ℬℯ𝓈𝓉 𝒲𝒶𝓎 𝒯ℴ ℒℴ𝓋ℯ

I Trust You

Queria informar desde já, que estamos no penúltimo capítulo dessa Fanfic.

Gostaria de dizer que está perfeito esse penúltimo e o final, mas não acho que esteja. Acredito que eu fugi do real motivo pelo qual comecei isso aqui e eu não estava sozinha, mas agora eu estou. E o peso é bem maior.

Então peço desculpas AGORA, se não estiver à altura de todos os outros capítulos. Minha escrita pode ser incrível, mas sozinha a gente não funciona bem.

Boa leitura!
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Camila Cabello's point of view

-Hey Nat?! Por que você está com uma arma? -Perguntei tentando manter a calma e ele a colocou em sua cintura.

-Camila, escuta uma coisa. -Ele pegou a carteira e eu percebi que a ligação com Rebecca havia caído.

Droga! Ela precisava escutar o que ele tinha à dizer.

-Um homem deve proteger aquilo que ele ama. Sou como um leão, se chegarem perto dos filhotes, ele luta com garras e dentes para protege-los. -Ele se aproximou de mim e eu dei um passo para trás.

-Você é o Leão? -É óbvio Camila! E você é a presa.

-E você, o Isy, a Sofia... São os meus filhotes e eu protejo vocês da melhor forma que eu consigo. -Olhei para sua cintura e ele tocou meu queixo. -Não se preocupe com isso, é falsa. Só preciso caso alguém se aproxime de nós. -Assenti para poupar tempo e forcei um sorriso.

Anatoly pegou a chave do carro e sorriu para mim, esticando minha câmera. À peguei e desejei que aquela noite, fosse mais uma noite comum. Eu estava morrendo de medo dele e sabia, sabia que ele estava sentindo aquilo também.

Entramos no carro e eu me sentia tremendo, estava um pouco desesperada, Nat era um mafioso russo para mim agora. Mas horas atrás, ele era o meu melhor amigo, o cara doce que fazia todos da cada rirem e um brincalhão carinhoso.

-Está tremendo. -Ele disse me olhando de soslaio. -Está com frio? -Suspirei cruzando os braços e assenti.

-Na verdade estou triste, não achei que Lauren faria isso comigo. -Ele levou os dedos até os lábios, cético.

-Eu te disse, falei para não se apegar à ela. Esse tipo de gente só quer passatempos. -O olhei e ele tinha ódio no olhar, uma das coisas que eu quase nunca via em seus chocolates profundos.

-Ela não é assim... -Ele riu virando a direção e o parque foi avistado por mim.

-Você não à conhece, não o suficiente para dizer como ela é. -Ele estacionou o carro e varreu os olhos pela área, parecendo procurar algo. -Vamos, a noite está chegando e podemos perder o pôr do sol. -Ele colocou os óculos escuros e então saímos do carro.

Todo momento, eu estava apreensiva ao lado dele. Nunca antes havia me sentido assim com nenhuma pessoa. Sempre fui uma mulher extremamente pragmática e seletiva com qualquer pessoa que entrasse em minha vida.

Anatoly se tornou alguém tão incrível em minha vida e se tornado um estranho em dois minutos. Aquilo doía profundamente em mim, mas eu não poderia seguir deixando-o livre de tudo que fez para a minha morena e sabe-se lá Deus, quantas outras pessoas mais.

Seguimos tirando fotos, ele indicava poses e até mesmo tirava fotos de todos os lugares para mim. Eu precisava fingir que estava me divertindo, mas sabia que Rebecca apareceria a qualquer momento de qualquer lugar.

Quando Anatoly se aproximou de mim com a câmera, escutei sons de pneus de um lado a outro e meus olhos assustados, encontraram os de Anatoly.

-Que porra é essa Camila? -Ele perguntou vendo que tinham carros de polícia de um lado a outro no parque.

