Solidão
No início foram só algumas perdas, físicas, mentais, emocionais ou piscologicas.
Sempre comparei minha vida a um sistema solar, nunca me considerei o centro, mas algo que orbitava ao redor de todos, como a Lua.
Para que haja uma Lua, tem que haver órbita, algo que faça a existência da Lua significativa. Eu costumava ter uma orbitava, várias na verdade, mas lentamente e tortuosamente, eu fui perdendo tudo aquilo que dava sentido a minha existência.
Sempre odiei mudanças e como elas me machucavam, como elas me faziam sangrar antes de me dar um conforto que iria embora com o tempo.
Entre sangue e dor, a única coisa que permanecia era a minha inegável capacidade de juntar todos os pedaços da minha alma que tinham partido.
Solidão era mesmo o mais cruel dos venenos.
- Solidão
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Tudo aquilo que eu (não) disse
PoetryPequenos textos de alguém que se afogou com todas as coisas que nunca disse, fez ou sentiu. Ou Alguém que espera que palavras cruzem o mundo e mudem o tempo.