Me Deixe Cuidar de Você Dessa Vez

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 Alec se sentou devagar sobre o colchão enquanto o outro acendia a lâmpada do abajur em cima do criado mudo.

Estava bastante indisposto e com muito frio. Magnus pousou a mão em sua testa e ele se retraiu com o choque de temperatura.

— Sua mão está gelada. – reclamou, puxando a coberta até o queixo.

— Não, é a sua pele que está quente demais. – disse o outro. – Espere um minuto, vou até o banheiro buscar o termômetro.

Alec assentiu, estremecendo e se encolhendo contra a cabeceira da cama. Não demorou muito para que o namorado retornasse com uma maleta de primeiros socorros.

Magnus pegou o termômetro lá de dentro e posicionou embaixo do seu braço. Depois acariciou sua bochecha com delicadeza.

— Será que você pegou alguma coisa? Está sentindo algum tipo de mal estar? – perguntou, parecendo preocupado.

Ele suspirou. Depois respondeu, com a voz um pouco rouca:

— Estou com muita de dor de garganta. Quando era criança eu costumava ficar doente em viagens. Não sei exatamente porque, parece ser uma reação estranha do meu organismo.

— Mas foi tudo tão repentino. Você passou o dia todo bem.

Alec franziu os lábios, envergonhado.

— Na verdade eu já estava me sentindo meio mal antes de sairmos de casa. – confessou.

Magnus soltou um muxoxo aborrecido, segurando sua mão.

— Alexander, por que não me contou? Não devíamos ter vindo para cá então, já que você estava ficando doente.

— Eu não queria estragar nossa viagem. – explicou. – Já tínhamos pedido dispensa do trabalho e seria difícil conseguir outra tão cedo. Além do mais, sua mãe e Catarina estavam nos esperando.

Antes que o outro pudesse dizer alguma coisa o termômetro apitou. Magnus o pegou e conferiu sua temperatura.

— Trinta e oito e meio. – avisou, com a voz cada vez mais preocupada. – Você está com febre alta, Alec. Acho melhor irmos ao hospital.

Ele balançou a cabeça em negativa.

— Não é necessário. Eu tenho esse tipo de dor de garganta todo inverno, sempre acompanhada de febre. Só preciso tomar um anti-inflamatório e esse mal estar vai passar bem rápido.

— Bem, então eu vou comprar um para você. Tem uma farmácia vinte e quatro horas aqui perto. – respondeu o namorado, já começando a se levantar.

Alec segurou o braço dele para impedi-lo.

— Não precisa, amor. Não estou tão mal assim, pode ficar tranquilo. Dá para esperar até que o dia amanheça.

Magnus suspirou.

— Tudo bem. Amanhã bem cedo eu vou comprar o seu remédio, mas você vai tomar um antitérmico agora, certo? Não pode ficar com a temperatura alterada desse jeito a noite toda, isso não faz bem.

Alec assentiu e o outro começou a procurar o medicamento dentro da maleta. Quando encontrou, foi até a cozinha e voltou com um copo de água para que pudesse tomar o comprimido.

Depois de medicado, ele voltou a se deitar sobre o colchão, com o cobertor bem enrolado ao redor do corpo. O namorado também se deitou, abraçando suas costas, e Alec tentou recuar.

— E se eu tiver algo contagioso? Não é bom ficar tão perto de mim. – argumentou.

Magnus soltou uma risada alta.

Stripper (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora