Stripper (Malec)

Jantar de Recomeço

 Depois de um tempo paralisado pelo choque, Alec segurou o braço da irmã e começou a guiá-la para fora do quarto.

— Ei! – protestou Izzy. – O que você pensa que está fazendo?

— Preciso ter uma conversinha a sós com esse cara. – respondeu ele, já soltando a moça no corredor e fechando a porta do quarto.

— E não fique escutando atrás da porta! – completou.

Foi até a cama e puxou o pé de Magnus com força.

— Acorda! Anda, acorda e levanta daí, já!

O rapaz ergueu a cabeça do travesseiro, com o rosto sonolento, uma expressão confusa e apenas um dos olhos abertos. Resmungou algo incompreensível e voltou a pousar a cabeça sobre a fronha amarrotada.

Alec bufou, a irritação crescendo cada vez mais dentro do peito. Apanhou uma das almofadas caídas no chão e avançou em cima dele, batendo repetidamente com o objeto em seu peito.

— Eu mandei você levantar! AGORA!

Magnus sentou na cama, erguendo os braços para se proteger.

— O que é isso? Por que estou sendo atacado à essa hora da matina? – queixou-se.

— Você mentiu para mim! Como pôde fazer uma coisa dessas?

O outro franziu o rosto, parecendo confuso e pensativo. Depois de um tempo, falou:

— Minhas memórias da noite passada estão um pouco embaçadas. Então ajude-me a esclarecer: exatamente a respeito de quê eu menti? Talvez disse que ninguém jamais me fez gozar assim antes? Ou quem sabe que o seu pau era o maior que eu já tinha visto?

Alec bufou de novo, ainda mais furioso. Bateu com a almofada na cabeça dele e disse, aos berros:

— Você falou que era o stripper da festa da minha irmã, mas na verdade mora no apartamento em frente ao nosso! Mentiroso!

Magnus levantou da cama em um pulo, agora parecendo tão irritado quanto ele.

— Espera aí! Eu não disse que era o stripper em momento nenhum! Se você pensou isso, chegou à conclusão por conta própria. Então, não venha me acusar e chamar de mentiroso!

— Você não contestou, me deixou acreditar nisso! Tentou me enganar, sim!

— Ei, por acaso o senhor me perguntou quem eu era? Não, claro que não! Estava muito ocupado para isso, me carregando até o seu quarto!

Alec abriu a boca, em choque.

— Como é que é? E quem foi que ficou rebolando em cima do meu colo, hein? Você me seduziu e se aproveitou de mim!

Magnus gargalhou alto.

— Eu que me aproveitei de você? Tem certeza disso? Foi só ver meu bumbum que ficou duro como uma pedra! Se alguém foi usado aqui, esse alguém fui eu! Estava bêbado, caído no meio da sua cozinha. Quando dei por mim, já estava sendo atirado em cima da sua cama.

Alec respirou fundo, prestes a responder cheio de ira, mas bem nesse momento a porta se abriu com um supetão:

— CHEGA! – gritou Izzy, irritadíssima. – Parem de discutir, já!

— Isabelle, eu falei para você não ficar escutando atrás da porta! – reclamou Alec.

— E eu não estava. Mas vocês estão gritando tão alto que dá para escutar tudo do meu quarto. Aliás, o prédio inteiro deve estar ouvindo os dois discutirem! – ela olhou para o irmão. – Alec, você estava a seis meses sem transar, por isso não conseguiu resistir a uma boa trepada com o nosso novo vizinho gostosão.