Capítulo 29

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Eu, Mattheo e Tom saímos de Hogwarts e Tom se encarrega de nos aparatar até um local completamente desconhecido por mim, o lugar se parecia muito com um bosque, era calmo e silencioso, as árvores eram altas e bloqueavam um pouco a vista do céu ao olharmos para cima em busca do sol europeu

Árvores de faia com as copas arredondadas e cheia de ramificações caiam sobre o tronco de textura lisa e castanho- acinzentado deixando as folhas ovais de coloração prateada na parte inferior ao alcance das mãos dos passantes

Haviam alguns silenciosos barulhos de animais se movendo para lá e para cá por entre a vegetação variada entre ao menos cinco tons de verde dos mais claros aos mais escuros, chegamos a uma trilha de terra onde uma carruagem preta que se parecia com uma caixa puxada pelos mesmos seres que puxavam as charretes de Hogwarts, mas estas sendo guiadas por dois esqueletos em roupas de cocheiros que pareciam estar sendo usadas por vivos de tão bem cuidadas que as mesmas estavam

-Olá, Meus Lordes_ Um dos esqueletos abaixa a ponta do chapéu com dois dedos e em seguida abre a porta da carruagem para nós

Tom segura minha mão para me ajudar a subir o degrau do transporte e eu me conforto dentro do veículo mais espaçoso do que aparentava ser quando visto de fora

Logo os dois Avery-Riddle entraram e se sentaram, Tom a minha frente e Mattheo ao meu lado com o braço pelos meus ombros, olhando os detalhes do veículo como se o reconhecessem de muito tempo

-Conforte-se minha Lady, será um longo trajeto_ Tom me adverte pegando um de seus muitos livros em sua mala que estava junto da minha e de Mattheo no  banco a sua direita

  Theo deita minha cabeça em seu ombro enquanto eu olho pela janela vendo o lindo caminho que percorríamos por uma vegetação florestal e um tanto quanto selvagem, que mudava aos poucos ficando cada vez mais rasteira com características cada vez mais parecida com um jardim residencial

Aos poucos, sentindo os afagos na minha cabeça, os beijos pelo meu rosto e a mistura dos aromas da natureza e do perfume dos dois rapazes fui sendo embalada em um cochilo leve sentindo o balançar da carruagem e o das rodas grossas e robustas de madeira passando por cima de pequenas pedras e gravetos e som dos cascos dos trestrálios batendo contra o solo rígido

P.O.V Mattheo

Havia se passado pelo menos uma hora desde que estávamos naquele cubículo móvel, Tom não me deixava fumar por quê a carruagem era fechada, não podia cantarolar por quê ele não queria ouvir minha voz e a carruagem era fechada, não podia deitar e esticar as pernas por quê a carruagem era pequena e fechada, portanto, aceitei que carruagens são simplesmente o pior meio de transporte que eu já vi

Enquanto a minha pequena Deusa estava repousando tranquilamente em meu colo com seu lindo rostinho deitado sobre meu colo, levei minha mão até o bolso e puxei uma seda, em seguida fiz alguns pedaços e os enrolei em pequenas bolinhas e me entretive em atira-las no rosto de Tom uma atrás da outra.

-Se você atirar mais uma dessas bolinhas em mim eu vou adiantar a sua sentença de morte_ Ele diz sem tirar os olhos do livro apertando a sua capa com raiva

-Tom, você não teria coragem de matar a segunda pessoa que você mais ama, não é mesmo?_ Acaricio os fios enrolados de SN sem conseguir conter um sorriso vendo suas mechas se envolverem em meus dedos

-Fico feliz em saber que está ciente do seu lugar_ Ele sorri debochado me olhando brevemente

-Não acredito que estamos voltando para casa depois de tanto tempo longe, acha que Dixie irá nos reconhecer?

-Esse é o trabalho dela! Além do mais enviei uma carta a ela avisando que nós estávamos retornando... e que nós estávamos levando alguém conosco

O Tesouro dos Irmãos RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora