Último dia de férias

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Já me encontrava acordada quando o despertador tocou marcando oito da manhã. Não tinha conseguido dormir, a noite passou em claro enquanto pensava no que seria de mim neste ano.

Amanhã iria começar meu quinto ano em Hogwarts juntamente com meu irmão Draco Malfoy. Normalmente ficava muito animada em voltar à escola, mas este ano era diferente dos demais. Passei minhas férias inteira pensando como iria conseguir fazer a vontade de meus pais e ir contra tudo o que acreditava, mesmo sabendo que não havia escolha.

Depois de um longo dia pensando em maneiras de sair da situação em que me encontrava e uma noite exaustiva se conformando que teria que fazer aquilo, estava um pouco mais preparada para enfrentar o que estava por vir.

Meus pais nunca haviam me pressionado para seguir seus passos e virar uma comensal da morte como faziam com meu irmão. Por ser um pouco mais nova me tratavam como se fosse de porcelana, além do mais, eles perderam totalmente as esperanças de me convencer  a seguir seus passos quando entrei para a Lufa-Lufa, mostrando que realmente eu era uma garota justa e não seria tão manipulável quanto meu irmão.

Meus anos de Hogwarts se passaram com tranquilidade na medida do possível, porém como TUDO dos Malfoy não era tão simples, chegou minha vez de pagar o preço de nascer nesta família.

O Lord das Trevas decidiu que seria útil seu filho ir
para Hogwarts e ficar de olho em Dumbledore, para facilitar a execução do plano maligno do pai.

Quando Lord Valdemort ainda era conhecido como Tom Riddle teve um filho com uma bruxa, o rapaz se chamava Mattheo e Tom o fez de horcrux. Logo após isso matou a mãe do garoto antes mesmo do rapaz completar um mês de vida.

Mattheo era dois anos mais velho do que eu e entraria como um bruxo transferido de outra escola para o sétimo ano. Meu pai semana passada havia falsificado tudo para que ninguém suspeitasse de nada. O garoto na realidade estudava em casa com seu pai e ninguém sabia de sua existência a não ser os comensais da morte e é claro eu.

Nunca o vi na vida, no entanto, meu irmão sim e ele disse que ele era um cara legal, então traduzindo Mattheo era insuportável como ou pior que Draco.

Pode estar se perguntando o que eu tenho haver com isso já que deixei mais do que claro que não teria nada relação alguma com os comensais e muito menos com a família Riddle, pois bem, sou uma boa menina, gentil, ótima aluna e um disfarce perfeito para o filho do diabo, então decidiram que se Mattheo andasse comigo ninguém nunca suspeitaria de nada.

Queria MUITO dizer não quando me chamaram para a primeira e única reunião de comensais que havia participado na vida, quando me apresentaram a proposta, porém não tive escolha, ou faria isso ou então minha família iria sofrer as consequências. Meu pai sempre tão carinhoso comigo me prometeu que só vou fazer parte do teatrinho idiota desse tal filho do lord das trevas e que não precisaria fazer mal a ninguém, não diretamente pelo menos, mas mesmo só assim a ideia de ter uma mínima participação nisso me deixava enojada.

Enfim, ainda havia um dia de liberdade antes de voltar para Hogwarts e entrar para esse plano absurdo e não queria gastar mais do meu tempo livre pensando sobre isso.

Sai da cama e desci para tomar o café. Chegando meu pai estava tomando uma xícara de chá e lendo o profeta diário, minha mãe se encontrava na outra ponta da mesa, conversando discretamente com meu irmão.

Um estúpido  amor - Mattheo Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora