A Pracinha Vai Ter Que Servir

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 Simon se jogou sobre o sofá, completamente tonto.

— Simon? Querido? Diga alguma coisa! – pediu Izzy, sacudindo as mãos na frente do rosto dele.

Ele queria falar, mas de repente seu cérebro parecia ter perdido a capacidade de formar palavras. Dentro da sua cabeça um turbilhão de pensamentos girava sem parar, tornando impossível raciocinar corretamente sobre qualquer coisa que fosse.

— Amor? – chamou a esposa mais uma vez, se agachando na frente do sofá e pegando sua mão. – Meu Deus, você parece um vampiro de tão gelado e pálido. Fale alguma coisa, Simon. Estou ficando assustada!

Ouvir Isabelle dizendo que estava com medo fez Simon finalmente despertar de seu devaneio. Ele esfregou o rosto com ambas as mãos, até que a pele ficasse avermelhada.

— Não precisa se preocupar, Izzy. Eu estou bem. – garantiu.

Ela soltou um suspiro aliviado.

— Que bom. Pensei que fosse desmaiar. Quem deveria estar passando mal sou eu!

Ele não disse nada. Apenas permaneceu sentado, com os cotovelos sobre as coxas e o queixo apoiado nas mãos.

Izzy pigarreou e se levantou, ficando de pé bem à sua frente.

— Você ouviu o que eu disse, Simon? – perguntou, com a voz cheia de ansiedade. – Eu estou grávida.

— Ouvi, sim. – ele respondeu.

A esposa revirou os olhos, bufando.

— Bem, então diga alguma coisa a respeito! Você ficou chateado com a notícia?

Simon se ajeitou sobre o sofá, com a coluna reta e os olhos fixos no rosto dela.

— Nós vamos ter um bebê?

Isabelle bufou mais uma vez.

— É claro, Simon. É isso que acontece quando uma mulher fica grávida, um bebê nasce.

— Então... – continuou ele, se levantando. – Eu vou ser pai? De um bebezinho lindo como você? E talvez, quando nosso filho ou filha crescer, seja um nerd desengonçado como eu?

Izzy abriu um sorriso emocionado, os olhos brilhando com as lágrimas.

— O bebê pode ser lindo como o pai, amor. – disse, dando um passo a frente e segurando seu rosto entre as palmas. – Você também é muito bonito.

Ele balançou a cabeça de leve, pousando as mãos sobre as dela.

— Prefiro que puxe a sua beleza. A de dentro e a de fora. – respondeu.

— Então tudo bem para você? – questionou a esposa. – Que a gente tenha um filho agora, quero dizer. Sei que casamos há pouco tempo e não tínhamos planejado nada...

Simon ergueu a mão, a interrompendo.

— É claro que está tudo bem, Isabelle. Desde a primeira vez que eu te vi, soube que seria a mãe dos meus filhos. Não importa que seja um pouco cedo, o que importa é que meu sonho vai se realizar.

Uma lágrima escorreu pela bochecha dela.

— O nosso sonho, Simon. O nosso sonho vai se realizar.

Ele se inclinou, lhe beijando de maneira suave. Depois de alguns segundos, ela interrompeu o beijo, com uma expressão estranha.

— Por acaso você andou bebeu café? – perguntou.

Stripper (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora