012 🐻

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_ Mamãe, será que vão gostar de mim? Se eu mostrar meus bichinhos de pelúcia eles vão querer ser meus amigos?  -
Selene me indaga mais uma vez curiosa, seu par de olhos ansiosos me faziam ficar igualmente á ela. Ela se preocupava tanto com o fato de ser tríbida e não conseguir amigos que me deixava apreensiva, as pessoas, principalmente crianças da idade dela tinham medo de chegarem perto dela.

Motivo? Medo do desconhecido.
Medo do que ela era, medo do que aquele mini eu poderia fazer. Ela era apenas uma criança... uma criança dócil que sua única técnica mágica que ela executou até hoje foi invocar ursinhos de pelúcia gigantes e curar ferimentos leves. Como ela poderia ser o monstro que todos falavam que ela era?!

_ Tudo bem Lunnar, pode mostrar seus ursinhos á eles. Mesmo assim, vão adorar você, você é muito preciosa. -
Aperto suas bochechas fofinhas e sorrio doce pra ela. Ela parece concordar e mexer suas orelhinhas pontudas mais uma vez.
A loira tinha a mesma mania de seu pai, os dois tinham praticamente as mesmas manias fofas. Ótimo, agora eu irei ter que aguentar um Gloxínia em dose dupla.

Já dentro da Stigma, chegamos no portal onde Nerobasta abriu para irmos até o reino dos céus.
(Chame como quiser, no anime não deram um nome pra onde as deusas vivem kk)
Nerobasta se curva e passa a mão carinhosa sobre os cabelos de Selene, poderia se considerar a única amiga de Selene.
Eu sentia o peso desses pensamentos, eu nunca imaginei que ela poderia sofrer tanto pelo preconceito dos outros.

_ Espero que se divirta lá pequena Selene, e não ligue pros comentários dos outros. Vai dar tudo certo! -

_ Simm! Me deseja boa sorte Nerobasta-sama! -
A rosada se curva pra mim quando nos vê entrando no portal. Um clarão se cessa quando chegamos ao nosso destino em um piscar de olhos.
Fazia mais de dezenas de séculos que eu não pisava nesse lugar, eu não tinha lembranças muito boas daqui...
Um amontoado de deuses já nos aguardava assim que caminhamos um pouco sobre o chão, não tardam em me saúdar com respeito. Séculos atrás nem mesmo me queriam nesse lugar e hoje me têem como exemplo de "deusa".

Com muitos pedidos de benção feitas por mim e quase não deixando eu ficar perto da minha filha, quase mando todos se f*derem por tanta falsidade. Minha filha parecia deslocada demais nesse local, na primeira vez que ela visitou o reino demoníaco adorou e se sentiu completamente diferente daqui.

_ Mamãe, eu quero ir pra casa. Quero ficar com o tio Meliodas e o tio Zeldris, não quero ficar mais aqui... -
Ela agarra meu braço quase chorando, eu tinha que concordar com ela, nem eu aguentava mais esse lugar. Trouxe ela apenas para ela conhecer de onde eu vim e ver se a loira gostaria daqui. Eu parecia estar errada...

_ Sim, vamos voltar pra casa logo querida. -
De repente eu ouço uma voz na minha cabeça, ela gritava desesperada algo que eu ainda não consegui entender por estar tão falhada.

_ FUJAM DAÍ AGORA! É UMA ARMADILHA, CORRA PARA O PORTAL AGORA! -
Era Nerobasta que gritava feito louca na minha cabeça, sou ágil em puxar Selene pros meus braços e abrir minhas asas para sair dalí quanto antes. Todos se assustam quando deixo a escuridão tomar conta dos meu braço esquerdo, se forma uma espécie de espada gigante e espinhosa do meu lado demoníaco.

_ Saiam da frente do portal, agora! Se tentarem algo contra minha filha todos desse clã imundo pereceram feito pó! -

_ Hakuryuu-chan, o meu cio não é comun, o que você provavelmente leu em um livro não é nada parecido com o meu. Uma deusa normal poderia fazer isso com qualquer um, menos eu. Um humano não aguentaria o cio de uma híbrida, entende? -
Eu sussurro baixo e calma, ele parecia mesmo decidido quando nega veemente com a cabeça.

O PECADO DA TRAIÇÃO | Nanatsu no Taizai ⛓Onde histórias criam vida. Descubra agora