Forty-five

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DOIS ANOS DEPOIS

POV RAFAELLA KALIMANN

Estou eu aqui na lápide da Sarah olhando o Gustavo deixar uma rosa branca sobre o túmulo da mãe.
Dois anos havia se passado desde o falecimento dela.
Por muitos meses Gustavo andou querendo ver a loira, mais com muita conversa eu e a Gi fomos colocando as coisas na cabeçinha dele.

Chegamos em casa e o pequeno correu pra dar um beijo na sua irmã, é isso mesmo que estão lendo, à um ano e meio Gizelly e eu entramos em tratamento pra que ela engravidasse, e hoje nossa pequena Luna está com cinco meses de vida, foi algo rápido, depois da morte jovem da Sarah, Gizelly teve medo de muitas coisas, uma delas era partir sem ter o previlegio de gerar um filho.

Eu precisei deixar o Gu em casa e sair pra trabalhar, ainda continuo fazendo a escolta da Barbara, e por falar nela, de tanta insistência ela acabou conseguindo se aproximar da Gi, hoje vivemos em harmonia, tanto que minha patroa e cunhada é madrinha da Luna.

Hoje seria o dia de chá, na casa da amiga da Barbara, Cléo era uma mulher jovem, morena, alta e linda, casada com um velho de sessenta anos, não entendo a cabeça dessas mulheres que casam por dinheiro, porém não julgo.

Estava eu afastada do grupo de mulheres conversando por vídeo chamada com minha esposa, ela me mostrava meus dois filhos brincando, isso me deixava com o coração cheio de paz.

Senti uma mão macia acariciar meu ombro, estava tão alheia na ligação que não tinha percebido a mulher se aproximar, deixei o celular sobre meu colo e olhei pra Cléo

- Junte-se a nós querida (A mulher disse sorrindo)

- Estou bem aqui Cléo, vou só aguardar a Bárbara mesmo

- Como preferir Rafinha (Cléo disse e piscou saindo logo em seguida)

Peguei o celular e voltei a focar o aparelho em meu rosto

- O que foi isso Rafaella? (Gizelly disse arqueando a sobrancelha)

- Isso o que Gi? É a amiga da Barbara chamando pra juntar à elas no chá

- Rafinha, querida, é assim que as amigas da Barbara te chamam? Costumam colocar a mão em você também? Desde quando isso Rafaella?

- Gi, a moça só foi simpática comigo

- Simpática até demais Rafaella, hoje você dormi no sofá

Gizelly encerrou a ligação sem me deixar responder.

Quando a gente gosta da pessoa é normal ter ciúmes, mais poxa eu não fiz nada, eu nem dou motivos pra Gi desconfiar de mim, e hora nenhuma passa pela minha cabeça em trair ela.

Após mais ou menos uma hora Barbara chamou minha atenção pra irmos embora.
Deixei a patroa em sua mansão e segui até meu apartamento, que agora posso chamar de meu, vendi o antigo que a Sarah morava e comprei esse ao qual eu pagava aluguel.

Gizelly estava sentada no sofá com a cara de poucos amigos, aproximei da fera pra dar um beijo, como eu sempre fazia quando eu chegava em casa, ela rapidamente virou o rosto, balançei a cabeça

- Sério isso Gizelly?

- Pede beijo pra Cléo

Fui até o tapete onde o Gu estava brincando, beijei meu filho e em seguida aproximei do carinho beijando minha filha que estava dormindo.

Deixei meu celular e a chave do carro sobre o rack e fui até a cozinha beber água, ao voltar Gizelly estava com meu aparelho nas mãos, olhar aquilo foi demais pra mim, cadê a confiança? Eu não tinha nada à esconder dela, ela mexer em meu celular não tinha nada haver, mais mexer procurando por algo que eu estivesse fazendo de errado era demais.
Dei alguns passos e peguei meu celular da sua mão, ela me olhou zangada

- Tá querendo esconder o que de mim Rafaella?

- Não confia em mim Gizelly? Que merda, hoje você tá cassando briga atoa

- Talvez eu não esteja tão errada assim, afinal você tem o contato da vagabunda salvo no seu celular, posso saber porque?

