Capítulo 31

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P.O.V Tom

Faziam apenas alguns minutos que Mattheo havia nos dado ambos os avisos e isso foi o suficiente para estourar a bolha de paz e tranquilidade que passamos dois maravilhosos dias dentro. Em segundos, tudo desmoronou, como uma droga de castelo de cartas no meio de um tufão.

-Tom, nós temos que ir_ SN insistiu mais uma vez

-Não!_ Respondi simples

-Mas você prometeu a cinco minutos atrás que nós-

-Estou revogando minha promessa

-Você não pode fazer isso

-Não só posso como já fiz

-Tom, você mentiu para mim então?_ Perguntei com raiva

-É, eu faço essas coisas!

-Tom, você não pode voltar atrás na nossa promessa. Nós vamos até-

-Eu disse não_ Acabei por levantar meu tom de voz na ultima frase e me arrependi instantaneamente do meu feito

Ao ver SN se afastar de mim com o olhar decepcionado, esfreguei a testa suspirando, passei a mão pelo cabelo de forma irritada e o silêncio no quarto ficou terrivelmente desconfortável

-Tom, vamos conversar lá fora_ Mattheo põe a mão em um dos meus ombros e me guia para fora do quarto fechando a porta atrás de nós

-Isso é uma péssima ideia_ Pronuncio recebendo um olhar de reprovação

-Para, eu sei bem porquê você não quer ir, e não é porquê a guerra vai acionar suas memorias de soldado_ Ele diz de forma sarcástica

-Cale a boca

-Você não quer eu morra, não é?

-Não, eu não quero..._ Engoli em seco um nó que começava a se formar na minha garganta

-Não podemos evitar o inevitável, irmão

-Mas eu posso tentar

-Não, não pode. Você não pode controlar tudo, Tom, está tudo bem_ Mattheo me abraçou e inicialmente eu odiei a sensação

-Mattheo, me solta_ Pedi

-Não

-Anda logo, me solta

-Só depois de você me abraçar também

-Não vou te abraçar

-Então eu não vou te soltar

-Que coisa ridícula..._ Abracei Mattheo a contra gosto e suspirei sentindo meus ombros caírem, quando dei por mim eu apertava ainda mais meu irmão no abraço e não tinha a mínima vontade de soltar

-Tom, posso lhe pedir uma coisa?

-Claro, vai ser a última coisa que vou fazer por você mesmo!

-Quando a hora chegar, quero que você faça. Feitiço, faca, uma pedra na cabeça, não me importa, quero que seja você_ Quando ouço tais palavras sinto uma estranha sensação cortar pela minha espinha, meu coração apertou-se violentamente e minha garganta fechava a mesma medida que ardia como se estivesse as brasas

P.O.V SN

Tom e Mattheo saíram do quarto, eu andava de um lado ao outro impaciente pensando em que tipo de atrocidades podiam estar acontecendo em Hogwarts naquele mesmo instante, em dado momento desiste de os esperar

Peguei meu sobretudo azul escuro no gancho do espelho e o vesti juntamente com meu cachecol amarelo e preto da Lufa-Lufa, o feltro do sobretudo pareceu segurar todas as partículas olfativas de meu avô e de seus anos de aventura, ele havia enfrentado um mal igualmente se não pior que Voldemort, meus pais lutaram ao lado da Ordem da Fênix contra o Lorde das Trevas

O Tesouro dos Irmãos RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora