Capítulo 4

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Senti meu rosto esquentar, eu parecia estar com febre ou algo parecido. Minha amiga Melissa havia me enviado um livro por e-mail.


- O que foi? Mandaram pornografia para o seu celular? - Nico perguntou, já estávamos próximos de chegar à Guatemala.


- O que? Não! - avisei ainda corada.


- Ary - ele gargalhou, a risada dele era tão gostosa de ouvir que eu poderia escuta-la o dia inteiro, por horas e horas sem reclamar. - Você está vermelha igual a uma pimenta! - avisou me fazendo ficar mais vermelha ainda.


- Você não está cansado de dirigir? - perguntei guardando o celular - Quer que eu dirija, faz seis horas que você está ai.


- Não eu estou bem, as crianças estão dormindo, quando eu ficar cansado te aviso. Mas agora quero que você me fale o que você estava fazendo para ficar desta forma.


- Eu estava lendo um livro que a minha amiga mandou, estou na página 182.


- Leia. - mandou.


- O que? - perguntei assustada. Eu não leria aquela parte em voz alta.


- Vamos, não deve ser tão ruim assim.


- Eu não...


- Anda logo Ary! - mandou meio irritado, suspirei. Abri o aplicativo novamente, li e reli a pagina algumas vezes.


- Ta tudo bem! Mas só vou ler uma parte... - sussurrei. Li o começo da página em voz alta. E Nicolas riu.


- Não quero essa parte, eu quero a parte que te deixou desse jeito.


- "Não sei quanto tempo mais posso esperar. Então ele fala para ela: Uma mulher que sabe o que quer no sexo - ele me lambe de novo, sempre me olhando com os olhos semicerrados-, e não tem medo de dizer dá um puta tesão, Camryn... Diz o que você quer, senão eu não dou - ele me lambe de novo e eu não aguento mais. Estendo as mãos e o seguro pelo cabelo, empurrando seu rosto para o meio das minhas pernas, o quanto ele me permite, e digo, olhando nos seus olhos." - esfrego minhas pernas. Poxa vida, eu estava com muito tesão e ler aquelas palavras para Nicolas me deixava ainda mais excitada. - Eu não consigo terminar isso! - murmuro.


- Então me dê isso ai! - diz entendo sua mão grande para onde estava as minhas segurando meu celular. Meus dedos dos pés se contraíram dentro do meu sapato quando ele tocou na minha coxa. - Anda logo antes que eu pare esse carro e faça o que estiver escrito ai nessas próximas linhas.


- O que? Você não teria coragem! - disse travando meu celular e guardando ele no bolso. Nicolas sorriu sapeca e eu sorri satisfeita quando ele não parou o carro.


Depois de alguns minutos tínhamos chegado à outra cidade e depois pararíamos na Cidade da Guatemala. Nicolas parou o carro no posto e saiu, como estava de noite não pude ver para que lado ele tinha ido. Até que minha porta se abriu me dando um susto, por sorte eu não tinha nada em minhas mãos dessa vez.

Um Amor de VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora