Nine

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POV GIZELLY BICALHO

Ivy estava chata demais hoje, uma agarração que só Jesus, nem mergulhar sozinha eu tava podendo.
Logo após almoçarmos resolvemos brincar de sinuca, Rafaella estava olhando pra gente e rindo, ali ninguém sabia jogar direito, fui até ela e chamei pra jogar com a gente, ela relutou um pouco mais acabou aceitando.
Dei três passos e recebi um esbarrão que quase me jogou no chão, ao olhar e ver quem era eu aproximei e peguei no colorarinho da garota

- Quer ficar banguela de novo Victoria? (Eu disse apertando seu pescoço)

Senti duas mãos macias na minha cintura

- Gizelly larga a menina (Rafaella disse me puxando)

Victoria deu um sorisso falso e saiu, todos do colégio já estavam em minha volta, respirei fundo, Ivy se aproximou passando a mão em meu rosto, Rafaella ainda estava com as mãos na minha cintura, e mesmo nesse clima tenso o toque dela estava me deixando arrepiada

- Taís você deixa a Ivy em casa pra mim? (Eu disse olhando pra minha amiga) Estressei e quero ir direto pra minha casa

- Eu vou pra sua casa com você Gi (Ivy disse)

- Tô nervosa Ivy, melhor eu ficar sozinha, não quero fazer grosseria com você. (Me virei pra Rafaella) Vamos?

Fui até a mesa e peguei minhas coisas, a vadia da Victória realmente tinha me estressado, esse empurrão não foi o primeiro do dia não, ela esbarrou em mim o tempo todo hoje, e pra não ficar pior o melhor era eu ir pra casa mesmo.
Acertei no caixa meu consumo e o da Rafaella.

Entrei no carro e bati a porta com força, Rafaella ligou o som, levei a mão até o botão e desliguei, ouvi ela soltar um suspiro pesado. Sei que ela não tinha culpa, mais eu realmente estava bem nervosa, precisava de silêncio pra me acalmar.

Percebi que o caminho que ela seguia não era o trajeto da casa Branca

- Onde estamos indo Rafaella? Não deixei claro que quero ir pra minha casa? (Falei basicamente gritando)

- Gizelly não venha fazer falta de educação comigo. Vou te levar em um lugar pra que você possa se acalmar um pouco (Rafaella disse sem tirar os olhos da estrada)

Já estávamos com o carro em movimento por mais de uma hora, além de nervosa eu já estava ficando impaciente

Após mais dez minutos ela parou o carro em uma estrada de chão, desceu e abriu a porta pra mim

- Sempre que estou estressada eu venho aqui espairecer, você vai gostar. Vem (Ela pegou minha mão me puxando pra fora do carro)

Ativou o alarme e começou a subir em uma trilha, vinte minutos depois chegamos ao pico de uma montanha, apesar do cansaço físico valia a pena, o lugar era maravilho, tudo lá em baixo estava do tamanho de uma formiga, acima de nós só existia as nuvens. Ela se sentou, sentei ao seu lado

- Rafaella aqui é... (Eu ia dizer que o lugar é lindo, porém ela colocou o dedo em meus lábios pra que eu ficasse em silêncio)

- Não diga nada, apenas sinta, feche os olhos, deixe que sua mente te leve à algum lugar, acalme seu coração (Ela disse e assim fiz)

E realmente a sensação foi ótima, após alguns minutos eu já estava bem leve, estava em paz.
O vento forte e gelado me fez abraçar meu corpo, senti os peitos da Rafaella em minhas costas, seus braços agora abraçavam os meus, não sei por qual motivo ela resolver se sentar atrás de mim, mais estava bom sentir ela bem pertinho.
Estávamos em silêncio quando ela tirou seus braços que estavam em volta do meu corpo, seu corpo já não estava mais colocado ao meu, senti arder minhas costas quando ela passou os dedos pelos arranhões que a Ivy havia deixado ali depois de um sexo selvagem, me dei conta que eu estava de biquini até agora, na hora da raiva nem lembrei de colocar a blusa.

A filha do Presidente Onde histórias criam vida. Descubra agora