Ansiedade
Eu deveria parar, sabia que devia.
Mas eu não conseguia, sufocava, mas ainda assim era melhor do que o vazio que eu vinha sentindo nos últimos tempos, o frio na barriga desconfortável e a agonia latente me faziam humana.
Essa ansiedade doentia e persistente, meu medo de falhas e o caos dos últimos tempos me faziam chorar, encolhida e quietinha para não incomodar ninguém, mas ainda assim provavam que eu era capaz de sentir alguma coisa.
Depois de tanto tempo cercada pelo caos, eu passei a me esquecer de como era sentir algo além de desespero e isso me matava lentamente, a pior parte era me deixar morrer pelo medo de estar morta.
E então, eu lentamente, matava o que restava de bom em mim.
- O abismo sem fim.
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Tudo aquilo que eu (não) disse
PoetryPequenos textos de alguém que se afogou com todas as coisas que nunca disse, fez ou sentiu. Ou Alguém que espera que palavras cruzem o mundo e mudem o tempo.