The only exception

Você é covarde!

Oi pessoal, como ces tão? Eu to com bloqueio, mas aos poucos estou desenvolvendo, prometo tentar agilizar em breve. 

POV BEATRIZ

Sandro e Melissa sairam apressados para a delegacia, eu estava assustada, não pode ser possível que Marcela pagaria pelos crimes de Jaqueline, preciso ver isso de perto, avisei Maria Amélia que eu precisava resolver um problema, ela me liberou e eu juntei minhas coisas saindo Estava saindo e Lívia me ligou dizendo que a mãe dela estava indo pra casa e que ela conseguiu pegar a agenda onde estava anotado todos os clientes e informações necessárias para incriminá-la.

-Entra no carro Beatriz - Gustavo parou ao meu lado e meu coração gelou.

-Gustavo eu preciso ir trabalhar.

-Anda Bia, Jaqueline precisa te ver. - Ele disse firme e eu entrei no carro, com medo.

-O que ela quer? - Perguntei receosa.

-Você sabe, a casa está caindo e ela precisa de uma segurança.

Gustavo tinha um sorrisinho de lado e meu coração apertou. Ele dirigia feito um louco pelas avenidas e rapidamente estacionava na garagem da casa de Marcela. Desci do carro com certo receio e Jaqueline me aguardava na entrada.

-Até que enfim Gustavo, já não basta o prejuízo. - Jaqueline disse raivosa e Gustavo encolheu os ombros. - Beatriz, eu vou falar só uma vez, pra quem você contou sobre o que sabe.

-P..pra ninguém Jaqueline. - Gaguejei, eu estava com medo da mulher na minha frente.

-O que Marcela fazia na sua casa? - Ela se aproximou e me segurou pelo braço.

-Ela foi pedir que eu me afastasse de Lívia. - Falei tentando me controlar. - Jaqueline, Marcela e eu não temos mais nada e você sabe disso.

-Eu não sei até que ponto confiar em você. - Ela falava com raiva. - Mas eu vou te dar mais uma chance de se redimir, você vai dizer pra polícia que foi você quem apresentou a garota para o deputado.

-O que? - Perguntei assustada.

-O que você ouviu. - Jaqueline me puxou pelo braço e me levou até o carro. - Você vai dar uma declaração assumindo toda a culpa.

-Jaqueline, eu não posso fazer isso.

-Não só pode como, vai. -- Gustavo se sentou ao meu lado e levantou a camisa mostrando uma parte da arma. - Você não tem opção Beatriz.

-Eu te avisei que eu seria sua melhor opção. - Gustavo passou o braço pelo meu pescoço e sorriu.

Meu coração batia descompassado, meu medo não era ter que assumir a culpa, tinha medo do que Jaqueline poderia fazer comigo. Não faço a menor ideia de onde eles estavam me levando e eu rezava pra que Lívia desconfiasse onde eu estava.

-Mê dá o seu celular. - Jaqueline pediu impaciente. - Saiba que ninguém atrapalha meu planos Beatriz, nada fica no meu caminho, e infelizmente vou te usar como escudo.

-Orlando me deixe no hotel, Gustavo você acompanha ela até a delegacia. - Jaqueline dava as ordens. - Certifique que ela irá dizer tudo o que combinamos.

Gustavo concordou e em poucos minutos Orlando deixou Jaqueline em um hotel e me levou para a delegacia. Gustavo o tempo todo fazia graça ao meu lado e fazia com que eu lembrasse que ele estava armado. 

POV MARCELA

Quando Rafaela disse que Jaqueline saiu com Beatriz, minha vontade era de resolver esse problema com as minhas próprias mãos, minha vontade era de matar Jaqueline. Ela me enganou, me traiu e ainda fez com que eu não acreditasse em Beatriz, isso era o que mais me deixava nervosa com ela.

-Marcela, Beatriz está na sala ao lado. - Sandro entrou na sala. - Ela está confessando que foi ela.

-O que? - Perguntei e sai apressada.

-Marcela, você não pode ir até lá. - Sandro tentou me impedir. - Calma, se você ir até lá pode arruinar as coisas.

-Mas ela pode levar a culpa por algo que não fez, Sandro. - Suspirei irritada.

-Você esqueceu mesmo que Beatriz nunca foi a mocinha indefesa? - Sandro se sentou ao meu lado. - Ela não é boba Marcela, Rafaela só está esperando o momento certo pra colocar Jaqueline na cadeia.

-Mas eu preciso me desculpar, Sandro. - Eu torcia pra Beatriz querer me desculpar.

-Ela vai te ouvir, mas vamos esperar aqui.

O tempo passava e nada de Beatriz aparecer, um dos policiais disse que Gustavo estava a aguardando no carro no lado de fora, e estava sendo monitorado. Se não fosse pelo meu irmão eu teria ido até lá e acabado com a raça dele. Depois de um tempo aguardando por respostas, vi Beatriz entre a persiana saindo acompanhada de Rafaela.

-Beatriz? - Sai rapidamente a chamei. - Será que podemos conversar?

Beatriz me encarou com raiva, os olhos estavam vermelhos e cenas da nossa última noite vinham à minha mente.

-Não, nós não podemos. - Ela se virou de frente a mim. - Não sou alguém que você usa e simplesmente descartá, eu fiz o que fiz, pois eu sinto que era o certo, mas nós duas jamais vai acontecer novamente Marcela.

-Bia, me desculpa. - Eu tinha o choro preso na garganta.

-Me dê licença, nós não temos mais nada para conversar. - Beatriz saiu sem ao menos olhar para trás. 

{...}

Estava deitada dentro da banheira, a água já estava fria e a única coisa que estava quente era o sabor do uísque que descia queimando minha garganta. Não sei que horas eram e muito menos o dia da semana, e não fazia questão de saber também. Ouvi vozes alteradas no andar de baixo, mas eu não me movi para saber do que se tratava.

-Marcela? - Sebastiana entrou com cautela. - Sandro está lá embaixo.

-Não estou pra ninguém. - Respondi, me emergindo dentro da banheira.

-Até quando MARCELA? - Meu irmão entrou em meu quarto furioso. - Até quando você vai ficar se martirizando pelas suas próprias atitudes?

-Sandro, saia, por favor. - Falei suspirando.

-A sua empresa precisa de você, seus pais precisam de você. - Ele se sentou ao meu lado. - Eu preciso de você.

-Ninguém precisa de mim, Sandro. - Tombei a cabeça para o lado e o encarei. - Eu faço tudo errado sempre.

-Marcela, não venha com papo de pena. - Meu irmão estava irritado. - Já se passaram meses, você nem ao menos tentou procurá-la. Agora fica aí esperando que as pessoas sintam pena de você, todos os dias eu tenho que inventar uma desculpa para a mamãe, já que você nunca mais foi vê-la no hospital.

-Ela está bem, eu ligo todos os dias. - Respondi calmamente.

-Você é covarde! - Sandro se levantou irritado. - Depois de tudo que Beatriz fez, você nem ao menos foi mulher o suficiente para agradecer, desistiu no primeiro não.

As palavras de Sandro atingiram em cheio, ele tinha razão, depois de tudo o que passamos eu simplesmente deixei que ela escapasse sem ao menos tentar. Eu sou covarde e a única coisa que me resta é ter pena de mim mesma.

-Hoje é o lançamento da coleção de verão delas. - Sandro deixou um convite em cima do mármore da pia. - Lívia gostaria que você fosse.