Instinto Protetor

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Os dois tinham acordado há poucos minutos e estavam deitados na cama, Magnus com a cabeça sobre o seu peito.

— Você parece tão pensativo. – comentou o outro. – Está preocupado com alguma coisa?

Ele suspirou, antes de confessar:

— Não consigo me conformar com o fato de que aquele golpista não vai devolver todo o dinheiro que conseguiu roubar, tanto de você quanto do pobre homem com quem se casou.

— Scott pode ser um canalha, mas foi esperto ao planejar seus golpes. – admitiu Magnus. – Como o advogado com quem você conversou bem disse, não tenho como provar que foi ele quem retirou o dinheiro da minha conta. E Benedict deixou sua fortuna como herança para o marido, de forma legal e legítima. Não existe maneira de contestá-la.

— Eu sei. – respondeu Alec, franzindo o rosto em desgosto. – Mas ainda assim é algo difícil de se aceitar. Depois de todo mal que aquele patife te fez, é injusto que você sequer recupere seu dinheiro.

Magnus se afastou, apoiando o cotovelo sobre o colchão e sustentando a cabeça na mão, para então o encarar.

— Nesses últimos dias pensei muito em toda essa história do golpe que sofri. – contou. – E cheguei à conclusão de que Scott é digno de pena, um homem que só valoriza o dinheiro e não vê nada mais de bom que a vida ofereça. Eu estava disposto a dividir tudo com ele, lhe entreguei meu coração, e no entanto ele simplesmente se aproveitou dos meus sentimentos. Nunca fui ambicioso, nunca dei tanta importância aos bem materiais, e a herança que recebi só era importante para mim porque com ela iria realizar meu sonho: ter uma casa, alguém sempre ao meu lado e uma família só minha. – o namorado segurou sua mão antes de continuar. – Mas agora eu tenho você, então o dinheiro não me faz falta. Sei que nós podemos construir um futuro juntos, nós dois.

Alec sorriu e se inclinou, beijando os lábios dele com delicadeza. Depois acariciou a bochecha do outro.

— É tão bom te ver falando assim. – disse. – Acho que finalmente está fechando esse ciclo, superando toda essa história do seu passado. E sim, nós podemos e vamos construir um futuro juntos, lado a lado.

Os dois se beijaram mais uma vez, depois Magnus sorriu de maneira maliciosa para ele. Deslizou o dedo indicador sobre o seu peito e começou á falar:

— Sabe, eu não consigo parar de imaginar o quanto você deve ter ficado sexy fingindo ser um jornalista. Por acaso pediu um par de óculos emprestado para o Simon?

Alec soltou uma gargalhada, então respondeu:

— Não. Só peguei uma pasta de couro preta, para dar um tom mais profissional e convincente ao meu disfarce.

Uau. – falou Magnus. – Te imaginar todo arrumado e sério, segurando essa pasta, está começando a me deixar animado...

— Estou vendo sua animação. – retrucou ele, apertando com firmeza o volume no meio das pernas do namorado. Depois levantou da cama. – Mas, embora eu fosse adorar dar um jeito nisso, temos que começar a nos arrumar agora mesmo. O trânsito no sábado de manhã é sempre complicado, e eu não quero chegar atrasado para o almoço na casa dos meus pais.

O outro fez um biquinho aborrecido, mas logo se levantou também.

— Estou um pouco nervoso com esse almoço. – confessou.

Alec se aproximou, segurando a mão dele e beijando a pele sobre o dorso.

— Não precisa ficar apreensivo. – garantiu. – Meus pais são muito legais e tranquilos. Tenho certeza que vão te adorar e todos vão se dar super bem. Além do mais, você já conheceu meu pai e minha mãe no dia do casamento da Izzy e do Simon, que também vão estar presentes nesse almoço.

Stripper (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora