Hibrido

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Convidei todos pra se sentarem na sala, Nat parecia muito ansioso pra pegar a criança, mais seu tio se pois em sua frente, então o puxei pra se sentar em meu colo como sempre, enquanto os outros se acomodaram no sofá.

- Nathaniel, você cresceu, tenho que confessar que herdou a beleza da sua avó - comentou seu tio com desdém, e um sorriso sarcástico no rosto.

- bom, os papéis estão prontos, já sabe os termos ? - questionei.

- não ao certo, apenas que iram criar essa coisa - disse ele apontando a criança que dormia no colo da velha senhora, me fazendo ferver de raiva ao ouvi-lo chamar de "coisa".

- bom, eu explico - disse Malaquias entregando uma cópia do documento - o senhor vai abrir mão de qualquer direito sobre a criança, assim como vai concordar em se manter distante e não ter nenhum tipo de contato com ele, assim como seu sobrenome será retirado do registro dele e o mesmo vai receber os sobrenomes dos novos pais - explicou - devo apontar que a quebra de qualquer uma dessas cláusulas vai contra a lei, o que o levará direto pra cadeia - conluio.

- ele vai ter meu nome? - sussurrou Nat em meu ouvido.

- vai sim minha vida, ele será legalmente nosso filhote, e terá nossos nomes em seu registro - responde vendo os olhos do meu ômega brilharem.

- quer dizer que não vou poder ver meu filho? - perguntou o tio de Nathaniel.

- o senhor não quis cria-lo tio, porquê ia querer ve-lo ? - questionou Miguel.

- ele ainda e meu filho, ainda tenho direito sobre ele - respondeu o homem.

- não está sendo forçado a nada, você escolhe, mais só ficaremos com ele se assinar o documento - disse de forma firme, não ia abrir mão da segurança judicial e arriscar ele vir atrás da criança no futuro.

O homem rosnou, pra min logo depois pareceu estar ponderam suas opções. Nat estava tenso, podia sentir claramente seu medo pela resposta que o tio daria, medo esse de nem sequer chagar a vez a criança, e perder a oportunidade de ser pai. Eu devia contar sobre o meu... melhor não, não agora.

- esta bem, onde eu assino? - questionou a contra gosto.

Meu advogado mostro todos os documentos que deviam ser assinados, logo em seguida eu e Nat fizemos os mesmo preenchendo todas a folhas, inclusive a com o nome da criança, agora nosso filho perante a lei.

- Damyel Moon-ReelFire .

(Ponto de vista, Nathaniel)

Após uma pequena discussão, assinar os papéis, e meu tio sair como um furacão daquela casa , mostrando claramente que o fato de não ter mais nenhum direito sob a criança o deixava furioso. Me direcionei a velha senhora que tinha o pequeno nos braços, enrolado em um manto, a mesma se apresento como tia do garoto, a irmã mais velha da mãe do mesmo, me explicou que não tinha como mante-lo e sua família não tinha mais parentes próximos vivos, então por isso recorreu a minha. Então o pequeno começou a despertar, eu me aproximei e pude ver ele coçando os olhinhos antes de abri-los.

- Damyel - chamou a senhora - esse e o Nathaniel, ele vai cuidar de você agora - explicou fazendo o garotinho virar seu olhar pra min.

- oi Damyel - cumprimentei o pequeno.

- oi - sussurrou com sua vozinha de sono, se soltando dos panos.

Finalmente pude vê-los, Damyel tinha acabado de completar 2 anos de idade, tinha lindos cabelos completamente negros, sua pele macia tão pálida como a minha, e dois lindos olhinhos num suave tom roxo, que o faziam parecer uma entidade cósmica, logo me chamou a atenção o par de orelhinhas de gato entre seus cabelos, num tom marron claro com as pontinhas pretas, e atrás se seu ombro foi possível ver a pontinha preta de sua calda. Ele era perfeito, uma das coisas mais lindas e fofas que eu já vi, minha única vontade era abraça-lo e o manter protegido de tudo.

Prata De Ômega A.B.OOnde histórias criam vida. Descubra agora