Best Part - AyA

12º Capítulo

O vestido preto se ajustou perfeitamente no meu corpo e as sandálias também haviam ficado lindas, como ele era detalhista, deixei meus cabelos soltos em "cascata" de cachos castanhos e procurei usar uma maquiagem leve.
Os olhos de Poncho brilharam quando me viu descer as escadas.

Alfonso: Você está maravilhosa, Ani.

Sorri sem graça, ele também estava maravilhoso com uma calça social escura e uma camisa mais clara, os primeiro botões estavam abertos, aqueles cabelos umedecidos o deixam ainda mais lindo, com a barba por fazer, pelo visto, nos dias que esteve longe não se preocupou em se barbear.
Fomos o caminho todo calados, no fundo eu estava com vergonha da minha atitude e estava morrendo de saudade dele,
também.
O restaurante ficava no terraço de um prédio no centro de Miami, a mesa reservada era na área externa e permitia uma vista privilegiada de toda cidade.
Sentamos um na frente do outro e logo o garçom serviu nossas taças de champagne e deixou a garrafa ao lado de nossa mesa em um suporte com gelo.

Alfonso: Já reservei essa garrafa, queria que experimentasse essa champanhe, parece que estamos bebendo estrelas.

Sorri para ele e brindamos, tomei um gole do líquido borbulhante e, Poncho tinha razão, era a melhor coisa que já havia bebido, tão acentuado quanto um Brut, meus
preferidos.

Alfonso: Ani, queria, antes de qualquer coisa, me desculpar pela forma que agi, pelas coisas que te disse. Eu fui da empolgação a frustração e acabei não me controlando.

O encarei, seus olhos brilhavam tanto com os reflexos das luzes da cidade.

Anahi: Eu também preciso me desculpar, me excedi, estava tão chateada por sua ausência naquele final de semana e quando me propôs "aquilo", imaginei mil coisa.

Alfonso segurou minha mão e seus olhos estavam sérios.

Alfonso: Ani, é por isso que estou aqui hoje, eu não soube me expressar e você interpretou as coisas de uma maneira totalmente equivocada.

Eu tomei um gole a mais da champanhe e dessa vez iria ouvi-lo sem interromper e, principalmente, com a mente aberta, mais que o coração.

Alfonso: Ani não quero que você se case comigo, por interesse, nós dois sabemos que isso não faz o mínimo sentido. Eu quero muito que você aproveite o tempo que tem, a sua juventude, que você conquiste tudo que deseja, e depois daquela noite, eu tive certeza disso, que você merece mais do que tem. Então procurei meu advogado e amigo, Christian, para ver uma forma rápida e simples de você poder ter uma vida aqui nos Estados Unidos.

Aquelas palavras fizeram com que se formasse um nó em minha garganta, tomei mais um gole da champanhe, a fim de desfazê-lo.

Alfonso: Eu vi todas as possibilidades Ani, até que Christian me informou sobre o visto K1, que não nos casaríamos imediatamente, teríamos 3 meses até oficializar, mas neste tempo você já poderia validar sua uma habilitação, já poderia iniciar os estudos mesmo que em domicílio.

Alfonso apertava minha mão esquerda enquanto continuava a falar

• Música: If Ain't Got You - Alicia Keys•

Alfonso: Mas antes disso, eu preciso ser transparente com você, o que vivemos aquela noite foi surreal para mim Anahi. Não to aqui te prometendo uma vida perfeita, longe disso, eu sou todo errado, mas se tem algo que eu aprendi a valorizar é a vida, valorizar cada segundo que estamos aqui. E quando vi esses olhos cor de mar eu me enxerguei, lutei de todas as formas possíveis para me manter longe de você, pequena, mas você me atraiu como um imã e depois de fazer amor com você tive certeza que meu mundo não seria mais o mesmo, eu estava nas tuas mãos.

Minha vista já estava nublada pelas lágrimas, ao piscar senti escorrerem, o olhava e não podia acreditar no que ouvia.

Alfonso: Ani, o amor do qual eu fugia e não pretendia encontrar me achou e foi naquele café da manhã no qual te conheci, eu não quero perder tempo, também não quero me precipitar e te assustar.

Nesse momento Poncho deu um beijo no dorso da minha mão e meu rosto já estava coberto de lágrimas.

Alfonso: Ani, eu sei que você também sentiu aquilo, não tem como não ter sido especial. E não pense você, que está sendo fácil para mim tá aqui, eu to abrindo mão de decisões que já tinha tomado para minha vida toda, mas você chegou e bagunçou tudo em mim, só a casa que você organizou como ninguém - Sorriu.

Eu soluçava compulsivamente, não esperava aquela declaração e, para ajudar, eu ainda estava na TPM.

Alfonso se apoiou na mesa e limpou meu rosto.

Alfonso: Só quero que saiba que mesmo sendo uma solução imediata eu quero tentar, não estou te dando a certeza de uma vida inteira, mas somos jovens porque não se permitir viver o que estamos sentindo eu quero te ajudar em tudo que tiver ao meu alcance.

Eu não conseguia falar, queria dizer que sim, claro, óbvio mas os soluços não permitiam.
Precisei tomar a água que havia sido servida em outra taça.

Anahi: Poncho, só me diz que eu não to sonhando?

Alfonso sorriu e saiu de seu lugar e virou minha cadeira, se abaixou e em minha frente, ficando quase na mesma altura que eu estava, sentada. Poncho segurou meu rosto, com aquele sorriso encantador.

Alfonso: Ani, meu amor, tudo que vivemos e a distância desses dias só me deram uma certeza que eu não tinha há anos, Eu quero tentar, se vai dar certo? Não sabemos, mas eu preciso tentar. Você aceitar tentar, fazer isso dar certo, comigo?

Anahi: CLARO, que sim meu amor

Não consegui mais falar nada, me agarrei em seu pescoço e o beijei,
Segurei com as duas mãos seus cabelos e nossas bocas encaixaram imediatamente, nossas línguas se envolveram rapidamente, uma envolva da outra, enquanto lentamente mudávamos as posições dos nossos rostos sem que nossas bocas desgrudassem. Poncho segurou minha cintura, apertando levemente.
Segurei seu lábio inferior entre os meus e suguei forte, passei as mãos pelo seu rosto, encostei minha testa na dele e abri lentamente meus olhos, com medo de acordar daquele sonho.

Assim que meus olhos encontram os dele sorri e ele também, o abracei tão forte. Eu estava tão feliz que não conseguia reagir.

Alfonso se afastou em mexeu no bolso de sua calça, quando o vi tirar uma caixinha de veludo azul marinho, apoiou um joelho no chão e abriu a caixinha.

Alfonso: Anahi Giovanna Puente Portilla, você aceita casar comigo ?

A hora que vi aquele solitário, coloquei as mãos na boca o encarei e Poncho tinha aquele sorriso escancarado, seus olhos sorriam como que achasse graça da minha reação.
Ele tirou o anel da caixinha, segurou minha mão direita.

Alfonso: Ani, esse anel se chama Amor Verdadeiro, escolhi ele pois você é a pessoa que me fez querer viver de novo, você não faz ideia como mudou o rumo da minha vida, você foi a dose de amor que faltava na minha vida, Anahi.

Ele terminou de colocar o anel em meu dedo anelar e beijou minha mão.

Alfonso: Eu te amo. - apertando a ponta do meu nariz.

Eu o abracei tão forte que quase caímos no chão. Minha boca estava próxima de seu ouvido e sussurrei aquelas palavras tão naturalmente.

Anahi: Eu também Te Amo Poncho.