Capítulo 16

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Apenas queria agradecer a todo mundo que tem me dado tanto carinho e que estejam gostando tanto de Twister 💖

Amo vocês. Boa leitura.

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Foi incrivelmente natural a maneira como eu e Draco nos embrenhamos naquele namoro, como se tudo o que faltasse para nossa relação se tornar perfeita e completa fosse aquele pequeno empurrãozinho no Natal.

Afinal de contas, nós éramos melhores amigos há bastante tempo e isso que significava que conhecíamos cada pedacinho um do outro – manias, defeitos, gostos peculiares – como mais ninguém conhecia e sempre funcionamos bem juntos. E também foi engraçado perceber como nós já estávamos agindo como namorados há um bom tempo.

Sorri, lembrando das vezes em que dormimos juntos e na maneira como éramos carinhosos um com o outro se intensificou nos últimos meses.

Mas, é claro, haviam coisas que esse novo patamar da nossa relação oferecia e que ainda eram inexploradas por nós. Como, por exemplo, o novo nível de intimidade que alcançamos.

Era uma manhã gelada a apenas dois dias do Ano Novo e eu estava no apartamento aquecido de Draco, sentado em seu sofá enquanto tentava escolher um filme para assistirmos. Havíamos decidido em um acordo mudo que aquele seria um dia apenas nosso, para aproveitarmos a companhia um do outro e sermos preguiçosos. Então eu estava cercado de almofadas e cobertores felpudos, vagueando pelo catálogo disponível, completamente indeciso sobre o que poderíamos assistir.

— A pipoca já tá pronta — ouvi a voz grave e cantarolada dele soar da cozinha, e apenas poucos segundos depois seus passos chegaram até a sala.

Ele se inclinou e deixou um beijo no meu pescoço, e eu sorri bobo ao assisti-lo pousar os dois grandes potes de pipoca com manteiga na mesinha de centro, lançando um olhar avaliativo para a televisão antes de virar os orbes metálicos e incrédulos para mim.

— Você ainda está escolhendo? — encolhi os ombros, e ele rolou os olhos enquanto sorria. — Harry, você disse que já tinha escolhido!

— Eu escolhi o gênero, não o filme! — bradei na defensiva, e ele balançou a cabeça ao girar nos calcanhares e voltar para a cozinha.

— E você está entre quais opções?

— Erm... — torci o nariz. Eu não sabia.

— Você não sabe nem isso? — ele gargalhou, e imediatamente fechei a cara. — Eu não sei porque ainda me surpreendo. É sempre a mesma coisa: você demora horas para escolher qualquer coisa e no final nós vamos assistir um filme que já vimos umas quinhentas vezes.

— Então vem aqui escolher você! — bradei de volta, pegando um punhado de pipoca e enfiando na boca com raiva.

Ele voltou para a sala com uma grande bandeja nas mãos, que estava abarrotada com diversos tipos de chocolate e outras variedades de doces, além de dois grandes copos de Coca-Cola bem geladinha. Sorri abertamente para ele, que sorriu de volta daquele jeito que eu amava. Me estiquei e apanhei uma jujuba enquanto ele se sentava ao meu lado, acariciando meu rosto. Imediatamente fechei os olhos e inclinei o rosto para apreciar melhor o contato, ouvindo sua risadinha.

— E se nós terminarmos aquela série que estávamos assistindo e que você gostou tanto? Faltam só três episódios — ele ofereceu em um murmúrio abobado, e se inclinou para me beijar.

E, ah, ali estava.

Beijar Draco era algo que eu vinha ansiando há muito tempo, mas nada havia me preparado para como era... Indescritível. Eu sinceramente não fazia a mínima ideia se o beijo dele era bom, ou se apenas o fato de ser ele tornava bom, ou então uma mistura dos dois, mas também não poderia me importar menos. O ponto é que beijar Draco me tirava de órbita, fazia minha mente rodar enquanto minha pobre alma deixava meu corpo para flutuar no espaço ao nosso redor, feliz e alheia demais para pensar em qualquer coisa – ao mesmo tempo em que cada toque e cada respiração, cada suspiro, era sentido com uma intensidade completamente nova para mim.

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