Capítulo 10

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Nico não parava de brincar comigo e eu não conseguia parar de rir, assim como todos da mesa. A tia e o tio do Nico haviam saído para irem ao médico - eles nunca se desgrudavam e isso me irritava, eu não entendia porque eles não podiam fazer nada sozinhos ou deixar um ao outro sozinho. Hoje iríamos continuar nossa viagem, iríamos para Venezuela, e depois passaríamos por Roraima, no Brasil.

Eu não esperava a hora de chegar ao Brasil, mesmo não sabendo como falar nada do Brasil, eu sempre tive vontade de morar no Brasil, eu adorava o jeito como eles escreviam, a língua portuguesa era tão magnífica que eu não acreditava que um povo tão pouco desenvolvido podia ter uma língua tão bela.

- Mudanças de planos - disse Nico entrando dentro da casa dos tios - Iremos direto para o Brasil. - explicou, após ver a confusão estampada no rosto de Tory e Alex, Lara e Sam estavam no quarto ainda dormindo, mesmo que já estivéssemos perto da hora do jantar.

- Por que? - perguntei

- Se fossemos pra Venezuela, teríamos que pegar o avião somente daqui a dois dias e para o a Brasil partiríamos hoje, reservei os lugares mas esqueci o passaporte de Sam e aproveitei para perguntar se tudo bem para vocês?

- Por mim tudo bem - disse Tory sorrindo - Já que a Praia onde iremos fica um pouco longe, poderemos viajar de carro ainda.

- Sim, por mim tudo bem também. - falei, sorrindo, eu queria muito que Nicolas tivesse voltado para podermos deitar e conversar. Eu gostava de falar com Nico, mas do que falar com Lara e isso era totalmente raro.

- Alex? - perguntou sorrindo torto, Nico caminhou até o amigo bagunçado seu cabelo - Vamos lá cara, você não quer fazer feio na frente da sua namorada não é?

- Tudo bem! Tudo bem! - gritou Alex tentando desviar de Nicolas que continuava a bagunçar seus cabelos e fazer lhe cócegas.

- Bom garoto! Bom garoto! Isso aí meninas, preparem esses corpos lindos para os biquínis. Ary, vamos comigo para o aeroporto? - chamou.

Eu estava com um coque frouxo, um short jeans e uma blusa de frio de tricô verde, por baixo eu estava de regata branca, calcei rapidamente um chinelo na cor preta e dourado e peguei a mão de Nico que estava estendida.

- Pegou o passaporte do Sam? - perguntei quando saímos da casa.

- Eu não esqueci o passaporte do Sam. - admitiu - Eu esqueci você aqui com esse bando de lunáticos. - dei risada. - Então como eu não pude te ver, desde a hora que eu sai, que foi depois do almoço e já estamos perto de jantar, eu decidi te levar pra jantar em um restaurante aqui perto.

- Eu não acredito! - Nico queria me levar pra jantar,mas eu estava totalmente desarrumada, enquanto ele estava com uma calça jeans, um all star preto, uma blusa azul clara e uma jaqueta. - Você poderia ter me avisado. Eu estou toda desarrumada!

Nico me puxou pela cintura, ainda com nossas mãos entrelaçadas.

- Você está linda como sempre... - Eu sentia que Nico havia parado no meio da frase, mas ele só suspirou e beijou minha mão.

-...meu amor? - brinquei e ele parou de andar. - Sabe estamos fingindo ser namorados só não podemos nos apaixonar, mas se quiser me chamar por nomes carinhosos e fofinhos assim, você pode. - sorri para ele tentando parecer fofa, mesmo sabendo que estava parecendo um trapo.

- Se eu começar a te chamar por nomes carinhosos e fofinhos... - Nicolas começou a rir - Senti-me um pouco gay falando assim, mas se eu começar a te chamar assim e te tratar como uma namorada, como eu trataria uma, você não acha que este seria o meio mais rápido de se apaixonar por mim?

Um Amor de VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora