| Você é a minha pessoa favorita|
-- Eu Sou SoL.
Corpo trêmulo e garganta dolorida, foi assim que acordei hoje, o coração batendo acelerado, pulmão quente, ouvia vozes ao meu redor, tentei levantar mas acabei caindo da cama, foi quando percebi que não estava em meu quarto, estava em um lugar frio que tinha um cheiro forte de álcool.
-- Opa, opa, De Angelis! Calminha ai--- dizia uma voz distante --
--- Sou eu Lucas! Lembra -se de mim ? --- seu médico-- completou.
Ele me tirou do chão e me colocou novamente na maca, não consegui entender como fui parar ali, sei que depois que fiquei paralítica os meus órgãos não fucionam mais com a mesma potência de antes, principalmente meu pulmão e rins.
-- oque-- eu- tenho de errado doutor ? --- perguntei lentamente.
Ele apenas olhou para mim e manteve os olhos em mim por alguns segundos, ajustou a medicação.
--- Seu tio te trouxe ontem para a emergência, você estava em um estado crítico, seu pulmão não é mais como antes SoL, você não pode ficar resfriada como as outras pessoas, entende isso? --- disse enquanto lia minha ficha médica.
--- Você chegou aqui com dpoc!
--sorte que seu tio foi rápido em prestar os primeiros socorros.
Mas agora você só tá de repouso e em três dias terá alta. -- afirmou saindo da sala.---A chuva ainda estava forte, conseguia sentir o cheiro de terra molhada mesmo com às janelas da sala fechada, não me lembro de muita coisa de ontem, não lembro de ter visto meus avôs chegarem, mas não me esqueci da maldade que sofri, e talvez eu nunca esqueça! E é bom que eu guarde isso comigo pois agora sei até onde a maldade dele pode chegar.
Ouvi umas vozes mas essas já não me eram estranhas, eu as conhecia muito bem.
--che fine ha fatto il suo irresponsabile?--- esbravejava meu avô, invadindo o quarto.
--- Eu não tenho culpa dela ter se trancado pra fora de casa-- tem que brigar com ela, pai!-- dizia meu tio encostado na porta com os braços cruzados.
---È vero figlia mia? perchè lo ha fatto? vuoi uccidere tuo nonno e il tuo nono cuore?--- perguntava meu avô enquanto deitava a cabeça em minha barriga.
--- oh desculpa vôvô! Fiquei preocupada com você e com a nona e acabei me distraindo na varanda esperando vocês, não vi quando a porta bateu.--- respondi enquanto o acariciava.
Olhei para o meu tio e ele estava fixado os olhos em mim, continuava com os braços cruzados, com pose de quem não fez nada e eu vou continuar com a falsa demência, vamos ver até onde o seu cinismo irá leva-lo.
Meu avô não ficou por muito tempo, ele me abraçou e chorou, eu entendi o seu choro, ele tem medo de me perder porque eu sou tudo que ele tem que o liga diretamente ao meu pai, eu também chorei não sabia que ele se importava tanto assim comigo, sei que eles me amam, ele disse que iria ficar com a minha nona, ela queria vir mas seu estado de saúde piorou com o susto da notícia da minha vinda ao hospital.
---- Você está melhor Sol ? --- me assustou bastante ontem com a sua crise de falta de ar! --- disse meu tio se aproximando de mim.-- pensei que iriamos te perder.--completou
Incrível não é? A forma como o ser humano pode dissimular.
--- Obrigado tio! Eu poderia ter morrido se o senhor não tivesse tido um estalo de compaixão ao me trazer ao hospital--- disse enquanto enrolava uma mexa do meu cabelo.
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Eu Sou SoL
RomanceSoL é uma garota de 17 anos que ficou paraplégica aos 16 anos e vive em seu quarto fugindo do mundo. Vive com o peso de nunca ter sido amada ou beijada mas a sua vida amorosa está perto de ter uma reviravolta.