A filha do Presidente

Eleven

(Julho 2021)

POV RAFAELLA KALIMANN

Fazia exatamente duas semanas que eu não era mais a segurança da pequena Bicalho, agora eu estava acompanhando o senhor presidente pra tudo quanto é lado, no total éramos três profissionais protegendo o homem.

Nesses quinze dias quase não vi Gizelly, foi só duas vezes, e nem conversamos, apenas assenamos uma pra outra.
Por mais que eu não quisesse admitir eu estava morrendo de saudade dela, não necessariamente de beija-la, mais sim de conversar, de discutir as vezes pela sua teimosia.

Hoje Jorge convocou todos os seguranças afim de uma pequena reunião, nada sério, só pediu mais dedicação à alguns que estavam deixando a desejar.
Ao final ele pediu pra que eu esperasse

- Rafaella vou precisar que faça a segurança da minha filha hoje. Donizete está com mal estar e não vai poder acompanhar ela no dia a dia (Jorge disse)

- Claro senhor presidente, estou a disposição

Ele saiu, fui até a cozinha conversar um pouco com dona Lúcia, também sentia falta de conversar com a empregada.

- Bom dia dona Lúcia (Gizelly disse entrando na cozinha) Oi Rafaella (Ela disse assim que me viu)

- Bom dia Gizelly (Abri um sorisso)

Ela se sentou na mesa colocando café na xícara, observei cada movimento dela, ao ver ela levando o café a boca vi que em seu dedo da mão direita havia uma aliança de compromisso, desviei meus olhos pra outro lado, merda, o lance dela com a Ivy pelo jeito era sério mesmo.
Fui até a pia e lavei meu copo que tomei café, dei tchau pra dona Lúcia e falei pra Gizelly que esperaria ela no carro

- Uai, cadê o Donizete? (Gizelly disse)

- Seu pai pediu pra te acompanhar hoje, parece que seu segurança está passando mal (Eu disse e sai)

POV GIZELLY BICALHO

Em quinze dias hoje foi a primeira vez que fiquei mais próxima da Kalimann, ao ver ela na cozinha senti minhas pernas bambiar, ela parecia ainda mais linda do que o normal, sentei pra tomar meu café, percebi que ela não tirava os olhos de mim, mais em seguida ela desviou o olhar e deu tchau pra Lúcia.
Ao ouvir que ela me esperaria no carro meu coração quase saiu pela boca, que merda meu pai pensa que está fazendo, era perigoso nos duas juntas dentro de um carro.

O caminho todo eu fiquei super desconfortável, sempre que dava Rafaella me olhava profundamente nos olhos, e isso estava mexendo demais comigo.

O único assunto que conversamos foi sobre o garoto que andava me ameaçando, contei pra ela que nada havia acontecido, que até a Victoria tinha parado com as implicâncias comigo.
Desci do carro ao chegar no colégio, ela disse que me buscaria meio dia. Hoje a Ivy iria pra minha casa depois da aula, já estava combinado, tínhamos um trabalho pra fazer.

Meu namoro com a Ivy estava indo bem até demais, nos duas nem brigava, ela era a calma em pessoa, minha mãe e meu pai adimirava a morena, não era qualquer pessoa pobre que conseguia estudar no colégio onde só tinham os mais ricos do país, e ela estava lá lutando dia após dia pra não perder a bolsa.

Sai da escola de mãos dadas com minha namorada, vi a Rafaella dentro do carro e segui até lá abrindo a porta de trás pra Ivy e entrando logo em seguida sentando do lado dela, com o Donizete era assim também, sempre que ele levava a gente em algum lugar, eu ia atrás com a Ivy.
Ivy comprimentou a Rafa

- Oi Ivy. Pra onde Gizelly?(Rafaella disse olhando pelo retrovisor)

- Minha casa

Ela arrancou com o carro, saiu cantando pneu. É pelo jeito ela estava brava.
Chegamos mais rápido do que quando ela ainda era minha segurança, pisou bonito no acelerador.