Five

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POV RAFAELLA KALIMANN

Cheguei em casa antes das cinco horas da tarde, o dia foi bacana, nada de riscos, Gizelly parecia ser uma garota do bem, só me incomodou o fato dela viver vidrada no celular, isso não faz bem pro ser humano.

Às dezenove horas Sarah foi preparar o jantar, enquanto eu curtia um pouco o Gu.
Depois do jantar ficamos nos três deitados no quarto assistindo novela, Sarah era apaixonada nos dramas das novelas mexicanas, nosso filho começou a cochilar, levei ele até seu quarto.

Amanhã eu teria que pegar a Bicalho na casa Branca às seis e dez da manhã, não sou de acordar cedo então seria um sacrifício, me acomodei no meu canto e dormi.

***

Gizelly entrou no carro, desejei bom dia

- Bom dia, temos que pegar uma amiga no bairro Continental antes de seguir pro colégio (Ela disse e colocou o cinto)

Continental era um bairro próximo a onde eu morava, estranhei o fato dela ter amigas lá, podemos dizer que la é favela, e bem perigosa por sinal.
Eu gostava de dirigir ouvindo música, me virei pra ela

- Se importa se eu ligar o som?

- Não, pode ficar a vontade (Ela disse sem tirar os olhos do celular)

Conectei meu bluetooth do celular no som, coloquei minha play list de músicas brasileiras
Tocava Marília Mendonça, escutei Gizelly cantando baixo

- Você conhece as músicas da Marília?

- Eu amo sertanejo, pena que nas rádios daqui quase não tocam músicas brasileiras, você pelo jeito gosta bastante né? Já é a terceira sofrencia que toca (Ela me olhou e riu)

- Eu nasci no Brasil, minha mãe é de lá, todo ano eu tiro uns dias de férias pra visitar ela

- Já fui ao Rio de Janeiro duas vezes, gostei bastante, espero que nas férias desse final de ano o papai queira voltar pra lá

- Bacana. Qual rua sua amiga mora?

- Na próxima você pode virar a esquerda (Ela disse e fez uma ligação)

Estacionei o carro na porta da casa que ela pediu, uma garota morena se aproximou da porta do lado da Gizelly e deu um beijo demorado nela, fiquei sem graça e olhei pra frente esperando que elas acabassem, a menina entrou na porta traseira do carro e eu dei partida.
Gizelly nos apresentou.
O caminho todo eu fui apenas ouvindo a conversa das duas, a maioria dos assuntos eram sobre a escola, e que sexta-feira teria uma festinha na casa de alguém da turma delas.

- Gizelly vou pra casa, meio dia estarei aqui pra te buscar, se acontecer de você sair mais cedo me manda mensagem que venho (Eu disse parando o carro na porta do colégio)

As duas desceram e deram as mãos, fiquei olhando até ela cruzar o portão de entrada.

Eu não sabia que a Gizelly tinha uma namorada, fiquei surpresa em ver a menina beijando ela, fui o caminho inteiro até minha casa lembrando da cena das duas.

Eu e a Sarah não éramos de brigar, mais hoje não aguentei, cheguei em casa depois de deixar a Gizelly no colégio, meu filho estava chorando no quarto dele todo sujo de xixi, e com fome, enquanto a Sarah estava dormindo, não é possível que ela não escutou o menino chorar.
Depois que troquei ele, dei biscoito e suco, fui até meu quarto e acordei ela

- Sarah pelo amor de Deus, não escutou o Gustavo chorando não?

Ela abriu os olhos lentamente

- Quantas horas? Tá cedo ainda Rafa

A filha do Presidente Onde histórias criam vida. Descubra agora