9- Paixão

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Meredith Narrando

Ficamos em silêncio por um bom tempo, eu apenas passava as mãos em seus cabelos, tentando ao mínimo deixá-la calma.

-Quando eu tinha 15 anos, minha mãe morreu em um acidente de carro. Ela estava indo me buscar na escola, eu tinha arrumado uma confusão e o diretor ligou mandando ir me buscar.-Addison começou a falar, olhando para suas mãos que estavam em seu colo. Sua voz estava trêmula e sussurrada.-Ela foi dirigindo o mais rápido que podia. Minha mãe estava quase chegando, até que um caminhão pegou o carro dela e ela faleceu na hora.

A ruiva levantou a cabeça, me dando a visão de seu rosto, que estava totalmente vermelho e molhado pelas lágrimas.

-O Capitão, por incrível que pareça, é meu pai.-Ela revelou e eu arregalei os olhos.-Ele sempre me culpou por isso, mas não foi minha culpa. Ele sempre me negou, sempre disse que eu não era filha dele, e quando a mamãe morreu, tudo piorou. Ele não me dava um minuto de paz, mas era obrigado a ficar comigo. Eu acreditava que quando fizesse 18 anos tudo mudaria, pegaria a minha parte da herança e seria feliz. Mas, ele agiu pelas minhas costas e tomou tudo de mim, me deixando sem nada.

-Addison, não precisa...-Antes que eu terminasse, ela levantou a mão me interrompendo.

-Eu preciso fazer isso.-Ela respirou fundo e continuou.-Quando fiz 18 anos, ele simplesmente mandou eu arrumar uma mala pequena. Eu estava achando que iríamos viajar, mas quando vi, ele me levou para a Casa de Altman.-Ela tinha uma feição de ódio.-Ele me tratou que nem cachorro, não olhou para trás enquanto eu implorava para ele não me deixar ali, que iria me comportar, que iria obedecer ele. Mas não, ele foi embora, pegando mil dólares com a Altman. A Teddy foi a minha salvação na realidade, ela nunca me forçou a ficar lá, assim como nunca me forçou a fazer programas todas as noites, mas eu faço, porque quero sair dessa vida.

Eu estava sem palavras. O Capitão era pai dela, ele que jogou ela nessa vida, o homem que eu e meu irmão, achávamos ser alguém de bem, jogou essa pobre garota na sarjeta.

-Por isso não estou em uma faculdade, não estou bebendo, nem namorando. Porque ele acabou com a minha vida.-Ela disse me olhando e a única coisa que fiz, foi abraçá-la.

Lhe dei um beijo em seus cabelos e a apertei em meus braços, querendo protegê-la de todo mal.-Estou aqui com você meu amor, vai ficar tudo bem.-Sussurrei em seu ouvido.

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Addison Narrando

Alívio. Era o que eu estava sentindo por ter contado tudo a ela.

Se eu tinha feito o certo? Não sei, posso me arrepender depois, mas agora só consigo me sentir aliviada. Ela me abraçou e eu coloquei meu rosto em seu pescoço, fungando seu cheiro, que era simplesmente perfeito.

-Eu estou aqui com você meu amor, vai ficar tudo bem.

Meu amor. MEU AMOR. Ela me chamou de meu amor.

Levantei meu rosto e olhei em seus olhos azuis como o mar. Aqueles olhos, simplesmente os mais belos olhos.-Obrigada Meredith.-Falei e lhe dei um beijo no canto da boca.

Quando estava me afastando de seu rosto, sua mão foi para minha nuca e me puxou para si. Nossas bocas estavam a um centímetro de distância.

-Ah Addison, estou me controlando para não perder meu controle com você.-Ela falou, me fazendo sentir o roçar de seus lábios nos meus.

-Perca.-Falei me aproximando mais de si.

-Não quero me aproveitar de você, meu bem.-Nossas vozes eram sussurros baixos, quase inaudíveis.

-Preciso de você senhora, preciso que me faça esquecer isso. Preciso da senhora em mim.-Fui até seu ouvido e sussurrei.-Me faça sua, Meredith.

No mesmo momento, ela colou sua boca na minha, em um beijo calmo mas forte ao mesmo tempo. Nos beijamos por um tempo, até que ela me afastou de sua boca.

Ela passou a mão em meu rosto, calmamente e me deu um beijo casto.-Se quiser parar ou eu te machucar, me avise. Tem certeza de que quer continuar?

Colei nossas testas, em um sinal de que ela poderia continuar. Meredith voltou a me beijar e me sentei sem seu colo. No mesmo momento, suas mãos foram para a minha bunda, a apertando.

Ela se levantou comigo em seu colo e começou a andar pelo apartamento, batendo em algumas paredes no percurso, me fazendo rir. Chegamos a um quarto e ela me deitou na cama, ficando por cima de mim. Ela começou a tirar a minha roupa, enquanto olhava em meus olhos, tentando ver algum sinal de desistência.

Ela tirou meu sutiã e minha calcinha, seus olhos se voltaram para meus seios e logo sua boca foi até eles, dando a devida atenção a eles. Minhas mãos foram para os cabelos dela, a forçando por precisão em seus movimentos. Senti sua outra mão descendo pelas minhas pernas e tocando minha intimidade. Arfei.

Senti um dedo seu entrar lentamente em mim, me fazendo soltar um baixo gemido. Abaixei meu olhar e vi que ela me olhava enquanto chupava meu peito.

-Senhora Ah!-Gemi mais alto quando ela forçou um segundo dedo, indo mais fundo em mim.

Segurei em sua nuca puxando para um beijo fogoso, que logo foi quebrado por causa da falta de ar. Meus gemidos começaram a ficar mais altos e eu fazia questão de gemer olhando em seus olhos azuis. Vi ela dar um sorriso maldoso, quando comecei a contrair minha intimidade em seus dedos.

-Ah, eu estou quase. Oh meu Deus, quase!-Meu ápice estava quase chegando, quando ela parou de se movimentar em mim.

A olhei com raiva e ela riu.-Calma meu anjo, vou dar o que você quer.

Tirei suas roupas e colei seu corpo ao meu.-Senhora, a camisinha.-Lembrei antes dela entrar em mim.

-Droga!-Esticou a mão na gaveta da cômoda e a revirou rapidamente, tirando um embrulho prateado e o abriu rapidamente, colocando a camisinha em si.

-Qual sua posição favorita?-Perguntou dando beijos em meu pescoço.

Segurei sua nuca e trouxe para mim, deixando nossos lábios bem próximos.-Qualquer uma, desde que a senhora me faça esquecer de tudo.

Ela sorriu para mim e me beijou lentamente, enquanto direcionava seu pênis para dentro de mim. Como as últimas vezes, ela me tratou com bastante carinho e cuidado, me deu prazer e sentiu prazer sentindo isso.

A todo momento nossos olhos se conectaram, sorrisos eram dados e eu sentia algo em mim, que não poderia sentir, algo que eu temia mais que tudo: A paixão.

Sweet ProstituteOnde histórias criam vida. Descubra agora