SPIN OFF: SENHORITA KATE - ANOS MAIS TARDE - FAMÍLIA SMITH PUGLIESE

Capítulo 8

Fui buscar minha sogra e a dona Sandra no aeroporto, meu cunhado com a família já tinha chegado na noite anterior, minha sogra e a mãe dela iam ficar lá em casa. Minha mãe e o marido estavam na casa do meu irmão e minha irmã com o marido e os filhos também. Dona Sandra já tem seus quase 90 anos e super conservada e forte.

Patrícia: Oi – me abraçou.

Eu: Oi – a abracei forte. – Fez boa viagem?

Patrícia: Sim, ótima.

Sandra: Tinha um comissário lindo.

Patrícia: Mãe... Pelo amor de Deus... – rolou os olhos e eu dei risada abraçando a dona Sandra. Logo fomos para o carro. – Como estão as coisas? Conversei com a Serena ontem e ela contou que a Priscilla surtou.

Sandra: Por que ela tá transando com o namorado. Deixa a menina transar gente, ela é nova, ela sabe o que está fazendo.

Patrícia: Mãe... Acho que o espirito da Dona Carolina baixou na senhora.

Sandra: Mas eu estou errada? Ela é nova, é bonita, é inteligente, tira boas notas, o namorado é lindo, respeitoso, e até demoraram. Queria que fosse escondido? Já deu confusão por ela não ter contado antes e a Priscilla ter visto, poderia ter sido muito pior e ela não ter contado nada e ficar escondendo isso por muito e muito tempo até dar algo errado.

Eu: Verdade... Eu não tinha pensado por esse lado – fui contando a elas tudo que rolou. Logo chegamos em casa.

Agnes: Vovó... – correu para a Patrícia.

Patrícia: Ai meu Deus, a princesa da vovó que saudade meu Deus. – a pegou e a encheu de beijo. A Agnes tinha adoração pela Patrícia. Ela era peculiar, ela amava brilho, coisas coloridas e de onças igual a avó dela, então acho que ela se identificava demais com a avó e a Patrícia proporcionava tudo que ela queria desse lado peruazinha da minha pequena. Agnes veio bem tarde. Depois dos nossos abortos a Pri teve um sonho de que ela precisava tentar mais uma vez e se não conseguíssemos íamos adotar uma criança ou teríamos uma barriga de aluguel e se tivéssemos uma barriga de aluguel e fosse uma menina, se chamaria Agnes e a Pri fertilizou dois embriões e a Agnes veio. Ela nasceu um pouco prematura, mas estava bem. Priscilla tinha 44 anos e foi a realização dela gerar uma criança e com isso veio a superproteção, a dificuldade do desapego. Ela não deixa a Agnes sair do peito e pra ela está tudo bem mamar na mãe dela, ela gosta muito disso e mama três a quatro vezes por dia o que é muito para uma criança de três anos. A escolinha foi um pouco difícil a adaptação dela, a colocamos com dois anos e ela chorou por um mês. Passamos um mês na adaptação e quando a Priscilla a leva ela sempre quer mamar um pouquinho para ai sim ficar na escola. A Pri acha que eu não sei, mas a professora sempre me faz o alerta quando eu a levo. Eu prefiro não discutir, eu entendo a Priscilla, porque eu tive a mesma dificuldade com os gêmeos. A Pri tinha saído para resolver umas coisas e buscar um dos vestidos da Luna e logo chegou em casa. A gente ia para o salão as 20 horas, a festa era as 22 horas. A noite tomamos banho nos arrumamos e fomos para o salão nos arrumar. A Agnes ficou uma bonequinha e ela estava amando o vestido. Logo terminaram minha maquiagem e meu cabelo eu me vesti e a Priscilla veio.

Pri: Que mulher mais linda.

Eu: Você tá uma gata sabia?

Pri: Cheirosa – deu um beijo no meu pescoço.

Eu: Sabe que eu quero você depois dessa festa né? – sussurrei.

Pri: Eu também te quero e muito. E temos que comemorar né, nossos filhos fazendo 15 anos – eu virei de frente pra ela passando os braços no pescoço dela.

Eu: Sim... E pra recuperar que horas de festas vão passar e estaremos quase um milhão mais pobres – demos risadas.

Pri: Ai amor... – me deu um selinho. – Te amo. Obrigada por me dar filhos lindos.

Eu: Eu também te amo, muito eu que te agradeço por me dar filhos tão lindos...

Agnes: Mamãe?

Pri: Oi filha?

Agnes: Me dá um golinho de tetê?

Eu: Pri... – falei o nome dela num tom de "não faça isso".

Pri: Olha essa carinha... Eu não resisto.

Eu: Fala que não – falei entredentes.

Pri: Dói falar que não.

Eu: Eu sei... Mas amor...

Agnes: É só um golinho mamãe...

Pri: A mamãe dá filha vem – a Pri a pegou se sentou e eu a ajudei com o vestido.

Eu: Eu vou ver a Luna e a Serena. E vê se dá os dois pra não ficar com um maior que o outro dentro do vestido.

Pri: Tá bom... – eu fui ver a Serena que estava se vestindo e fui ver a Luna.

Eu: Meu Deus, você está linda – meus olhos encheram de lágrima. – Eu tenho uma filha de 15 anos – ri e chorei.

Luna: Tem... Ai mãe eu estou tão feliz – me abraçou.

Eu: Eu estou mega feliz em te ver feliz filha. Eu te amo, e você está linda.

Luna: A senhora também tá linda.

Eu: Obrigada.

Luna: Cadê a mama? A Agnes tá uma gracinha né? Ela estava aqui agora pouco, eu coloquei fralda nela, porque ela queria fazer xixi então eu coloquei depois de leva-la ao banheiro.

Eu: Agnes está mamando na sua mãe né – suspirei.

Luna: Ela não vai largar nunca né?

Eu: Se depender da sua mãe, não vai mesmo.

Luna: O Noah está pronto?

Eu: Ainda não fui vê-lo.

Noah: Mãe, eu não consigo dar nó nisso aqui.

Eu: Deixa que eu te ajudo. Nossa, você está muito gato filho.

Noah: Viu meu cabelo? Eu estou lindo né, mas olha a dona da arte. – me fez dar uma volta.

Eu: Você é a minha cara né filho. – ajeitei a gravata dele. Logo a Pri veio a limusine chegou para levar os dois e eu fui com eles e a Pri foi no nosso carro. Logo fizemos nossa entrada com os dois, a festa estava linda, todos os amigos deles estavam lá. Era muito louco, porque pela primeira vez caiu minha ficha de que eu tinha uma filha de 19 anos, um casal de 15 anos e uma filha de 3 anos. Era tudo muito louco. Quem diria que aquela Natalie que chegou tão machucada no Rio hoje teria uma família tão linda, filhos tão lindos e uma esposa maravilhosa. Os amigos dos nossos filhos fizeram homenagens de todos os jeitos, muito emocionantes, muito engraçadas, foi tudo muito divertido. Nós fizemos nossa homenagem também dançamos a valsa com eles depois que se trocaram, fizemos inúmeras fotos e liberamos a pista e depois fomos finalmente comer. Eu estava faminta. Sentamos num espaço mais silencioso onde estavam os mais velhos, um lugar tranquilo para todos comerem. A Agnes já dormia no colo da dona Sandra.