Capítulo 18

7.6K 440 438
                                    

Terça-Feira

Sonho Mattheo:

E lá estávamos nós novamente, eu no meio do vazio escuro da minha mente em frente à uma porta sendo forçada para abrir, cruzo meus braços e encaro oque acontecia a minha frente, a porta balançava com força e parecia que iria ceder, a madeira tremia sob pancadas e investidas agressivas que vinham do outro lado

-Mattheo_ A voz doce da SN soou na minha mente

Era uma voz tranquila e como um sussurro e eu sorrio quando vejo que essa simples aparição espantou quem tentava invadir minha mente. A porta que antes tremia e rangia, agora estava quieta e parecia até um pouco mais estável que antes

-Hoje não pai, volte amanhã talvez tenha mais sorte.

Sonho SN:

Eu estava no meio de breu, uma imensidão escura e sem vida, olhava ao redor e não havia ninguém, somente uma porta. Uma porta que era forçada para dentro, como se alguém quisesse entrar a força, o som da tranca batendo forte ficava cada vez mais intenso nos meus ouvidos, o barulho cada vez mais alto e o ambiente ficava completamente frio e assombroso. Quando finalmente a porta cede, um par de olhos reptilianos avançam contra mim e minha vida passa como um filme na minha frente, cada lembrança, desde minha infância até o que havia jantado no dia anterior.

Acordo ofegante do meu pesadelo, nos primeiros minutos sem conseguir me mexer direito até que consigo passar a mão pela testa e sentir que o local está húmido como se tivesse acabado de tomar banho

-Você está bem?_ Tom pergunta com a voz sonolenta e com um pouco de preocupação

-Sim, foi só um pesadelo!_ Olho para o relógio e falta pouco para o horário que levanto habitualmente, não iria valer a pena voltar a dormir

Então obrigo meu corpo a sair da cama indo tomar um banho frio para despertar enquanto Tom parecia se decidir entre dormir mais ou começar o dia, assim que paro em frente ao espelho uma visão distorcida aparece: Eu estava estrebuchando com o corpo de uma enorme cobra enrolada ao meu, minha garganta tentava emitir algum som mas tudo oque saia eram falhas tentativas de puxar ar, grito de susto e caio para trás no chão sentindo meu corpo ser acolhido pelo piso gelado. Tom chega ao banheiro e se abaixa na minha frente, sentia lágrimas quentes rolando pelo meu rosto e um aperto no peito se formando, como se o réptil do espelho estivesse comprimindo meu coração

-O que aconteceu?_ O rapaz passa a mão pelo meu rosto e eu aponto para o espelho ainda assustada, ele se levanta e vai checar- Não tem nada aqui- Ele diz. Me levanto rapidamente do chão e de fato não havia nada além do meu reflexo e do Riddle ao meu lado- Acho que o pesadelo te afetou mais do que você imaginou_ Tom me abraça e encosta minha cabeça em seu peito, Ele devia ter razão, era somente um sonho

Quarta- Feira

-SN...SN, acorda...SN_ Meus olhos estavam pesados e eu sentia um líquido quente escorrer pelo meu rosto, estava tudo escuro e eu não conseguia identificar se era porquê meus olhos estavam fechados, meu crânio parecia ter se partido em dois de tão dolorida que minha cabeça estava. Algum tecido macio é pressionado contra minha testa fazendo a dor diminuir cada vez mais, ficando fraca assim como meus sentidos e minha consciência.

Quando acordo, estou na ala médica, minha vista ainda estava meio turva mas conseguia distinguir objetos de pessoas desde que as pessoas estivessem se movendo ou falando, inclusive haviam duas pessoas em uma discussão acalorada alguns metros a minha frente, outras três ao meu lado esquerdo e mais duas ao meu lado direito que tentavam argumentar contra a discussão. Aos poucos meus sentidos começam a voltar e o som da briga fica mais alto me forçando a tampar meus ouvidos com as mãos

O Tesouro dos Irmãos RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora