D E Z E S S E I S

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Josephine

Confiar e contar ao Hero sobre meu passado tirou um peso das minhas costas, agora era como se eu pudesse ser eu mesma. Nas primeiras vezes que ele me pressionou para contar sobre meu passado eu tinha medo dele me rejeitar ou me julgar, mas ele provou o contrário e ganhou minha confiança. 

***

Depois de termos fechado a cafeteria, fui para o banheiro com meu celular em mãos. Depois de lavar o cabelo me sequei e me enrolei na toalha, o espelho estava embaçado com o vapor e passei o braço para limpar. Me olhei no espelho e vi uma pequena mancha arroxeada na base do meu pescoço. Hero. Sorri e passei a ponta do dedo na região, lembrando de sua boca ali, logo minha mente vagou para seus beijos e chupões e me arrepiei. Subi minha mão e apertei minha nuca, enquanto um estranho incomodo me atingiu no meio das pernas. De novo

Olhei novamente meu reflexo no espelho e agora estava com as bochechas avermelhadas. Enquanto apertava minha nuca, a mão que segurava a toalha em meu corpo caiu e me vi nua. De repente a imagem de Hero no rio no dia do acampamento, ele cantando a música baixinho em meu ouvido, seu corpo definido, suas mãos em mim... pressionei minhas pernas uma contra a outra e minha mão esquerda apertou levemente meu seio e ofeguei com a sensação. A pressão no meio das pernas aumentou de uma forma insuportável e apertei mais forte meu seio; me olhei e comecei a imaginar que era Hero que estava passando as mãos nos meus seios, os apertando e fechei os olhos. Eu nunca tinha feito isso antes, mas a sensação era tão boa.

Me sentei na pia de mármore gelada e abri as pernas meio incerta do que fazer, já que nunca tive essa vontade de saciar algum desejo que envolvesse garotos. Esfreguei as pontas dos meus seios e um gemido leve escapou dos meus lábios; Hero a todo momento em minha mente, então fechei os olhos e desci minha mão direita para o meio das pernas. Passei o dedo do meio na minha fenda e a encontrei molhada, introduzi o dedo lentamente até estar todo dentro, uma leve ardência me atingiu, mas apertei meus seios e comecei a mexer o dedo para dento e para fora, acariciando meu clitóris vez ou outra.

Encostei a cabeça no espelho e fechei os olhos quando encontrei uma sincronia perfeita. Meu dedo entrava e saia molhado e comecei a me mexer junto com minha mão enquanto mordia o lábio. Em algum momento meu corpo começou a tremer e uma pressão veio forte. Quando minha respiração estava muito ofegante e revirava os olhos com a sensação gostosa; meu celular começou a tocar. Me assustei com o barulho e acabei caindo no chão, até me estabilizar e pegar o celular. No visor aparecia o nome do dono dos meus pensamentos impuros.

— Oi Hero.

Eu tenho certeza que ele vai perceber algo em minha voz.

— Oi coisa gostosa. O que está fazendo?

— Estou no banho...

Ele parou um pouco e prendi a respiração.

— Por que você está com a voz ofegante?

— Eu? Não estou com a voz ofegante, impressão sua. — Dou uma risadinha para disfarçar.

— Está sim. O que você estava fazendo no banho, Josephine? — Ele pergunta com a voz baixa e posso sentir seu sorrisinho cretino.

— Ora, tomando banho.

— Pra mim, parece que você estava fazendo algo bem mais interessante do que tomar banho.

— Você me ligou para falar de banho? — Pergunto ironicamente.

Ele ri e depois limpa a garganta,

— Não, te liguei para saber se você quer vir aqui em casa, assistir algum filme.

Pensei por um momento enquanto mordia a unha. Será que ficaremos sozinhos?

Besides The Life | HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora