Anatoly Babkin

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Eu não estava pensando, depois de ouvir aquele nome tudo o que fiz foi em modo automático. Meu coração estava completamente acelerado e a adrenalina estava tomando conta do meu corpo. Nala tinha me trazido até em casa e aparentemente Eliza já tinha ido para o apartamento dela, o que infelizmente me deixava sozinha com ele perto demais.

-Capitão T?. -Perguntei assim que voz do meu general soou pelo meu celular.

-Filha?. -Ele respondeu preocupado, e só então eu me liguei no fuso. Merda, eu deveria ter avisado antes.

-Liguei muito tarde?Desculpe, eu me esqueci de olhar a hora. -Disse um pouco constrangida com tudo aquilo, eu geralmente não era desesperada daquele jeito.

-De jeito nenhum, eu estava indo almoçar. E eu já disse que você pode me ligar quantas vezes você quiser, a hora que quiser. -Afirmei com a cabeça respirando fundo.

-Eu preciso do arquivo, das minhas anotações, dos relatórios e dos documentos da minha última missão. -Molhei os lábios me jogando na cama, eu precisava ter certeza de que estava segura.

-A maioria dessas coisas já está com você. -Ele suspirou e eu quase conseguia ver ele massageando a têmpora completamente preocupado. -Mas para que mexer com isso?Esse homem já não destruiu a sua vida o suficiente?.

-Sim. E eu preciso ter certeza de que ele não vai a destruir ainda mais, obrigada pela ajuda. -Desliguei o celular e respirei fundo.

Agora eu só precisava dar um jeito de achar os documentos e garantir que o Anatoly não iria me machucar outra vez. 

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-Lauren?. -Senti o cheiro extremamente forte de amêndoas se aproximar ainda mais de mim.

-O que tá fazendo aqui Eliza?. -Perguntei com um misto de raiva e de preocupação. -Como conseguiu entrar?.

-Faísca, você me deu a chave. -Ela se aproximou ainda mais e segurou minha mão, me impedindo de continuar revirando as caixas que estavam espalhadas pelo cômodo vazio.

-Isso não responde a primeira pergunta. -Dei de ombros um pouco mais calma, pelo menos eu não tinha sido burra de deixar a porta destrancada.

-O general Hamilton me ligou, ele estava preocupado e queria saber se tinha acontecido algo. -Eliza se explicou enquanto começava um carinho na minha bochecha. -Eu disse para ele que estava tudo bem, mas decidi vi conferir...E ainda bem que fiz isso. O que está procurando?.

-Uns arquivos que eu ia te pedir pra ler amanhã. -Cocei minha cabeça completamente sem jeito, minha intensão não era preocupar ninguém.

-Eu posso te ajudar com isso...E com o jantar. -Ela soltou uma risadinha e se aproximou o suficiente para que nossas respirações se misturassem. -Se você não se importar de eu passar a noite por aqui.

-Claro que você pode ficar. -Assim que terminei de falar, senti algo molhado ir de encontro aos meus lábios. -É...Melhor começar...Pelo...Jantar?.

-Meu Deus, você é tão fofinha. -Ela riu baixinho me puxando e eu senti meu rosto ficar mais quente do que já estava. 

-Vai se foder Eliza, até parece que nunca viu ninguém com vergonha. -Disse completamente frustrada, ela não tinha o direito de me deixar corada.

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-Para de ser chata garota. -Murmurei tateando a mesa atrás do guardanapo que ela tinha escondido de mim.

Estávamos sentadas em volta da mesa completamente perdidas no fato de eu me sujar sempre que tentava comer sozinha. Até ela ter a brilhante ideia de roubar o papelzinho que eu estava usando para me limpar e não parecer uma ogra. Tentei apressar um pouco mais a minha busca, pois a risadinha dela já estava me irritando.

ℬℯ𝓈𝓉 𝒲𝒶𝓎 𝒯ℴ ℒℴ𝓋ℯOnde histórias criam vida. Descubra agora