O paraíso é apenas uma opção
—Eu sou SoL
Lumar :
A noite estava fria mas não tão fria quanto eu, fechei meus olhos e dei um passo a diante, eu não estava querendo me matar eu só queria que a dor fosse embora mas uma estranha que mal sabia meu nome resolveu que valeria apena me salvar, eu deveria ter sentindo à sua presença mas estava ocupada demais tentando calar a minha própria dor.
—Você é louca?— Dizia ela enquanto me arrastava pela água tentando salvar à minha vida
A água estava horrivelmente fria e meus ossos doíam enquanto a estranha garota me arrastava para uma área longe das correntezas, eu senti quando seus braços cansaram de me arrastar mas mesmo assim ela não me soltou ,depois de mais alguns esforços, enfim, ela conseguiu me arrastar até à margem, fixei meus olhos no céu e ele estava lindo cheio de estrelas e a lua cheia clareava a noite, ele estava me esperando.
—Meu Deus! Você está bem ? — questiona ela enquanto retirava o seu moletom molhado
— Não, eu não estou bem!— continuei —qual é o teu problema? —à questionei
Ela apenas me olhou com indiferença, ela não entendia o motivo de eu não estar agradecida.
—Meu problema ?— continuou— Eu acabei de salvar à sua vida,então, de nada— Dizia pausadamente para que eu entendesse
Em seguida levantou-se da margem do rio e procurava desesperadamente por algo nas pedras.
—Acho que perdi minhas chaves—dizia enquanto andava ao redor das pequenas pedras.
Eu á olhava tentando entender o porquê ela resolveu me salvar, não existe nada de bom em mim para ser salvo, à minha salvadora era o oposto de mim dava para perceber pelo seu moletom velho com rasgos nas mangas, o seu cabelo era um castanho desgrenhado amarrado em um coque que agora já estava se desfazendo, ela não era tão bonita mas ela tinha vigor.
— Achei!—gritou animada
Andou novamente na minha direção
— Eu sei que não está bem! Mas será que pode se levantar para sairmos daqui? — continuou —aqui é meio assustador—afirmou
Com toda delicadeza ela colocou meu braço em seu ombro e sustentou meu peso e assim a passos lentos caminhávamos pela pequena trilha que nos levava a estrada, por várias vezes eu vi a sua feição mudar à cada barulho estranho que vinha da mata
— Eu quero te agradecer por ter me tirado da água— disse.
Ela me olhou de canto e apenas riu
— Então agradeça! —disse
Além de ter vigor ela também contém astúcia
—Ok! Mas antes eu preciso saber o nome da grande salvadora —
Ela se calou por um tempo como se estivesse tentando inventar um nome ou tentando lembrar do próprio nome, talvez eu estivesse forçando uma conversa, ela ter me salvado não significa que ela queira ser a minha amiga ou ter qualquer outro laço e talvez seja melhor assim, talvez seja bom eu não saber o nome dela e nem ela o meu.
Mesmo com passos lentos nós por fim conseguimos chegar à estrada e um pouco distante da Ponte estava um carro parado, foi por isso que eu não à vi se aproximar!
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Eu Sou SoL
RomanceSoL é uma garota de 17 anos que ficou paraplégica aos 16 anos e vive em seu quarto fugindo do mundo. Vive com o peso de nunca ter sido amada ou beijada mas a sua vida amorosa está perto de ter uma reviravolta.