25º Capítulo

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ANAHÍ

Voltei para o quarto junto com o funcionário que empurrava o carrinho ao meu lado, assim que cheguei fui até o deck em frente ao nosso quarto e dispensei o funcionário, levei alguns minutos arrumando a mesa em frente a piscina e a aquela imensidão de mar, coloquei um copo de suco de laranja com gelo e a salada de frutas em frente a cadeira que Poncho sentaria. Percebi que o chuveiro ainda estava ligado. Então pensei em ajuda-lo a terminar aquele banho.

Anahi: Amooor, precisa de ajuda? - disse sorrindo.

Ao abrir a porta meu coração congelou imediatamente quando vi Alfonso caído no chão do banheiro, paralisei imediatamente, meu peito partiu ao meio e o misto de emoções me deixou totalmente sem reação.
Sai em sua direção, ele estava caído para dentro do box de vidro, molhado, porém a água continuava caindo em seu peito. Entrei imediatamente e segurei seu rosto, senti a água em minhas costas, eu batia em seu rosto levemente, para que ele despertasse, mas era em vão.

Anahi: Meu amor, fala comigo.

Mas Poncho permanecia descordado, olhei em seu braço e estava com um roxo enorme. Provavelmente ele escorregou e bateu a cabeça.
Tentei levantá-lo, mas seu tamanho e seu peso, não permitiam que eu conseguisse, nem se quer ergue-lo.
Senti meu peito apertar e o choro foi involuntário, ele não reagia, e algo me dizia que isso não era bom.

Desliguei o chuveiro, estava completamente desesperada, porém não podia permanecer ali, com ele daquele jeito, fui procurar ajuda, assim que coloquei de pé para fora do box, vi sua pálpebra se movimentar e me ajoelhei novamente ao seu lado, segurei firme seu rosto e me aproximei, beijando seu rosto.

Anahi: Amor, fala comigo, o que aconteceu ?

Poncho abriu os olhos lentamente, e foi endireitando seu corpo para sentar, ele me encarava ainda como se tivesse processando o que aconteceu.

Poncho: Eu cai, e acho que bati a cabeça.

Anahi: Você não está bem, vamos pedir ajuda, você precisar de um médico

E levantei rapidamente, tão rapidamente quanto a mão de Poncho ao segurar meu braço com força me fazendo abaixar novamente ao seu lado.

Poncho: NÃO, não precisa chamar ninguém, está tudo bem, foi só um escorregão.

O encarei totalmente sem entender o porque ele falava aquilo, era óbvio que havia algo errado, e precisávamos de um médico. Mas antes de qualquer coisa, o ajudei a levantar ele ainda parecia um pouco tonto, fomos até a cama e ele sentou peguei no armário uma cueca e o ajudei a colocar. Ele se ajeitou na cama encostando as costas na cabeceira da cama. Não podia discutir com ele nesse momento mas não entendia sua teimosia.

Então fui até o deck e trouxe uma bandeja com o suco e a salada de frutas.

Anahi: Amor, você deve estar fraco, pelo menos bebe esse suco.

Poncho me olhou e sorriu. Coloquei a bandeja em suas pernas.

Poncho: Amor venha aqui. - disse batendo no espaço vazio na cama

Me sentei ao seu lado na cama, peguei o copo de suco e ergui em sua direção, ele segurou e tomou, passei a mão pelo seu cabelo molhado, o arrumando para trás e o encarava, parecia um pouco abatido. Poncho me encarou.

Poncho: Amor, não precisa se preocupar.

Olhando para aqueles olhos, que estavam em tom esverdeado mais claro, devido a claridade que batia em seu rosto. Ao ouvir aquelas palavras, meu coração não aguentou e, inevitavelmente, comecei a chorar, coloquei as mãos no rosto, e as lágrimas vinham descontroladamente, acho que o susto que tive ainda estava apertando meu peito, perdê-lo nunca havia passado pela minha cabeça até vê-lo caído naquele banheiro.

Best Part - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora