Quer que eu pare?

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POV BEATRIZ

Depois de ouvir o desabafo de Marcela, meu coração faltou pular pra fora do peito. Jamais imaginei que Jaqueline era essa péssima pessoa em que ela me relatou. Era visível em seus olhos que isso a deixou bastante chateada e por isso preferi não tocar mais no assunto. Jantamos em um papo mais descontraído e o clima já não estava mais tenso, eu estava mais confortável e confesso que estava doida pra Marcela me beijar novamente. Quando ela disse que iria cobrar minha divida, logo lembrei do que se tratava e não perdi tempo e avancei meus lábios sobre os lábios dela.

Em poucos segundos eu estava sentada em seu colo com uma perna de cada lado e minha blusa já havia sido tirada do meu corpo. Minhas mãos passeavam tranquilamente pelas costas delas, mas eu ainda queria mais. A empurrei sobre o colchão macio e minha boca rapidamente alcançou seu pescoço desnudo. Marcela se remexia por baixo e vi o quanto ela queria aquilo.

-Você não imagina o quanto eu te quero. –Ela sussurrou em meu ouvido e senti meu corpo todo reagir.

Desabotoei os botões de sua camisa lentamente e aquilo parecia torturar Marcela, sorria de forma maliciosa e ela matinha os olhos fechados mordendo o lábio inferior. Abri sua camisa e distribuía beijos por cima do sutiã de renda branca, meus lábios traçavam linhas imaginarias sobre a sua pela alva e sentia Marcela cada vez mais entregue. Meus beijos desciam cada vez mais, e ela se contorcia embaixo de mim. Beijava, lambia, mordia seu abdômen, eu estava bem próximo ao meu destino, mas queria provoca-la mais um pouquinho.

-Bia... – Sua voz era arrastada e sexy, eu desci mais um pouquinho e desabotoei sua calça puxando de uma só vez. –Não faz isso.

-Quer que eu pare? – Perguntei baixinho e ela inclinou o corpo pra mim.

-NÃO! – Ela disse em desespero. – Quero que você pare de me provocar.

Ela disse de forma autoritária, daquele jeito que me deixava louca e eu não perdi mais tempo. Desci sua calcinha e deslizei minha boca por toda sua intimidade, ouvi um gemido alto sair da boca dela quando minha língua encontrou seu ponto de prazer. Marcela levou as mãos em meus cabelos e fazia que os movimentos fossem controlados por ela. Sem deixar de seguir os movimentos circulares sobre o seu clitóris enrijecido eu levei meu dedo até sua entrada e Marcela gemeu ainda mais alto. O movimento de vai e vem foram aumentando e Marcela mantinha os olhos fechados sentindo as sensações que eram provocadas em seu corpo. Escalei pelo seu corpo e a beijei sentido o seu gosto presente em minha língua, meus dedos entravam e saiam mais rápidos e eu sentia que ela estava mais próxima ao seu clímax. Senti que seu corpo estremeceu inteiro e sua respiração ficou acelerada. Distribui alguns beijos pelos seus lábios e me deitei ao seu lado, suada e levemente ofegante pelo esforço.

-Acho que morri e estou no céu. – Ela disse sorrindo.

-Depende do ponto de vista. – Marcela tinha um brilho diferente no olhar e sem perder tempo avançou sobre o meu corpo.

Alguns dias depois:

Meus dias estavam mega corridos, a Cyber estava cheia de trabalhos e alguns já estavam no limite de entrega. Desde o dia do bangalô, Marcela e eu conversamos apenas por algumas mensagens trocadas por whatsapp. Não tínhamos conversado sobre nossa situação e isso era algo que me deixava com uma pulguinha atrás da orelha e o pior de tudo que eu não podia desabafar com ninguém.

-Bia, preciso trocar uma palavrinha com você. – Marcela se aproximou do estúdio onde eu estava ajudando o stylist de uma ex bbb. – Pode ser quando você terminar ai.

