Stripper (Malec)

Presente Especial

O feriado seguiu maravilhosamente bem. Os dois assistiram filmes, séries, ouviram música, leram, conversaram muito e, é claro, aproveitaram bastante a cama e o colchão de boa qualidade.

No domingo, durante o café da manhã, Magnus sugeriu que fizessem uma faxina no apartamento, deixando tudo limpo e arrumado para quando os donos da casa chegassem, e Alec prontamente concordou. Então se puseram a arejar os cômodos, varrer e passar pano no chão, trocar roupas de cama e de banho, limpar o banheiro e etc.

Tinham acabado de fazer uma pausa para o almoço e agora ele estava lavando a louça da refeição, quando teve uma ideia: deixar o jantar preparado para Simon e Isabelle. Afinal, os dois tiveram a gentileza de deixá-los ficar no apartamento do casal, totalmente liberados para usufruir do que quisessem, e mereciam um agradecimento.

— O que você acha de preparar alguma comida bem gostosa para quando sua irmã e o marido chegarem? – perguntou Magnus, ainda enxaguando os pratos, copos e talheres.

— Acho uma ótima ideia. – Alexander gritou de volta da área de serviço, onde estava tirando as toalhas e lençóis que haviam usado de dentro da máquina de secar.

— Mas eu não sei do que eles gostam... Qual o prato favorito da Isabelle, amor?

Poucos segundos depois ele sentiu braços firmes envolvendo seu corpo pelas costas e lábios quentes beijando sua bochecha.

— Ei, o que foi isso? – questionou, admirado. – Não que eu esteja reclamando, mas...

— Você me chamou de amor. – disse o outro, com um sorriso radiante. – Nunca tinha feito isso antes.

É verdade, a palavra saiu de sua boca sem que percebesse. Foi simplesmente... natural.

— Diga de novo. – pediu Alec. – Quero te ouvir me chamando assim mais uma vez.

— Meu amor. Você é o meu amor. – repetiu, se inclinando para a frente e colando seus lábios nos dele.

E tudo virou calor, como acontecia todas às vezes em que eles se beijavam. A louça e as roupas no interior da secadora ficaram esquecidas por um instante, enquanto os dois se entrelaçavam, puxando os corpos até que estivessem o mais próximos o possível e se entregando ao gosto da boca um do outro.

Magnus interrompeu o beijo, ainda que um tanto a contragosto.

— Por mais que eu ame te beijar, ainda preciso saber o que sua irmã gosta de comer.

Alexander pensou por alguns instantes antes de responder:

— Izzy gosta muito de carne vermelha. Um bom e suculento bife ao ponto a deixa mais feliz do que qualquer prato sofisticado.

— Então está decidido: vou fazer um belo bife com fritas para Simon e Isabelle! – declarou ele.

Os dois seguiram com a limpeza e organização pelo resto do dia. Os donos da casa deveriam chegar às oito da noite e ao fim da tarde eles guardaram suas coisas dentro das bolsas novamente e tomaram banho. Magnus tratou de preparar o jantar assim que o outro recebeu uma mensagem da irmã, avisando que estavam quase chegando. Depois os dois se acomodaram no sofá para esperá-los.

Alec deitou com a cabeça no seu colo, enquanto Magnus passava os dedos distraidamente por entre os fios escuros do cabelo dele. Não tinha planejado dizer nada a respeito, mas quando percebeu as palavras já tinham se formado no fundo de sua garganta e escapavam de sua boca:

— Eu contei sobre você à Catarina.

Alec virou o rosto e o encarou, parecendo um tanto surpreso. Deu para perceber que o namorado achava que Magnus já havia falado dele para a melhor amiga, mas que não quis comentar o fato. Mais uma vez, ele ficou tocado com a consideração e o respeito que Alexander sempre dedicava aos seus sentimentos e inseguranças.