POV RAFAELLA KALIMANN
Foram três vagabundos, todos sem vidas, tiro certeiro na cabeça de cada um, atirei sem dó nem piedade.
Quando percebi que já não haviam outros corri até a porta grande e enferrujada, ao entrar pude ver ela, Gizelly estava lá no canto da parede, mais pálida do que o normal, corri até ela e abraçei com força
- Meu amor, eu tô aqui
Limpei seu rosto que estava banhado em lágrimas e ela sorriu
- Eu te amo Rafaella
Senti o peso dela em meu corpo, seus olhos se fecharam, com cuidado desamarrei suas mãos e à peguei no colo saindo desse lugar imundo.
Gizelly ainda estava desacordada, mais respirando, acelerei o máximo que pude até chegar em um hospital mais próximo, e ao chegarmos logo pedi ajuda a algum funcionário, rapidamente ela foi levada até a ala de emergência, fiquei na recepção fazendo a ficha da minha esposa, ao terminar sentei na sala de espera, liguei pra casa Branca pra me certificar que meus filhos estavam bem.
Cerca de uma hora mais tarde uma moça apareceu me dando notícias da Gizelly, ela estava bem e eu já poderia ir até o quarto em que ela estava.
Em passos longos fui até o quarto 402, ao olhar pra ela senti uma lágrima descer pelo meu rosto, ela estava ali, de volta pra mim, aproximei e sentei em uma cadeira ao lado da cama, Gizelly levou sua mão livre ao meu rosto acariciando, a outra estava ocupada tomando soro na veia- Que bom saber que você está bem meu amor, sua perna? Deixa eu ver (Gizelly disse descendo sua mão pelo meu ombro)
- Já melhorou minha vida, mais me diga, o que fizeram com você? (Eu disse passando a mão pelo punho dela que estava machucado)
- Não precisa se preocupar, não me bateram
Respirei aliviada, eu não me perdoaria se tivessem abusado da minha mulher
- Preciso ligar pra nossa advogada meu amor, creio que não vou sair impune por ter acertado aqueles bandidos
- Não Rafa, fala que você me encontrou na estrada, não fala que matou os três, inventa alguma coisa, só não assume esses assassinatos
- Gi, não posso mentir, calma, tudo vai ficar bem
Deixei um beijo nos lábios dela e fui até a janela do quarto.
Liguei pra nossa advogada e expliquei o que estava acontecendo, Fernanda combinou de nos encontramos na delegacia em duas horas, eu precisava assumir.Assim que encerrei a ligação voltei pro lado da Gi, uma enfermeira apareceu colocando outro soro, saiu dizendo que depois que esse terminasse a Gi já estaria liberada pra ir embora.
***
Parei o carro em frente a delegacia, desci com minha esposa, antes passando em uma lanchonete, Gizelly se alimentou bem direitinho, ficamos conversando sobre nossos filhos enquanto a Fernanda não chegava.
Gizelly queria que eu ligasse pra casa Branca, porém achei melhor não, eles só saberiam que ela estava livre quando nos chegassemos lá.Fernanda me ligou dizendo que já estava na porta da delegacia, acertei a conta, entrelaçei meus dedos aos da minha esposa e seguimos até a advogada.
Confessei tudo pro delegado, a cada palavra minha Gizelly apertava minha mão.
Ela também deu seu depoimento de tudo que passou na mão dos bandidos.
Ao final o homem me perguntou o porquê de eu não ter avisado a polícia, minha resposta foi simples, eu queria fazer justiça com minhas próprias mãos.POV GIZELLY BICALHO
Eu sabia que a Rafaella ia passar por um julgamento, e isso me deixava com o coração apertado, depois de sairmos da delegacia fomos pra casa dos meus pais.

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A filha do Presidente
Fiksi PenggemarMeu nome? Gizelly Bicalho. Tenho meus 17 anos, minha única preocupação na vida é tirar o terceiro ano, eu odeio estudar, porém me esforço ao máximo pra não repetir de ano, não aguentaria ficar mais 365 dias dentro de uma sala de aula. Tenho a vida q...