Capítulo 17

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O voo de Lizzie havia se atrasado, então tínhamos conseguido chegar a tempo para busca - la, não paramos em Vilhena, continuamos a viagem. Quando um cansava outro ia em seu lugar, acabou que somente Eu, Nicolas, Mellissa, Lizzie e Alex dirigiam. Parávamos em alguns lugares para comer ou fazer compras em postos, não parávamos mais em hotel nenhum para dormir ou descansar.

E assim se fez dois dias de viagens e finalmente estávamos em Santos. Passamos por uma praça e pegamos uma Avenida chamada Presidente Wilson, Lizzie parou o carro sorrindo. 

- Chegamos! - falou. Mel saiu correndo do carro, sendo seguida por todos menos por mim que tinha que acordar Nicolas, ele havia dirigido a noite inteira. 

- Nico - dei lhe um beijo na bochecha - Chegamos - balancei ele, o mesmo pegou meu braço e me puxou para o seu colo me assustando. 

- Eu queria poder acordar assim para sempre - sussurrou em meus cabelos, beijando o meu pescoço. Dei risada. 

Como eu iria dizer para ele que só iria ficar cinco dias aqui e depois teria que ir embora? As cartas das faculdades pelas quais prestei tinham sido enviadas para a minha casa e eu não poderia correr o risco do meu pai abri-las. Eu estava com medo e Mellissa também, tanto que até concordou em voltar comigo para Albuquerque. Eu não queria deixa-lo. Eu não podia deixa-lo, não agora que eu tinha acabado de conhece-lo. Como eu poderia? Passávamos a vida inteira atrás de um amor para então deixarmos escapa-lo? Mellissa tinha me falado: Se ele realmente for seu, ele irá voltar para você em algum momento. Eu não queria acreditar nesse ditado popular, eu não queria deixar ele ir para depois ele voltar. Eu queria ficar com ele até não aguentarmos um ao outro. 

Nico soltou - me e saiu do carro, indo até uma casa onde tinha um barco a remo. Mel olhou para mim assustada, Lara e Sam riam de Tory que choramingava com Lizzie que falavam que não queriam entrar no barco. Alex reconfortou Tory e Nico a Lizzie, por fim todos estavam atravessando o rio para irmos a ilha. Era um tipo de ilha particular chamada Ilha Urubuqueçaba, uma praia deserta que tinha uma pousada pequena.

Tivemos que atravessar uma trilha por entre as árvores, quando chegamos no fim tinha uma casa de madeira, Nicolas traduziu o que a placa dizia: Pousada da Vovó Marlene. Entramos e Nicolas começou a conversar com uma senhora de idade que carregava um sorriso enorme no rosto, ela lhe entregou algumas chaves e Nico as entregou para todo mundo. Ele tinha feito como sempre, separando por casal, deixando Lizzie e Mel juntas. Mel pegou suas malas e correu para o quarto, ela provavelmente iria querer se trocar parar ir até a praia. 

Subi com Nicolas para o quarto, ele tomou um banho e assim que deitou na cama dormiu cansado por dirigir tanto, sorri deitando me ao seu lado, como se o seu corpo conhecesse o meu ele abraçou me pela cintura e me puxou para o seu peito. Cheirei o seu perfume que já estava ficando gravado em minha memoria, cada centímetro dele se encaixava perfeitamente em mim. Comecei a me lembrar de quando deitamos no capo do carro para ver as estrelas, do seu sorriso ao falar delas e tudo o mais.

Era tarde quando acordamos, Nico apareceu sem camisa com o seu corpo esbelto e barriga definida do banheiro, ele estava escovando os dentes. Ele sorriu pra mim mostrando sua covinha e eu fingi não estar gostando da paisagem. Antonio  não tinha um corpo bonito como o de Nicolas, não que eu me lembrasse, o que eu lembrava era da sua barriga de várias cervejas tomadas desde seus quatorze anos e ele nem para se preocupar em fazer academia ou algo assim. Eu sabia que Nico bebia e não era pouco, mas tinha um corpo definido e muito bonito o tipo de corpo que a mulher adora ficar vendo.

- O que está olhando Moore?  - perguntou me flagrando na minha tentativa de lembrar de cada detalhe de seu copo sem camisa, ele era lindo sem ela. Passei a língua sob os lábios.

Um Amor de VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora