Primeiro olhar cap 3

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"É preciso perder para aprender a valorizar o que se tem"
— Eu Sou SoL

Eu amo existir sempre amei mas ultimamente tenho sentido medo de acordar,você também se sentiu assim ?
Mais um noite sem conseguir dormir direito estou sentindo fortes dores poderia gritar o meu tio mas não quero incômoda-lo é só mais um dia de dor se tornou normal  para mim, olho para o lado e vejo os malditos remédios em um esforço meio bobo de pega-los acabo caindo da cama isso é tão humilhante me debato em uma tentativa inútil para me apoiar a beira da cama mas é em vão então cansada de tentar apenas puxo o edredom e fico ali imóvel tentando não chorar, eu realmente queria gritar o meu tio mas não quero chatia-lo não quero  ter que ouvir reclamações basta a humilhação de ter que precisar dele, tento afastar a vontade de chorar mais perco a batalha quando fixo meus olhos no teto do quarto e vejo o desenho da lua que meu pai fez,nossa isso me destruiu  a um ano atrás ele estava pintando-a e hoje só é uma mera lembrança que me mata, fecho meus olhos e consigo vê-lo usando seu suéter verde e a sua calça jeans surrada ele sorria como uma criança que acabara de ganhar um doce enquanto pintava lentamente a lua, me fixo nessa lembrança alegre e consigo finalmente dormir.

— Cara não acredito que ela não me chamou— ouço meu tio falar enquanto passava a mão pelo meu rosto.

Em seguida o sinto me pegar no colo tento despertar mas meus olhos estão pesados demais faço um esforço para falar mas meu tio apenas me cala

— Shh apenas durma— 

Quando por fim despertei dona "senhora zangada " estava em pé a me olhar enquanto degustava um café sem perder tempo pegou a cadeira apropriada para o banho e me colou nela, após o banho ela me ajudou a me vestir e depois se retirou levando consigo a singela xícara de cafe,  hoje tenho aula de inglês e matemática dona Forbes é a minha professora ela é uma ótima pessoa não é muito diferente da dona "senhora zangada "  para mim as duas são parentes de tão iguais que agem são duas grossas, ouço o ranger da porta não preciso nem olhar para saber que se trata do meu tio Tito.

— Porque não me chamou Sol?— perguntou com cara de ofendido cruzando os braços começando seu drama diário.

Excitei em responde-lo excitei em  encara-lo não fiquei surpresa quando ele puxou a cadeira com força me forçando a encara-lo pude ver a raiva em  seus olhos, imagina se eu o tivesse chamado ? Certamente me bateria para depois me colocar novamente na cama, olhar para ele doía não por ele estar sendo grosso comigo mas sim porque ele me lembrava meu pai não no jeito de agir e sim na aparência ele é tão parecido por fora e tão diferentes por dentro meu pai era um anjo sempre foi um, ja o meu tio Tito sempre foi um grosseiro, egoísta.
Fiquei quieta enquanto ele xingava sem parar até que cansou e se retirou em passos ligeiros com os punhos cerrados.

Quando cheguei na sala meus avós estavam sentados nas suas poltronas confortáveis meu avô lia seu jornal impresso e minha vó o encarava por cima dos óculos demoraram a notar a minha presença quando por fim ouvi o falso pigarro de dona Forbes que estava paralisada na porta esperando autorização para entrar.

Eu Sou SoLOnde histórias criam vida. Descubra agora