POV BEATRIZ
-Eu não sei o que pensar Bia. - Lívia me ouvia com atenção. - O que você está me contando é muito grave.
-Eu sei Lív, mas eu não posso mentir pra você mais. - Ela tinha a mão no rosto e me olhava incredula. - Eu sei que é muito pra você processar, mas saiba que eu jamais faria algo pra prejudicar você.
-Eu vou pra casa, preciso pensar um pouco. - Lívia juntou suas coisas e se levantou. - A gente se fala depois.
-Espera Lív. - Não queria que ela saisse da minha casa daquela maneira.
-Agora não Bia, preciso absorver tudo isso que você acabou de me contar.
Lívia saiu apressada e nem se despediu direito, não sei se fiz certo em contar o que aconteceu, ms foi como se um peso saisse das minhas costas. Mesmo sem ningeum ao meu lado eu vou continuar e vou conseguir fazer Jaqueline e Gustavo pagar pelo que estão fazendo.
Os dias iam passando rapidamente, eu não tive mais nenhuma noticia de Marcela e isso me deixava profundamente triste, mas não posso deixar isso me atrapalahar, vou manter o foco e provar que ela está errada em não acreditar em mim.
Consegui voltar a trabalhar com Maria Amelia, pelo menos sem emprego eu não ficaria naquele momento e isso era bom pra ter Gustavo ao meus olhos. Ele agia normalmente e até tentou reatar comigo, dizendo não ter nada mais com Milena, mas eu tinha repulsa do que ele fez e disse que precisava pensar, e eu não posso deixa-lo saber que eu sei o que ele anda fazendo com Jaqueline.
Hoje teriamos um desfile para a caleção de inverno, e para o me azar a Cyber faria parceria e com certeza Jaqueline estaria lá e Marcela tambem. Mas isso não tiraria meu foco, eu não me importaria com a presença dela, faria meu trabalho e não deixaria nadame atrapalhar. Se Marcela não acredita em mim e não me quer mais eu não posso insistir nisso, meu único foco seria provar que Jaqueline não vale nada.
-Bia que surpresa você por aqui. - Jaqueline tinha um sorriso falso no rosto que me irritou profundamente. - Não te vejo desde que foi demite.
-Olá Jaqueline, posso ajudar em algo? - Ela me analisava e eu tentava manter a calma.
-Apenas faça seu trabalho minha querida, está tudo muito incrivel. - Ela tocou em meu ombro e se aproximou do meu ouvido. - E essa semana entrarei em contato sobre aquele nosso assunto particular.
Concordei com a cabeça e ela se retirou. Tenho certeza que ela queria falar sobre as meninas que ela estava agenciando e eu não perderia tempo, imediatamente mandei uma mensagem pra Rafaela e contei que Jaqueline me encontraria essa semana, minha amiga estava a frente das investigações e eu estava ajudando no que podia, Rafa esatava investigando uma rede de tráfico de mulheres que por coincidência alguns politicos amigo de Gustavo estvão envolvidos até o pescoço. Enviei a mensagem e fui conferir os camarins!
— Era isso que você sempre quis né? — Estava distraída com a lista das modelos que nem vi quando Marcela se aproximou.
— Ai que susto! — Levei a mão no peito com o susto que levei. — O que faz aqui Marcela?
— Sou uma das interessadas nesse evento, posso estar onde eu quiser. — Ela disse firme e eu me armei para os seus ataques.
— Não trabalho mais pra você, não preciso ficar aqui ouvindo suas grosserias. —Respirei fundo tentando me acalmar.
— Você prefere ouvir as grosserias do seu namoradinho né? — Ela estava irônica e era visível que o álcool estava presente. — Não esperava encontrar você aqui, mas tendo em vista que sua sogra é a mulher mais importante da noite faz sentido.
— O que quer dizer com isso? — Não entendia o que levou ela ir ali me confrontar. — Não estou te entendendo.
— Como isso não era obivio pra mim? Você queria apenas me usar pra subir na vida, queria me usar de escada. — Balancei a cabeça em negação e sorri sem humor, Marcela estava disposta a me ofender em todos os sentidos.
— Você é uma completa idota Marcela. — Eu não daria conta de ficar ali ouvindo as ofensas dela, o choro estava preso na minha garganta. — Só espero que quando você descubra o que está acontecendo não seja tarde demais.
— Não acredito em mais nada do que você diz Beatriz. — Tentei sair de perto dela, mas ela foi mais ágil e me segurou pela braço. — Você falou tanto de Jaqueline que se tornou como ela, vocês deviam ser mãe e filha.
— Me solta Marcela! — Eu tentava me soltar, mas ela era mais forte que eu e me empurrou contra a bancada. — Vou ignorar seus comentario, pois sei que está alcolizada.
— Você sabe que eu estou certa. — Marcela estava próxima demais e eu sentia meu coração batia forte.
— Se você não me soltar eu vou gritar, e eu garanto que a sua dignissima esposa não vai gostar nada disso. — Não queria que Jaqueline me encontrasse ali, eu precisava focar no meu plano.
— Eu gosto quando você grita, mas acho melhor a gente não fazer barulho. — O sorriso dela era assustador e sem esperar minha resposta, Marcela me segurou pela nuca e me beijou com agressividade.
Nossas línguas travava uma luta pra saber quem estava com mais saudades, me odiava por me entregar tão rápido a ela, sentia meu corpo todo em êxtase de eletricidade.
—Eu odeio o fato de você ser tão gostosa, mas me odeio ainda mais por não conseguir me controlar quando você está por perto. —Ela me segurava com força e eu sentia minhas pernas bambas. —Maldita!
Marcela empurrou as coisas de cima da bancada e me suspendeu pela cintura me colocando sentada e avançando sobre minha boca novamente. Nós duas não pensávamos em mais nada, o sabor do uísque deixava o beijo com um gosto melhor e meu corpo já dava indícios de como eu à queria.
—Marcela? —Me soltei de pressa e tentei me recompor quando ouvi o nome dela do outro lado da cortina.
—Merda! —Pulei da bancada, mas ela não queria me soltar. —Marcela você está bebada e certamente irá se arrepender disso.
—Marcela você está aí? —Sandro procurava pela irmã.
—Se você sair daqui não precisa me procurar nunca mais Senhorita Mendes. —Marcela olhava dentro dos meus olhos e eu sabia que ela se arrependeria disso depois.
—Sandro acho melhor você tirar sua irmã daqui. —Sandro entrou no camarim e nos olhava confuso, ajeitei minha roupa e me afastei de Marcela. —Com licença!
Sai sem olhar pra trás, as lágrimas desciam pelo meu rosto, eu estava perdida, sinto que pertenço a ela, mas sei que o que ela fez ali foi por estar no efeito do álcool. Entrei no primeiro táxi e parti pra casa, não poderia ficar ali, meu estômago embrulhava. O carro se movimentava tranquilo pela cidade e eu senti meu celular vibrar.
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The only exception
RomansA única exceção Passamos a vida achando que temos tudo planejado, achando que tudo vai ocorrer da forma que imaginamos, mas sabemos que não é bem assim que acontece. Com Marcela Ferraz não seria diferente, ela achou que sua vida estava alinhada, cas...