No dia seguinte no fim da tarde ela estava de volta no Rio. Ela me mandou uma mensagem e me pediu para encontra-la no clube house do condomínio. Lá estava quase vazio. Ela estava sentada num balanço e eu me sentei no outro.
Eu: Oi.
Ayla: Oi.
Eu: Como foi de feriado?
Ayla: Nada demais. E você?
Eu: Tranquilo. – ficamos em silêncio.
Ayla: Eu também amo você... – parei de balançar – Eu fiquei nas últimas 3 semanas tentando me convencer de que você é só minha amiga, mas não é bem assim. Quando você me beijou, foi surreal pra mim. Você não é a primeira garota que eu beijo. Eu só nunca contei pra ninguém. Mas você era a minha melhor amiga ali, na sua própria festa, me beijando. Eu não sabia até que ponto aquilo era euforia por causa da festa que estava incrível, ou era por que você realmente sentia tudo aquilo. – ela suspirou e me olhou – Se isso não der certo, eu não quero perder minha melhor amiga. – deixou cair uma lágrima.
Eu: Eu gosto de você Ayla e é cada dia mais real o que eu sinto. E eu também não estou disposta a perder a minha melhor amiga. A gente se dá bem, a gente se respeita muito, e isso vai ser mantido. Não podemos esconder isso dos nosso pais. Se quisermos levar isso adiante, não podemos esconder a verdade deles.
Ayla: Eu sei. E eu não quero esconder. Eu estou com medo de como vão reagir, eu não quero chocá-los, mas são meus pais e é o que eu sinto. Eu não posso deixar de ser quem eu sou por causa do que meus pais podem ou não achar sobre isso, sobre mim. – ela saiu do balanço me deu a mão me fazendo ficar de pé de frente pra ela. – Me beija... – eu segurei seu rosto e a beijei com cuidado, nossas lágrimas caíram juntas. Foi um beijo calmo e cheio de carinho. Quando abri os olhos, ela olhava pra mim. – Eu estava morrendo de saudade.
Eu: Eu também, estava com muita saudade. – passei meu nariz no dela e a abracei em seguida. Não sei quanto tempo ficamos naquele abraço. Fomos embora conversando, morávamos na mesma rua, só que eu morava mais no alto umas 6 casas acima da casa dela. – A gente se fala. – pisquei pra ela.
Ayla: A gente se fala. – sorriu e entrou. Eu acabei de subir e entrar em casa.
Mãe: E esse sorriso hein?
Eu: Ai que susto mãe.
Mãe: Está assustando porque? Fez coisa errada?
Eu: Não. Claro que não. Cadê a mamãe?
Mãe: Amamentando a Agnes.
Eu: Ah tá... Eu vou subir... – subi me olhei no espelho do meu closet, eu falei comigo mesma – Vamos lá Luna, não pode fugir, são suas mães e elas amam você. – passei uma água o rosto e fui até o quarto delas. Minha mãe saia do quarto da Agnes. – A gente pode conversar mamãe?
Mamãe: Claro filha, o que foi? – fomos andando para o quarto dela onde a mama passava um creme nas mãos.
Eu: Acho que vocês notaram que eu não estava muito legal a alguns dias.
Mãe: A algumas semanas né filha. Notamos sim.
Eu: Eu... Eu estou gostando de uma pessoa e eu não sabia como lidar com isso porque eu não sabia como essa pessoa estava se sentindo com isso e como vocês duas lidariam com isso também.
Mamãe: E de quem você está gostando?
Eu: Não gritem... – as encarei com um pouco de receio. – É de uma menina – meus olhos encheram de lágrimas.
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SPIN OFF: SENHORITA KATE - ANOS MAIS TARDE - FAMÍLIA SMITH PUGLIESE
FanfictionUm grande amor nasceu de uma noite em uma aventura e uma grande família foi formada. Que tal ver a vida dessa família pela perspectiva dos filhos desse lindo casal, depois de 15 anos tendo se passado??? Fiquem com essa pequena história, sob o olhar...