11º Capítulo

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Me tranquei no quarto e me permitir chorar. Dulce tinha razão, não havia interesse algum de Poncho em mim, ele queria uma mulher para se tornar a sua esposa e bom, eu fui a preza mais fácil, como me deixei levar por aquele homem, óbvio que tudo não passou de uma jogada de sedução por sua parte.
Não sei quanto tempo passei ali entre lágrimas e soluços, mas algo não fazia sentido em tudo aquilo. Ele era rico, bonito, jovem, porque iria querer se casar com alguém como eu??? Suas palavras martelavam em minha cabeça: "... POR VOCÊ, PARA VOCÊ VIVER A VIDA QUE REALMENTE MERECE. Existe um mundo lá fora pra você Anahi..." Se ele realmente se importasse saberia que aquela proposta depois de dormir comigo e desaparecer, por dois dias, iria me ofender.
Não conseguia esquecer seu semblante transtornado depois de ouvir minha palavras. Me arrependo de ter me envolvido tão rápido e tão intensamente com alguém que não estava nem aí para o que eu sentia, era óbvio o motivo dele não ter me procurado por dois dias, eu realmente deveria ter imaginado que havia algum plano na forma como ele me tratava, nunca fui tão bem tratada por um homem, nunca, nenhum homem, havia me feito me sentir tão mulher como ele. Minha vontade naquele momento era sair dali, ir embora e não precisar olhar para Alfonso, mas não podia e não era só pelo emprego, alguma coisa em mim, não me deixava ir embora, eu não queria me afastar dele, iria trabalhar para ele sim e esquecer tudo aquilo que vivi em uma semana, já havia superado tantas coisas aquilo seria mais uma delas.

Levantei e lavei meu rosto, troquei de roupa, coloquei um short e uma camiseta, iria iniciar o que havia ido fazer, o meu trabalho.
Poncho não estava mais no apartamento, seu perfume já não estava presente.
Aproveitei toda aquela tristeza e fiz uma enorme faxina em todos os cômodos daquele apartamento, precisava extravasar de alguma forma só parei para comer algo no meio da tarde e voltei a limpeza. Fui abrir o escritório para limpa-lo mas estava trancado.
Fui até a cozinha iria começar o jantar cedo deixaria tudo pronto para Alfonso, mas não queria encontra-lo hoje.
Deixei a mesa posta com a salada e salmão assado, no forno.
Era 18:00 e já subira até meu quarto para tomar um banho, sabia que teria que encara-lo, em algum momento, mas tinha medo da minha reação. Deixei a pasta com aqueles papéis na mesa de centro, não quis nem ler aquilo.
Estava penteando meus cabelos quando ouvi duas batidas em minha porta.

Alfonso: Posso entrar?

Abri a porta e ali estava ele, parecia exausto, seus olhos estavam cansados, aquele dia não havia sido fácil para nós dois.
Ele tirou a mão que havia em suas costas e me entregou um buquê de flores do campo, como adivinhara? Era minhas preferidas.

Alfonso: Me desculpa por ter me exaltado e erguido a voz com você hoje.

Segurei o buquê e cheirei as flores, se sua intenção era diminuir a tensão entre nós, ele conseguiu, mas ainda estava tão triste pelo o que houve que mal conseguia encara-lo.

Anahi: Obrigada pelas flores.

Alfonso me encaravam e eu não desgrudava os olhos das flores.

Alfonso: Ani, precisamos conversar, você não entendeu direito as coisas, e acabou tirando suas próprias conclusões.

Nesse momento o encarei, não podia conversar com ele, não naquele momento, não com o nó que tinha em minha garganta.

Anahi: Alfonso por favor, hoje não. Eu peço desculpas pela minha atitude, acabei me exaltando também, mas não consigo conversar hoje sobre isso.

Alfonso: Mas Anii...

Anahi: Eu entenderei se quiser me demitir, por tudo que falei e fiz mas infelizmente hoje eu não consigo conversar com você.

Alfonso baixou a cabeça: tudo bem, eu respeito, não vou te demitir, isso nunca passou pela minha cabeça, mas quero esclarecer as coisas, eu também não soube me expressar direito.

Best Part - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora