Eu não desisto do amor.
Já me cansei de dizer, depois de términos cansativos e lágrimas derramadas, que odiava incansavelmente o amor e tudo aquilo que ele representava. Para a minha sorte, sempre fui uma péssima mentirosa.
O amor motiva tanto quanto destrói, ele me fez sangrar mais vezes do que eu pude contar e ainda assim, por diversas vezes foi responsável por fazer com que eu levantasse e seguisse em frente.
O amor não pode ser definido como algo ocasional, não, sem ele eu não teria descoberto as maiores paixões da minha vida.
Viver por si só é um ato de amor, em sua forma mais ampla e pura.
Tive tantas experiências que delas tirei lições valiosas, uma das maiores ainda continua sendo a capacidade de determinar até onde o amor de alguém por mim pode ditar minha vida.
Amor é bom, amar é extraordinário.
Porém existe um limite de até onde posso fazer algo em nome do amor, até onde me permitir amar alguém pode ser a chave para me curar ou o impulso para me destruir. Embora me assuste, preciso admitir que me sinto extraordinária toda vez que amo, como se algo dentro de mim voltasse ao seu lugar de origem a cada batida do meu pobre coração apaixonado.
Talvez isso justifique a forma como encontro o amor escondido nas mais pequenas coisas do meu dia, em toques sutis trocados por amantes, beijos delicados na testa de filhos dados por suas mães, apertos de mãos de velhos companheiros, sorrisos trocados de forma apressada por pessoas gentis ou até mesmo um olhar mais demorado de carinho. Busco o amor a cada passo do meu caminho, já admiti que me recuso a viver sem ele.
Afinal, qual seria a graça da vida se ela não fosse cercada por amor?
- P.S acho que ainda te amo
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Tudo aquilo que eu (não) disse
PoetryPequenos textos de alguém que se afogou com todas as coisas que nunca disse, fez ou sentiu. Ou Alguém que espera que palavras cruzem o mundo e mudem o tempo.