um mau sinal. Eles cruzaram os portões dourados para o elevador, Harry apertou o botão de descida mais próximo e um elevador apareceu com um enorme ruído, quase imediatamente, as grades douradas se abriram produzindo um grande eco metálico, e eles embarcaram depressa. Harry apertou o botão de número nove; as grades se fecharam com estrépito e o elevador começou a descer, balançando com um grande ruído. Quando pararam, a voz suave da cabine anunciou: "Departamento de Mistérios", e as grades se abriram. Eles saíram para o corredor onde nada se movia exceto as chamas dos archotes mais próximos, bruxuleando na corrente de ar produzida pelo elevador.

-Vamos – Harry sussurrou, e saiu à frente pelo corredor, Luna logo atrás, olhando para tudo com a boca ligeiramente aberta.

-Ok, ouçam - disse Harry, parando outra vez a menos de dois metros de uma porta preta e simples – Talvez... talvez umas duas pessoas devessem ficar aqui para... para vigiar e...

-E como é que vamos avisar se tiver alguma coisa vindo? - perguntou Gina, as sobrancelhas erguidas - Você poderia estar a quilômetros de distância.

In Incrementum - A Garota Corvinal, livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora