Talvez eu deva dar uma nova chance ao amor.
Não costumo pensar muito sobre o amor, exceto quando me lembro das dores que ele me causou. Dessa parte eu tenho uma longa lista de espera, da feridas que eu costumo arquivar até estar pronta para lidar com elas.
Mas existia algo sobre você que sempre me fez fantasiar.
Pensar em uma família, amores de verão e até um casamento com bolos gigantes e flores coloridas. Ao seu lado, eu tinha uma necessidade de enxergar o lado bom da vida.
E isso era tão assustador quanto reconfortante.
Logo eu, que fugia desesperadamente do afeto impensado, amava divagar sobre aquele seu sonho do mundo viajar. Ninguém nunca me olhou com tanto amor, e eu nunca quis tanto a liberdade daquele nosso sonho sobre essa nossa, inesperada, conexão.
Mas eu tinha medo, por você.
Havia uma longa lista de queixas que o amor tinha para comigo, tantas tentativas de matá-lo fizeram ele cruel e mesquinho quando se tratava do meu coração. Mas com você, até isso parecia em vão.
Nada, nada nesse mundo era tão belo quando a nossa união.
E dançar ao seu lado, rir do seu cabelo bagunçado, olhar as estrelas daquele seu modo inteligente e meio descolado, ouvindo Tribalistas na tua cama, isso fazia valer a pena cada dor daqueles amores sem o menor dilema.
Nunca acreditei muito em almas gêmeas ou histórias sobre sua outra metade, porém, cada vez que você me olhava eu sabia que não existia a menor chance, desse nosso amor não ser feito de eternidade.
E cada vez que eu te beijava, eu perdia aquele medo de errar e do futuro incerto. Eu e você fomos feitos para dar certo.
Afinal, do que valeria a eternidade das minhas palavras, se nelas você nunca fizesse sua morada?
Nenhuma poesia desse mundo poderia descrever, a forma como eu amo e me sinto em relação a você.
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Tudo aquilo que eu (não) disse
PoetryPequenos textos de alguém que se afogou com todas as coisas que nunca disse, fez ou sentiu. Ou Alguém que espera que palavras cruzem o mundo e mudem o tempo.