-Nat... Eu sinto muito. -Falei baixinho sentindo as lágrimas começarem a rolar por meu rosto.

-Como você pôde? -Ele me olhou magoado e eu respirei fundo dando um passo para trás.

-Anatoly Babkin, você está cercado. Renda-se e não sairá ferido. -A voz de um homem soou no megafone.

-Você era a minha melhor amiga. -Ele disse baixo e eu engoli a seco. -Mas isso não vai ficar assim Camila. -Ele me agarrou rapidamente e eu senti o cano frio do seu revólver em minha cintura.

-Nat, por favor. Não dificulta as coisas. -Falei segurando seu braço que estava ao redor do meu pescoço.

-Eu sinto muito Camila, pensa na merda que você fez agora. Você me dedurou para a polícia por causa daquela agente idiota. -Ele gritou empurrando a arma em minha cintura.

-Você mentiu para mim todos esses anos, criou essa imagem de santinho, de anjinho para mim como se realmente fosse um, quando na verdade, você é um lobo com pele de ovelha. -Ele rosnou aproximando o rosto do meu.

-Eu quero que grave bem as palavras que vou dizer para você bem agora. -Olhei para Rebecca do outro lado do campo segurando uma arma. -Eu posso sair daqui, ou posso não sair. Vivo ou não, eu vou vir atrás de você, está escutando? Eu posso morrer aqui ou na cadeia, mas eu vou te arrastar para o inferno junto comigo. -Ele empurrou o cano em minha cintura, me machucando.

-Você está me machucando. -Choraminguei.

-Você me machucou quando me entregou para a polícia. -Ele respirou fundo e eu olhei para Rebecca como um pedido de socorro.

-Anatoly, solte Camila. Estamos dispostos à aliviar a sua barra um pouco, colabore com a gente. -Rebecca disse se aproximando.

-Eu vou atirar em você se der mais um passo. -Ele gritou e ela ergueu a mão e jogou a arma no chão, erguendo mais uma vez as mãos.

-Por favor, estou te pedindo por favor, solte Camila e vamos conversar. Ela não tem nada haver com essa história. -Ela disse séria e eu fechei os olhos ouvindo a risada dele.

-Primeiro eu quero todos os policiais sem armas. -Ele disse sorrindo. Esperto, bem esperto.

Rebecca rangeu os dentes e pediu para seus companheiros baixarem as armas. Feito isto, Nat riu baixinho em meu ouvido.

-Viu? Essa gente é babaca. -Olhei para Becca que fez um sinal em libras com as mãos.

"Confia em mim?"

Eu confio em você Becca.

Pisquei os olhos duas vezes em confirmação e ela umedeceu os lábios se aproximando mais e chutando para o lado a arma que antes estava em suas mãos.

-Anatoly, estou totalmente desarmada. Agora, deixa Camila vir até mim. -Ela disse esticando a mão esquerda.

-Não vai ser fácil assim, vocês realmente acham que eu, eu? Vou me entregar? Não, não mesmo! -Gritou.

-Eu tentei ser gentil com você Anatoly. -Ela disse e me olhou passando segurança. -Mas você não me dá outra escolha. -Ela colocou a mão para trás e o cano frio do revólver de Anatoly saiu da minha cintura e tudo se tornou cenas em câmera lenta.

O revólver de Anatoly foi apontado para Rebecca, essa que sacou uma arma das costas e apontou para nós. O som dos disparos fizeram um zumbido em meu ouvido e meus olhos se fecharam por fração de segundos, até sentir uma queimação seguida de dor intensa em meu ombro esquerdo.

Os olhos abriram e Rebecca se inclinou para frente com o braço rodeando sua cintura. Anatoly me soltou e meus olhos foram direto para meu ombro que sangrava e ardia.

Caí no chão me sentindo tonta e a fresta do sol que passava por entre as folhas verdes dos pinheiros, foram tudo que eu vi antes de desmaiar naquela grama recém cortada.