- Durante minha vigia rotineira, nesta tarde, avistei longe da cidade um homem com uma grande carroça. Achei estranho, pois geralmente os mercadores passam pela cidade para se alimentar e cuidar de seus cavalos. Por causa disso, chamei o soldado Jamen aqui e fomos os dois montados até o mercador...
- Sim, ele me chamou todo preocupado. Pegamos nossas armas e fomos até lá o mais rápido que pudemos.
- Veja, senhor Mestre Comandante, que era realmente um mercador. Entretanto, nunca tínhamos visto ele passar por aqui...
- O que deixou tudo ainda mais estranho, pois conhecemos o nome de todos os mercadores desta região...
- Inclusive o nome de seus cavalos.
- Verdade.
- Paramos o homem e perguntamos quem era. Ele falou que se chamava Idrir e que estava apenas de passagem. Como estava viajando há poucas horas, não viu necessidade de parar na cidade. Até aí, tudo bem. Entretanto, em meio às malas de couro e caixas de madeira, algo se moveu na carroça...
- Na hora, pensamos que poderia ser algo vivo.
- Como um homem raptado.
- Exatamente.
- Quando pedimos para o homem parar e nos deixar revistar seus pertences rapidamente, o homem armou-se de uma besta...
- Aquela arma tipo arco-e-flecha que possui um gatilho...
- O comandante sabe o que é uma besta, prossigam – interrompeu Isa.
- Muito bem. Enquanto eu estava dando a volta na carroça, foi o Jamen aqui que viu a ação do mercador e atacou o criminoso com uma faca...
- Não matei ele, capitão! Foi apenas para nos proteger!
- Muito bem, Jamen. Como você sabe, é proibido em nosso reino atacar outro ser humano, entretanto, são livres de pena os casos em que ferimos por motivo de defesa – comentou com tranquilidade, Dario, pensando em acalmar o oficial.
- Obrigado, senhor.
- Pois bem, após o incidente tínhamos certeza da ilegalidade da carga. Comecei a investigar tudo ali mesmo, enquanto Jamen imobilizava o mercador... Mas, nunca iriamos imaginar o que encontraríamos...
- Você tinha que ver a cara dele, Mestre Comandante! Quase caiu da carroça! – riu Jamen, azucrinando o parceiro de trabalho.
- Bem... Depois disso, usamos a própria carroça para trazê-la até aqui. Quando os moradores viram-nos chegando, começaram a se agrupar em frente à taverna.
- Decidimos colocá-la aqui, pois teríamos mais privacidade do que no posto da guarda.
- Sim. Com a ajuda dos dois oficiais que estão lá na porta do bar, conseguimos trazer o recipiente de cerâmica aqui para cima com ela dentro. Estamos fazendo de tudo para mantê-la em segredo.
- E isso é tudo, senhor.
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Era Perdida: O Globo da Morte
FantasySaiba mais no site - www.eraperdida.com.br Até onde você iria para fazer a vontade de seu rei? Arriscaria sua vida e a de seus melhores amigos? Quando um conhecido e poderoso mago chegou ao castelo para uma reunião com o rei e seu primogênito, t...