Gustavo olhou pra nós duas e pediu pra que não brigassemos, suspirei

- Tá tudo bem filho (Eu disse saindo da sala)

POV GIZELLY BICALHO

Rafaella pode até achar que meu desconforto com ela em relação a tal de Cléo coisa boba, mais pra mim não é.
Nem intimidade essa mulher tem com minha esposa pra colocar apelidos carinhosos e ainda por cima ficar cheia de mãos pra cima da Rafaella.
Não sou de olhar o celular da Rafa, mais algo não estava certo quando vi pela tela do celular a mulher afogar suas mãos no ombro da minha esposa, sem contar que pelo vídeo deu pra ver o sorriso que a morena tinha nos lábios ao chamar a Rafa pra se juntar à elas.
Minha raiva só aumentou quando na agenda do celular da Rafaella tinha o nome da mulher, que merda é essa? Rafaella nunca comentou nada dessa tal Cléo, porque ela tinha o contato dela?

Deixei as crianças na sala e fui até o quarto, Rafaella estava deitada na cama assistindo televisão, sentei ao seu lado

- Me explica agora Rafaella

- Explicar o que chata? Que canseira Gizelly, você tá vendo coisas onde não tem, o contato dela tá aí porque a Barbara colocou, na semana passada antes do celular da sua irmã descarregar ela pediu pra salvar o contato da amiga dela porque ela ia precisar mandar mensagem pra se encontrarem, é só por isso que tá salvo aí

- Sei viu

- Se não acredita em mim pergunta pra sua irmã, isso me deixa bastante chateada Gizelly, já te dei motivos pra desconfiar de mim?

Levei as mãos aos cabelos

- Isso não anula o fato da mulher te querer Rafaella, eu não quero mais que você acompanhe a Barbara nessas reuniões com essas vadias

- E vamos viver de que? Sua mesada? Me poupe Gizelly, esse é meu trabalho, jamais deixaria todas as despesas da nossa família na mão dos seus pais

- Então é isso, prefere que continuemos brigando do que largar o serviço

- Eu prefiro que você para de ser boba, pare com esse ciúmes idiota, não tá na cara o quanto eu sou apaixonada por você? (Rafaella disse e sentou me puxando pela cintura)

Tentei recuar, o que foi em vão, pois ela arquiou seu corpo e acabou deitando sobre o meu, virei meu rosto quando ela veio tentar me beijar, sua boca foi direto ao meu pescoço, Rafaella sabia muito bem o que fazia, sua língua dançava com maestria perto da minha orelha, minha respiração ficou pesada, maldita que com apenas alguns toques deixa minha calcinha toda molhada

- Rafaella não estou com graça, para (Eu disse quase gemendo)

Senti ela abrir um sorriso com a boca encostada em minha pele, mordeu a ponta da minha orelha e levantou a cabeça me olhando

- Vou parar porque as crianças estão acordadas. Eu te amo sua boba, não pense hora nenhuma que eu te trocaria

Suspirei quando ela levantou e saiu do quarto.
Desci minha mão pela minha intimidade e pude sentir o melado, ela me deixou com muita vontade, mais tarde ela me paga.

Fiquei deitada olhando pro teto por um bom tempo, eu preciso dar um jeito nesse meu ciúmes, mais porra eu tenho tanto medo dela se interessar por essas vadias que caem em cima dela.

Escutei um choro e fui até a sala amamentar minha filha. Rafa estava com a pequena no colo sacudindo, porém a pequena não parava de chorar, peguei ela e começei a amamentar, ela se calou.

- Vou ao mercado comprar algumas coisas pra fazer janta, quer algo amor? (Rafaella me perguntou calçando o tênis no Gu)

- Trás frutas, um pacote de fralda, só tem mais uma, e trás um leite condensado também

- Tá (Rafaella disse e se aproximou beijando minha testa) Já voltamos

Ela pegou sua carteira e saiu dando a mão o Gu...

A filha do Presidente Onde histórias criam vida. Descubra agora