POV MARCELA

Eu nunca trabalhei tanto como estou trabalhando nesses últimos dias. Mas eu não tinha o que reclamar, era o trabalho que me deixava feliz então faria com muito apreço. O problema era que depois do domingo do bangalô eu não tive tempo para Beatriz e eu estava morrendo de vontade tê-la em meus braços de novo. Conversamos por mensagens, mas isso não era suficiente. Hoje o dia estava mais calmo e depois do almoço dei uma passada no estúdio pra ver como andava as fotos daquela tarde, tínhamos um trabalho interno com uma ex bbb e Bia era responsável pelo stylist.

Jaqueline estava ausente por essa semana, segundo a mesma ela estava ajudando a mãe em alguns exames de rotina. Pra mim isso era ótimo, pois não estava disposta a ver Jaqueline tentar me fazer mudar de ideia e insisti para que eu voltasse para casa. Ainda estava hospedada no apartamento do meu irmão e estava procurando um apê pra mim, não podia ficar lá pra sempre. Estava concentrada em alguns relatórios quando ouvi batidas na porta.

-Pode entrar. – Beatriz estava incrivelmente linda, com uma jaqueta jeans dobrada nos punhos, óculos de grau e um coque no alto da cabeça. – Fecha a porta.

-Algum problema Marcela? – Interfonei para Alice e pedi pra não ser interrompida, pois estaria em reunião com a senhorita Mendes.

-Sim. – Bia me olhou confusa e eu me levantei indo até ela. – O problema é que eu não paro de pensar em você.

Ela sorriu sem jeito e eu enlacei sua cintura e capturei seus lábios em um beijo intenso, Beatriz se assustou no inicio, mas depois cedeu ao encontro de nossos lábios. Nossos corpos estavam colados e minha mão apertava sua cintura enquanto a outra subia por sua nuca e aprofundava mais o beijo.

-Marcela, alguém pode entrar aqui. – Ela se pronunciou assim que precisamos de ar e paramos o beijo, minhas mãos ainda a prendia pela cintura.

-Desculpa, mas eu não consegui me segurar. – Demos mais alguns beijos rápidos. – Aceita jantar comigo hoje?

-Posso pensar? – Ela sorriu sapeca da minha cara de indignação. – Claro que aceito, eu também estava com saudades.

-Te pego as vinte ok? - Não resisti e nos beijamos mais algumas vezes, Beatriz estava receosa em me beijar em minha sala.

-Marcela, mais tarde eu juro que lhe dou todos os beijos do mundo, mas aqui não. – Concordei e soltei sua cintura, e até parecia um sinal de Deus, pois no mesmo momento Milena passou pela minha sala como um furacão.

-Marcela, precisamos conversar. – Ela nem ao menos se importou em ver se eu estava ocupada.

-Milena, eu estava em reunião. – A atitude dela me irritou profundamente, e eu sei que Alice não teve culpa em não conseguir segurar ela.

-Reunião com funcionário? Isso você pode resolver depois. – Ela disse com desdém.

-Me desculpe senhorita Mendes, depois concluímos nosso assunto. – Bia não disse mais nada, apenas se retirou da sala com uma carinha assustada.

- O que é tão importante que não podia esperar uns minutos? – Perguntei Milena que estava sentada em minha mesa.

-Vim aqui saber o motivo de você ter saído de casa. – Milena tinha o mesmo gênio da mãe e às vezes parecia que existiam duas Jaquelines.

-Isso é um problema meu e da sua mãe. – Eu não ia ficar ali me explicando pra ela.

-É um problema nosso, somos uma família. – Sorri ironicamente.

-Pergunte a sua mãe Milena, talvez ela seja honesta pelo menos com você. –Ela espremeu as sobrancelhas e bufou irritada. – Agora se me der licença eu preciso trabalhar.





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Só um aviso, fiquem espertos com essa Milena.

E meu casal é muito fofinho.

Vem muita coisa por ai.

The only exceptionOnde histórias criam vida. Descubra agora