LVI

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O dia estava mais fresco e o Lucifer ficou com ela. Estavam no pátio e Chloe tinha a sorte de estar sentada no colo dele. Lucifer fazia o seu melhor com ela. Peper estava a dormir perto deles. Ele estava muito mais protetor, às vezes dormia à porta do quarto e seguia-a muito.

Ele tinha acabado de contar uma piada e ela ri. No entanto, o sorriso desapareceu rapidamente quando sente algo na sua barriga.

"O que se passa?" Lucifer pergunta colocando a mão sobre a dela que estava na barriga.

"Não foi nada." Então sentiu novamente, era uma sensação suave no interior da sua barriga. "Eu acho que estou a sentir o bebé." Não parecia ser tão real até então. "Aqui." Ela colocou a mão dele no local.

Ele sorri quando sente também a pontada suave. "Não posso acreditar."

Ela beijou-o os seus lábios. "Tu vais ser o melhor pai do mundo. Já és o melhor marido."

"Fica mais fácil quando tenho uma mulher como tu ao meu lado."

Colocou a cabeça no seu ombro.

"Sr. e Sr.ª Morningstar." Um dos tenentes do Lucifer apresentou-se com uma vénia. Chloe rapidamente levantou-se do colo do Lucifer por ser inadequado alguém os ver assim.

"Tenente, o que se passa?" Pergunta Lucifer.

"Receio ter péssimas notícias." Diz ele.

Lucifer olhou imediatamente para a Chloe e ela tinha os olhos dela nele preocupada. "Siga para o escritório." Ele foi. "Fica aqui Chloe."

"O que se passa?"

"Eu vou resolver tudo, não te preocupes com nada o bebé deve manter-se calmo."

Ela respirou fundo. "Mas contas-me mais tarde?"

"Claro."

*

"Alguém deu a localização da ilha. Mensagens andam em circulação e estamos a ficar sem tempo."

"Isso quer dizer que eles vêm para aqui."

"Sim senhor."

"O forte tem de aguentar, todos os guardar devem estar em alerta máximo dia e noite. Todos sabem os códigos?"

"Sim senhor."

"Ótimo!"

*

"Senta-te, por favor." Ele pediu para ela se sentar na cadeira que estava à frente dele.

"É assim tão grave?"

"É sim." Diz ele e ela mordeu o lábio. "O teu reino e o do teu suposto noivo sabem a localização da ilha."

"Não pode ser..." A voz dela falhou. Tudo o que tinha construído aqui com ele vai acabar? Ele vai morrer na forca? E o bebé?

"As comunicações são essenciais agora, temos de saber quais são as intenções."

"Eles vão-nos separar..." Chloe podia sentir as lágrimas a formarem-se.

"Claro que não Chloe, nunca nos vão conseguir separar. Mas se acontecer alguma coisa mais grave eu quero que fujas e não olhes para trás, tens de cuidar do nosso bebé."

"E quem vai cuidar de ti?"

"Eu cuido de mim."

"Lucifer... tu cuidas de mim, do bebé e todos nesta ilha. A última pessoa em que pensas é em ti. Esta criança não pode nascer sem um pai. Pensa em nós em primeiro lugar."

"Eu criei isto... não posso fugir."

"Mas nós podemos, vamos embora... podemos misturar-nos na civilização e ter uma vida diferente."

"Eu não vou viver uma vida a fugir depois de todo o sacrifício. Este é o nosso lar, a nossa ilha e temos de lutar pelo que é nosso." Diz ele imparcial.

"Eu posso escrever para o meu pai? Posso tentar impedir uma guerra pelo menos? Ele já sabe onde estou de qualquer maneira."

"Talvez não seja uma má ideia."

*

A carta que Chloe escreveu estava a caminho, contou-lhe do casamento, que estava grávida e que estava feliz de forma a não a procurar. "Achas que os podemos parar?"

"Eu não sei amor, mas temo que não seja o suficiente."

Apesar de tudo Chloe dúvida que o pai ataque a ilha sabendo que ela se podia ferir ou morrer com o ataque. Ela estava muito preocupada com o futuro... conhecendo o Lucifer, ele lutará na primeira fila e ela teme essa luta. Se ele morrer o que será de mim? Nunca terei um lugar seguro para o meu bebé sem ele.

"No que estás a pensar?" Ele pergunta.

"Se pudesses ver o futuro e soubesses que irias perder uma batalha tu lutarias?"

"Amor! Está tudo bem."

"Não... Esta luta vai custar a vida de tanta gente. Talvez devesse voltar e parar tudo isto."

"Olha para mim." Chloe olhou para ele. "Eu não posso deixar isso acontecer. Tu e o nosso filho ou filha são da minha responsabilidade, as pessoas mais importantes da minha vida e o meu dever é deixar-vos em segurança."

"Eu nunca vou estar segura sem ti. Vem comigo, vamos voltar e talvez o meu pai compreenda."

Ele abraçou-a. "Tu sabes que isso não vai acontecer. Um rei não pode perdoar um pirata, muito menos o chefe deles. Eu estaria numa forca em praça pública mesmo sendo casado contigo e pai dessa criança."

"Continuo a pensar que poderia ser diferente."

"Eu sei amor, mas não te preocupes com nada porque eu vou tratar de tudo."

*

O sol estava a pôr-se, as nuvens altas tinham um tom cor-de-rosa claro muito bonito e tudo parecia muito parado. Chloe foi até ao portão da frente do pátio para ver o exterior, o movimento era caótico.

"Christian?" Chloe nunca mais tinha visto o rapaz que a ajudou quando se perdeu uma vez.

"Rainha Chloe!" Ele fez uma vénia do outro lado do portão.

"Apenas Chloe, por favor."

"Está à espera de um bebé." Ele afirma.

"Sim." Ela sorriu para ele. "Tu estás bem?"

"Eu estou. É verdade que vão atacar a ilha em breve?"

"Eu espero que não."

"Hum... muitas pessoas estão a tentar sair daqui. Se os meus pais conseguirem dinheiro para a passagem vamos embora."

"Tanta gente assim vai embora?"

"Os que têm algum dinheiro sim."

As pessoas estavam a fugir pela sua vida e os pobres coitados iriam sair muito prejudicados se o seu pai permitir o ataque.

"Espera um minuto." Chloe voltou a entrar em casa e fui até ao cofre onde o Lucifer guardava algum dinheiro. Ele deu-lhe o segredo de todos os cofres. Tirou uma moeda de ouro que deveria ser o suficiente para a passagem da família do rapaz.

Discretamente passou a mão por uma das aberturas e deu-lhe a moeda sem ninguém ver. "Tem cuidado e esconde-a bem. Espero que tenhas uma boa vida noutro lugar."

Os olhos do menino brilharam. "A rainha é muito generosa."

"Vai." Chloe afastou-se um pouco do portão e viu-o ir embora a correr.

Pelo menos alguém que tenha um futuro melhor quando tudo está condenado.

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